terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Mestre Zen e três histórias de vida (1)

Osho, além de iluminado é um genial contador de histórias. Historias reais, imaginárias, fantásticas, todas elas dentro de um contexto de vida, com exemplos edificantes e inesquecíveis.
Irreverente, comprometido somente com a verdade, deixou inimigos às pampas; no entanto, estão nos seus livros, nos seus discursos, nas suas palestras e meditações verdadeiros tesouros de religião, filosofia, psicologia, uma cosmovisão sem comentários.

Dentre os seus livros, não nos lembramos bem de onde, lemos esta história: se em “A Semente de Mostarda”, “Palavras de Fogo” ou “Nem água nem lua” - esta última com seu verdadeiro nome, Bhagwan Shree Rajneesh.

Sem mudar o sentido, tentaremos, em forma de parábola, narrar aos leitores esta história, rica em humildade e sabedoria.

Um Mestre Zen estava às portas da morte. Seus discípulos e admiradores, toda a comunidade está aflita com a saúde do sábio. Ele era, além de iluminado, um homem bom, simples que a todos atendia sem formalidade alguma.

A historia tão bonita; a vida do mestre Zen.

Pensaram e os seus discípulos puseram em prática. No leito de morte, inquiriram eles ao Mestre Zen, pedindo-lhe, como recordação, que lhes contasse os fatos mais importantes da sua vida, que o fizeram ser mestre Zen. Sábio, iluminado!

Com voz baixa e com dificuldade, o mestre convidou seus discípulos a ouvi-lo. E contou:
Três coisas são importantes na vida do homem, para fazê-lo sábio, justo, reto.,
Primeira história: Independência.
O cidadão deve aprender a viver às sas custas. Viver em comunidade, saber partilhar, todavia ser o dono de si mesmo. Para tanto, desde cedo, cultivar os estudos, as lições de vida, o trabalho, sabendo acordar cedo e dormir tarde, lembrando-se sempre do Aberto, da Natureza, do Outro que lhe está perto. E jamais transferir para os outros as razões do seu fracasso, das suas frustrações. Sem essa de bode expiatório.
- Isso aprendi com um cão. E contou:
“Vivia eu mendigando pelas ruas, com o chapéu recolhendo esmolas. Com esse mesmo chapéu eu bebia água nos ribeirinhos da cidade. Só, sem bens ou patrimônio a ser protegido, vivia independente, dormindo ao relento, todavia a hora que quisesse e estivesse com sono. Era independente.

E aprendi assim: bebia água no rio, apanhando-a com o chapéu e sorvendo bem devagar. Numa das vezes em que bebia água, vi um cão aproximar-se do rio, entrar na água um pouco mais fundo e, com a boca, beber sua água.

De imediato, joguei de lado o chapéu e, com a boca, comecei a beber água do rio. Não mais precisava do chapéu para beber água. Eu tenho boca.
Fiz-me independente!

Segunda: honestidade.
Se não nos enganamos, a lei romana dizia “a cada um o que é seu”. Hoje, não se sabe o que é nosso, pois de todos os lados somos surrupiados, lesados, enganados. Cidadania em baixa. O cidadão vê-se às voltas com números e mais números: cpf, rg, c/c, cadastros daqui, cadastro dacolá, só não se sabe o seu nome seu perfil psicológico, se está são ou às voltas com o que comer e o que vestir.

Meia dúzia ou mesmo uma dúzia de políticos e altas autoridades, nos três níveis, tiram a diferença. Aumentam impostos, aumentam salários pessoais, dão as cartas e as pessoas, coitadas, comendo o pão que o diabo amassou. Roubos, treitas por todo lado e o famoso jeitinho brasileiro, a fim de evitar o nepotismo, políticos nomeiam mães uns de outros e tudo fica por isso mesmo.

Tudo passa, tudo é esquecido, vale tudo na política. Nada se apurou, faz de contas que nada houve, foi conversa da imprensa e continua a Polícia Federal a prender gente e soltar, consoante a lei daqui, lei dali.

Pelo amor de Deus cadê os mensalões, os valeriodutos, os dólares nas cuecas, os “dossieres” das eleições, os caça-níqueis, as ambulâncias, fortunas nas ilhas da fantasia. Inquéritos e mais inquéritos sem conclusões e ninguém na cadeia nem a devolução de um centavo. Golpe mais novo de desonestidade dos “grandes”: dinheiro escondido na parece.
Honestidade!
Aí o mestre Zen contou a segunda historia da sua vida. Vida de mestre Zen.

“Nas suas andanças pelo mundo, mendigando, olhando as árvores, cheirando as flores, sentindo a relva aos seus pés, parecia não dar conta da cidade próxima a chegar. Foi ficando tarde, a noite chegando e, quando menos esperava, chegou à cidade tarde da noite.

Casas fechadas, aqui e ali, se ouvia um canto ou um latido; nem um pé de pessoa com quem conversar ou pedir asilo.

Com fome e cansado, sentou-se num banco da praça, quando percebeu ao longe, uma luzinha e ao que lhe parecia uma porta aberta, com um tênue luz a alumiar sua esperança de abrigo e, quem sabe, comer alguma coisa.

Aproximou-se, entrou na casa e sentou-se num tosco banco existente na sala. E cochilou sendo acordado por um cidadão, mascarado, com um enorme saco nas costas.
Era um ladrão.
Dando a se conhecerem, um era um mendigo – o mestre Zen - e o dono da casa, o ladrão. Como estavam com fome, passaram a comer e conversar, confessando coisas da vida de ambos. O mestre, após identificar-se, ouviu a historia do ladrão.

Acabando de tirar a máscara, confessou que desde menino, era ladrão. Apanhava uma coisa aqui, outra ali, sempre escondido e calado em tudo o que fazia. Acostumou-se a roubar e essa foi e é a sua profissão. Ladrão honesto, angariou a simpatia do mestre que com ele conviveu mais de um mês, acompanhando, todas as noites, a sua rotina de ladrão. Saía, sempre com uma máscara, fazia o seu serviço e voltava para dormir e descansar durante o dia.

Fato curioso. Enquando vivia a sua vida de ladrão, nunca deixou de observar o jeito de ser do mestre Zen, sempre absorto em suas meditações, suas orações, sua vida contemplativa. Angariou a simpatia do mestre e ganhou dele a mesma confiança e afeto.

Após completar um mês de convivência, falando em ir embora, o ladrão, honesto, manifestou vontade de acompanhar o mestre e não houve quem o desfizesse desse propósito.
E lá se foi ele com o mestre, a essa altura, mendigando, orando, cumprindo os desígnios da vida contemplativa”.

A honestidade do ladrão marcou, com o exemplo, a vida do mestre Zen.

Vejamos bem. Um cão e um ladrão influíram na vida de um mestre! E a terceira história.
Terceira: sabedoria
Não a dos livros. Esta é horizontal, dos livros, dos homens. Refere-se o mestre à sabedoria divina, aquela que foi concedida a Salomão, no início do seu reinado. A sabedoria que é mais que conhecimento, mais que lógica ou metafísica. A que vem diretamente do Aberto, do Alto.

O conhecimento por mais evoluído e sofisticado, por mais profundo que seja, esvai-se com o corpo, ele é do corpo. Lembremo-nos de Sócrates que, sem cerimônia e para o espanto dos de todos, afirmou que só uma coisa sabia: “sei apenas que nada sei”.

A essa sabedoria refere-se o mestre no seu aprendizado de vida narrado aos discípulos na hora da morte.

Já com os olhos meio fechados, com dificuldade, contou o mestre Zen a sua terceira história, referente, como as anteriores, ao seu longo aprendizado no curso sua vida de mestre Zen, de iluminado, contemplativo, de verdadeiro saniasis.

Contou ele que, “nas suas costumeiras andanças pelo mundo, um dia, já anoitecendo, encontrou um menino, na estrada, sozinho e Deus. De feição ingênua, inocente, trazia o menino entre as mãos, uma vela acesa, uma chama bonita, ora virando para um lado ora para o outro, todavia acesa.

O mestre, então, curioso e fascinado pela beleza e candura da criança, resolveu brincar com ela, indagando:

- Meu menino, você será capaz de me dizer de onde vem a chama dessa vela?

O menino parou, olhou bem para a chama da vela e, num impulso, mansamente retorquiu:

- Só responderei, se o Senhor me disse para onde essa chama vai.
E soprou a vela, apagando a chama,
deixando uma fumacinha que,
aos poucos, ia desaparecendo no ar...”.
14.04.2007

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Quase ninguém tem tempo

“Se ouvires a voz do vento, chamando sem cessar.
Se ouvires a voz do tempo, mandando esperar...

A decisão é tua...
São muitos os convidados; são muitos os convidados...
Quase ninguém tem tempo...
Se ouvires a voz de Deus, chamando sem cessar...
Se ouvires a voz do mundo, tentando te enganar...
A decisão é tua.
São muitos os convidados, são muitos os convidados...
Quase ninguém tem tempo.
O trigo já se perdeu, cresceu, ninguém colheu.
O mundo passando fome, passando fome de Deus!
A decisão é tua...
Quase ninguém tem tempo...”

Linda música, maravilhoso cântico de Igreja. Para os que sabem letra e música, que cantem bem baixinho e ouçam que conteúdo tem este poema cristão.

Em quase todas as suas parábolas, Jesus sempre conclui:

Quem tem olhos, que veja... Quem tem ouvidos que ouça...

Todavia, quase ninguém escuta, poucos ouvem a voz da razão, percebem o que nos diz a natureza, sobretudo, a voz de Deus que nos fala o dia inteiro.

Quase ninguém tem tempo.

Está todo mundo ocupado com seus negócios, seus afazeres, suas preocupação que, a cada dia, aumentam mais. Ao mesmo tempo, todos, querem falar dar opiniões, sugerir, “achar”, sem o mínimo cuidado de ouvir ou prestar atenção à natureza, ao bom senso, que os outros dizem.
O ego se faz mais forte e impede que nosso Eu divino tenha seu lugar. Ignoram a importância do escutar, ouvir, em silêncio, o Sopro, a voz de Deus. Esquecemos que Deus nos fala de mil maneiras, tanto no estado vigília, quanto no mais profundo sono.
A voz do mundo é mais estridente, grita ou berra mais. Todavia pouca coisa nos diz nem sempre merece confiança. O silêncio fala mais forte, é mais profundo e atinge nosso centro. Fala-nos direto à consciência. Como diz São Paulo, o silêncio nos fala ditos indizíveis.
Aprende-se muito mais ouvir que falar. E não se corre o risco de falar, falar e nada dizer. Infelizmente, o vozerio é grande, o gosto de ouvir a própria voz dá prazer e lá se vão os discursos vazios de conteúdo: não informam nem educam.

De primeiro, era um prazer, uma coisa gostosa ouvir falar os mais velhos, mais calejados, experientes, com histórias e exemplos de vida. Mesmo as histórias da Carochinha ou de João e Maria eram encantadas e faziam bem serem ouvidas.

Quase ninguém tem tempo.

Tempo para ouvir e por em prática a Palavra e transformar o mundo. Ninguém se entende, a violência atinge momentos fora do normal, o desamor impera em todos os cantos.
Não há mais cidade grande ou pequena para abrigar a violência. Ela está em todos os lugares e as balas perdidas, os assaltos, os malditos seqüestros, as corrupções dão as cartas. Lá se vão por água abaixo os valores, os sentimentos, a voz da razão e dos direitos humanos.
A hora é de reflexão; hora de agradecer a Deus a vida, o pão, o vestido, a morada, Necessitamos de silêncio, de meditação, de intensa espiritualidade, se quisermos sobreviver ao caos que nos rodeia. Ninguém nos ouve nem ouvimos ninguém. Todos nós falamos ao mesmo tempo, uma das razões da nossa crise existencial.

Precisamos dar as mãos e rezar. Necessitamos rever a vida e perceber que a partilha e a solidariedade urgem. Todos, queiramos ou não, estamos envolvidos no processo de corpo e alma. O mundo encurtou e já somos Unidade.

O trigo já se perdeu, cresceu, ninguém colheu.
O mundo passando fome, passando fome de Deus!
Quase ninguém tem tempo...
A decisão é tua!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

EVANGELHO DO DIA

DIOCESE DE ILHÉUS - PARÓQUIA DE SÃO ROQUE
IPIAÚ - BAHIA

Dia do Senhor!

28º Domingo do Tempo Comum


Edvaldo Santiago
Ano A – Mateus

12 de outubro de 2008

- Antes de ler o Evangelho de hoje, pare, pelo menos, um minuto, e reflita bem. Como passou a semana, em casa e no trabalho. Como tem sido sua convivência com a esposa, com os filhos, de modo geral, com todos (as) que o (a) rodeiam.

Oração do Dia

Pai, que o testemunho de Maria cale fundo no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.


1ª Leitura - Ester 5, 1b- 2; 7, 2b-3

Salmos - 44(45)

2ª Leitura - Apocalipse 12, 1. 5. 13a. 15-16a

Evangelho João 2, 1 - 11

Primeira Leitura – Ester 5, 1b - 2; 7, 2 b - 3

...1b Ester se pôs no pátio interior do palácio do rei, defronte da sala do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono, na sala real, defronte da entrada.
2 E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava em pé no pátio, ela alcançou favor dele; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro que tinha na sua mão. Ester, pois, chegou-se e tocou na ponta do cetro.
7, 2b Qual é a tua petição, rainha Ester? e ser-te-á concedida; e qual é o teu rogo? Até metade do reino se te dará.
3 Então respondeu a rainha Ester, e disse: Ó rei! se eu tenho alcançado o teu favor, e se parecer bem ao rei, seja-me concedida a minha vida, eis a minha petição, e o meu povo, eis o meu rogo.
Salmo 45, 11 – 12ª
11 Então o rei se afeiçoará à tua formosura. Ele é teu senhor, presta-lhe, pois, homenagem.
12 A filha de Tiro estará ali com presentes;
12b os ricos do povo suplicarão o teu favor.
13a A filha do rei está esplendente lá dentro do palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro.
14 Em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença.
15a Com alegria e regozijo serão trazidas;
15b elas entrarão no palácio do rei.
16 Em lugar de teus pais estarão teus filhos; tu os farás príncipes sobre toda a terra.
· Segunda Leitura – Apocalipse 12, 1. 5. 13a. 15-16a
1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
2 E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
3 Viu-se também outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas;
4 a sua cauda levava após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que estava para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.
5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
13a Quando o dragão se viu precipitado na terra,
15 E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente.
16 A terra, porém acudiu à mulher.

A presença da mãe de Jesus

Evangelho João, 2, 1 - 11

1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus;
2 e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.
3 E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.
4 Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5 Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
6 Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas.
7 Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
8 Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram.
9 Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo
10 e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
11 Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.

Comentário do Evangelho

“Façam tudo o que ele vos disser”


Foi essa a expressão de Maria, nas Bodas de Caná, e sucedeu o milagre de Jesus: a água transformou-se em vinho. E vinho da melhor qualidade.
O evangelho de hoje é rico em liturgia, é precioso em conteúdo, maravilho em eventos;
Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Dia das Crianças. No Terceiro Dia (a Ressurreição), o Primeiro Sinal da messianidade de Jesus: Bodas de Caná.
Tanto nas leituras quanto no próprio evangelho, ressalta-se a figura da Mulher e sua importância na história dos homens e na história divina.
Em 1930, o Papa Pio XII proclamou Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, numa devoção à Maria, Imaculada Mãe de Jesus. Sua imagem colhida por três pescadores em outubro de 1717, quando lançavam suas redes no rio Paraíba, seno hoje venerada no Santuário Nacional em Aparecida do Norte.
Toda a liturgia de hoje é dedicada a Maria. Comecemos pelo Livro de Ester (primeira leitura), jovem judia que, tomada por esposa do rei Assuero, arrisca sua vida e salva seu povo da morte.
Em Apocalipse, vê-se a presença da mulher vestida de sol que surgiu no céu. Ameaça pelo dragão, símbolo da maldade, vence o perigo e sai exaltada, como símbolo, hoje, da comunidade cristã.
Como síntese e essência da liturgia, o evangelho de João, narrando o primeiro sinal de Jesus, nas Bodas de Caná. Ele, sua mãe Maria e seus discípulos foram convidados para um casamento em Caná da Galiléia.
Celebração das Bodas, sinal de amor, de fecundidade, de união entre as pessoas; a celebração da família, onde tudo começa e termina.
Na alegria da festa e das comemorações, o vinho acabou. Foi quando Maria, Mãe de Jesus, simplesmente, dirigindo a Seu filho, anunciou: o vinho acabou.
Numa estranha, então, a resposta de Jesus, dizendo: Mulher ainda não minha hora. Num sentido escatológico de que ainda não começou seu ministério, sua caminhada infinita, fazendo a vontade do Pai.
O que não impediu a Maria, divina mulher, de ordenar aos serviçais:
“Façam tudo o que ele vos disser”
E o Mestre, como diz o evangelho, mandou encher de água as talhas de pedra e ordenou que tirassem dessa água e a levassem ao mestre, a fim de verificar o que aconteceu. Qual não foi a surpresa de todos. A água transformou-se em vinho e vinho da melhor qualidade.
Eis o primeiro sinal do Messias, Filho de Deus. No terceiro dia, símbolo da Sua ressurreição.
Constatando o evangelho, fica-nos a figura imponente e divina da mulher. Maria, mãe de Jesus, dá sua colaboração, exerce sua influência, justamente nas bodas, na união da família, início de tudo na vida.
Cabe-nos, a nós todos, do mesmo modo, contribuir com nosso esforço, nosso carinho, nossa fé no homem, fé em Deus, prestigiar a mulher, dando-lhe lugar especial em nossa comunidade. Fazendo dela símbolo de perseverança e coragem.
Que Deus abençoe as mulheres e todas as crianças, pelo seu Dia, hoje.

Um bom Domingo para todos.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

12/outubro/2008

sábado, 4 de outubro de 2008

ANIVERSÁRIO DE MÁRIO SÉRGIO

Mário Sérgio, o Fiel


O aniversariante apaga a velinha

No dia 16 de setembro, transcorreu o aniversario de Mário Sérgio, o Fiel, filho de Wanda e Tatai.
Como todos os anos, o aniversariante passou o dia descansando e feliz pela data que o faz feliz, com todos os seus pais, irmãos, familiares e amigos.

Há mais de trinta anos, funcionário do Colégio Estadual de Ipiaú, desde tempo do GAMI – Ginásio Agrícola Municipal de Ipiaú, goza da estima geral de todos, direção, professores e funcionários. Ele é considerado funcionário exemplar.

Pontual, responsável, ama de verdade o colégio em que seus pais trabalharam por muito tempo. Tem orgulho da sua escola.

À noite, com de costume, seus pais lhe ofereceu um jantar, contando com amigos e familiares, havendo comparecido alguns professores do CEI, que vieram lhe dar seus parabéns.


Mário Sérgio entre seus pais: Wanda e Tatai


Como todos os anos, no dia seguinte ao seu aniversário, levou um bolo e refrigerantes para os professores e funcionários do Colégio. Cantando parabéns pra você, todos o cumprimentaram, aumentando, mais ainda, a sua alegria, pelos seus cinqüenta e um anos de idade.

Todos nós, a partir de seus pais, desejamos ao aniversariante, Mário Sério, muitos anos de felicidade, muita sorte, muita saúde.


Mário Sérgio entre amigos e familiares

Que Deus dê ao aniversariante muita saúde, paz e alegria!


16.09.2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

EVANGELHO DO DOMINGO

DIOCESE DE ILHÉUS - PARÓQUIA DE SÃO ROQUE
IPIAÚ - BAHIA

Dia do Senhor!
27º Domingo do Tempo Comum

Edvaldo Santiago
Ano A – Mateus
02 de setembro de 2008

- Antes de ler o Evangelho de hoje, pare, pelo menos, um minuto, e reflita bem. Como passou a semana, em casa e no trabalho. Como tem sido sua convivência com a esposa, com os filhos, de modo geral, com todos (as) que o (a) rodeiam.

Oração do Dia

Pai, transforma-me numa vinha fecunda onde encontres os frutos de amor, justiça e solidariedade tão esperados. Que eu jamais te decepcione, levando uma vida estéril. (Paulinas).

1ª Leitura Isaías 5, 1 - 7


Salmos 79(80)

2ª Leitura Filipenses 4, 6 - 9

Evangelho Mateus 21, 33 - 43

Primeira Leitura: - Isaías 5, 1 – 7

1 Ora, seja-me permitido cantar para o meu bem amado uma canção de amor a respeito da sua vinha. O meu amado possuía uma vinha num outeiro fertilíssimo.
2 E, revolvendo-a com enxada e limpando-a das pedras, plantou-a de excelentes vides, e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que dessas uvas, mas deu uvas bravas.
3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julguem, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4 Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? e por que, esperando eu que dessas uvas, veio a produzir uvas bravas?
5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, e será devorada; derrubarei a sua parede, e será pisada;
6 e a tornarei em deserto; não será podada nem cavada, mas crescerão nela sarças e espinheiro; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
7 Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, mas eis aqui derramamento de sangue; justiça, e eis aqui clamor.

Salmo 80, 1 – 7

1 Ó pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho, que estás entronizado sobre os querubins, resplandece.
2 Perante Efraim, Benjamim e Manassés, desperta o teu poder, e vem salvar-nos.
3 Reabilita-nos, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos.
4 Ó Senhor Deus dos exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo?
5 Tu os alimentaste com pão de lágrimas, e lhes deste a beber lágrimas em abundância.
6 Tu nos fazes objeto de escárnio entre os nossos vizinhos; e os nossos inimigos zombam de nós entre si.
7 Reabilita-nos, ó Deus dos exércitos; faze resplandecer o teu rosto, para que sejamos salvos.
Segunda Leitura – Filipenses 4, 6 - 9


6 Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;
7 e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus de paz será convosco.

Os trabalhadores da vinha

Evangelho – Mateus 21, 33 – 43


33 Ouvi ainda outra parábola: Havia um homem, proprietário, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país.
34 E quando chegou o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.
35 E os lavradores, apoderando-se dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram.
36 Depois enviou ainda outros servos, em maior número do que os primeiros; e fizeram-lhes o mesmo.
37 Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: A meu filho terão respeito.
38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.
39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e o mataram.
40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
41 Responderam-lhe eles: Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.
42 Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos?
43 Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.

- Comentário do Evangelho

O texto de hoje, de Mateus, focaliza problemas e conflitos na vinha.seus trabalhadores. Tem a mira direta da “casa de Israel”. Vê-se bem como, na primeira leitura, o profeta Isaías se expressa. Vendo que sua vinha só estava produzindo uvas azedas, o dono dela resolveu abandona-la. a função da vinha era´dar bons frutos, uvas doces.
Como sempre o povo judeu – sacerdotes, escribas, fariseus, doutores da lei – julgando-se donos da verdade, exploram o povo, exploram os mais pobres, usando de seus pretensos poderes. Julgam-se autoridades, no intento de prejudicar toda a comunidade. E isso em nome de Javé, somente Deus dos poderosos.
A vinha foi arrendada. No tempo da colheita, o dono mandou colher os frutos. No entanto, por duas vezes, os lavradores espancaram os enviados para a dita colheita.
Não satisfeito com o procedimento dos lavradores, infiéis, Vendo como foram tratados seus servos, o dono da vinha enviou seu próprio filho, a fim de proceder a colheita.
Nem mesmo o filho do dono foi poupado. Significa que, até mesmo, o filho do dono da vinha foi poupado. Significa que o Filho do Homem, a pedra angular que sustenta todo o sistema foi recusado. Os donos do poder, rejeitaram o Filho de Deus e, por isso sofrerão a pena: o Reino de Deus lhes será tirado.
Em Filipenses, segunda leitura, aconselha a não ficarmos ansiosos, pois tudo de bom, de justo e honesto será reconhecido pelo Pai, na hora necessária.
Constatando, hoje, a Palavra de Deus, continuam os ricos e poderosos a influir em todos os setores, com intuito de excluírem os menos favorecidos. Todavia, a esperança, a fé continuam de pé e a justiça de Deus triunfará.

Bom Domingo para todos!

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

05.10.2008