quinta-feira, 16 de abril de 2009

2º Domingo da Páscoa

DIOCESE DE ILHÉUS - PARÓQUIA DE SÃO ROQUE
IPIAÚ – BAHIA

• Dia da Igreja
• 2º Domingo da Páscoa

Edvaldo Santiago

Ano B – Marcos

19 de abril de 2009

Tempo pascal!
O tempo pascal vai do Domingo de Páscoa até o Dia de Pentecostes. É o dia da vitória plena Jesus ressuscitou. O Filho de Deus venceu a morte. A alegria e a esperança se juntam ao Amor Maior e a todos nós renasce a fé, a perseverança, a certeza de um mundo melhor.
No 2º Domingo da Páscoa, Jesus encontra-Se com os discípulos.
Antes de ler o Evangelho de hoje, pare e reflita bem. Está comprometido com seu tempo? Tem orado, tem agradecido a Deus pelas graças recebidas?
• Oração do Dia

Pai, abre todas as portas que me mantém fechado no medo e na insegurança, para que eu vá ao encontro do mundo a ser evangelizado. (Paulinas).

Leituras da Liturgia de hoje:

1ª Leitura - Atos dos Apóstolos 4, 32 - 35

32 Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
33 Com grande poder os apóstolos davam testemunho da

ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35 E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.

Salmo – 118, 1 - 5

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.
2 Diga, pois, Israel: A sua benignidade dura para sempre.
3 Diga, pois, a casa de Arão: A sua benignidade dura para sempre.
4 Digam, pois, os que temem ao Senhor: A sua benignidade dura para sempre.
5 Do meio da angústia invoquei o Senhor; o Senhor me ouviu, e me pôs em um lugar largo.

2ª Leitura - 1João 5, 1- 6

1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida
2 (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada);
3 sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.
4 Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo seja completo.
5 E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas.
6 Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade;

- Evangelho - João 20, 19 - 31

19 Chegada, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus, chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco.
20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se, pois, os discípulos ao verem o Senhor.
21 Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

- Jesus ressurreto aparece aos discípulos -

23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.
26 Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.
27 Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!
29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.
30 Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro;
31 estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

Comentário do Evangelho

- Jesus aparece aos discípulos –

No capítulo 20 do Evangelho de João, há duas características marcantes:

Este capítulo ressalta dois discípulos que acreditam, por isso amam Jesus. São eles o Discípulo Amado, o próprio João e Maria Madalena a quem o Mestre apareceu na ressurreição. Dois outros discípulos não creram, por isso não amam Jesus: Simão Pedro e Tomé. Esses dois exigem provas da ressurreição. Querem ver para crerem.

De tal importância é este capítulo que culmina no Dia de Pentecostes, quando o Espírito de Deus aparece a todos os discípulos e testemunha todas as coisas pregadas e ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus.

2º Domingo da Páscoa. Para a Comunidade de João o Domingo é sempre o Domingo e o Dia da Ressurreição jamais se acaba. Inaugura-se, aqui, a vitória da Vida sobre a morte.

Todos comemoram a Páscoa, todavia os discípulos de Jesus, ainda com medo dos judeus, se reúnem a portas fechadas. Eis que, de repente, aparece Jesus Ressuscitado, põe-Se no centro deles e lhes dá a saudação de vida e de amor:

Paz Seja Convosco!

Alegraram-se os discípulos e no meio dessa alegria, Jesus mostrou-lhes as marcas das feridas oriundas da cruz, onde deu a Sua vida como exemplo de amor a todos nós.

Os versículos 21 e 22 exprimem de modo profundo a missão do Filho de Deus. Exprimem o sentido da própria vida de Jesus e a Sua Missão no mundo inteiro:

21 Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

Enviado pelo Pai ao Universo, trazendo a Paz e o Amor, assim também Jesus Cristo envia os seus discípulos, por extensão a todos nós a pregar a Boa Nova, a convidar a nos todos, de ontem, de hoje a celebrar a Palavra de Deus!

O Sopro, o Paráclito já antes anunciado, o Espírito Santo foi dado aos discípulos, servindo de testemunha de tudo o que o Mestre dissera.

Recebei o Espírito Santo!


E com poder do Espírito Santo, o ministério, a missão de perdoar e reter pecados de tantos quantos, na sua peregrinação, os procurem. Serão seus discípulos suas testemunhas nos quatro cantos do mundo.

Na primeira aparição de Jesus, Tomé não se encontrava. Ciente do que havia acontecido, declarou não acreditar. Só creria se visse os sinais e as marcas das feridas em Jesus e não lhes tocasse de verdade. Não creu. Só se constatasse ao vivo.

E o Mestre lhes apareceu outra vez, agora com a presença de Tomé. E, pediu ao discípulo incrédulo que verificasse suas feridas, metesse o dedo nelas, visse e tocasse no seu lado. Concluísse se era verdade ou não o que via a sua frente.

Tomé, que só creria se tocasse nas feridas de Jesus, num ímpeto de amor e de arrependimento, ajoelhou-se e proferiu sua Profissão de Fé que ecoa até hoje, como símbolo de reconhecimento da santidade e grandeza do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo:

Senhor meu e Deus meu!

E a bênção do Ressuscitado:

Bem-aventurados os que não viram e crêem que
Jesus Cristo é o Filho de Deus, Redentor do Mundo!

A Missão agora é nossa. Dar testemunho de tudo o que aconteceu, ir pelo mundo, evangelizar, pregando a Paz, o Amor, a Solidariedade, a Partilha!

Feliz Domingo para todos!

Wanda e Tatai

19.04.2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Significado simbólico da figa.

Explicação simbólica da Figa

Trecho extraído de “A Revolução Silenciosa”
de Pierre Weil, págs. 90 / 91


• Segundo o Dicionário de Aurélio XX\I, eis, abaixo, a explicação sobre a figa.
1. Amuleto em forma de mão fechada, com o polegar entre o indicador e o dedo médio, e us. supostamente como preservativo de malefícios, doenças, etc.
2. Sinal que se faz com a mão, pondo os dedos como na figa, para esconjurar ou repelir; esconjuro.

Sem o percebermos, brincamos, apresentamos ou ameaçamos com a figa, apontamos para o outro a título de esconjurar. Com a figa ou nossa própria mão. Todavia, sem sabermos do seu significado real.

A figa

Em seu livro, Pierre Weil nos conta como tomou conhecimento do significado simbólico da figa, bem mais profundo do que nós podemos conceber. De valor e significado filosófico, místico, sagrado.

Leiamos o texto.
Foi numa gruta no Himalaia, que um anacoreta, uma escultora alemã chamada Uma nos recebeu. No caminho eu tinha escolhido umas três ou quatro raízes em forma de carneiro o meu signo astrológico. Quando chegamos à gruta, a primeira coisa que me surpreendeu foi um enorme carneiro esculpido na rocha.
Além de escultura, Umá era discípula de Shiyvanada. Depois de sua morte ela, se retirou para essa gruta, onde vivia com carneiros e protegida das feras, à noite, por uma sólida grade de ferro.
Ela tocou Vina para nós, divinamente. É um instrumento de corda, sagrado. Depois, resolvi dar-lhe de lembrança uma figa. Para quê? Não é que ela começou a examinar a pequena escultura de madeira com bastante interesse e falou:
- cada dedo de nossa mão simboliza um atributo da divindade. Os três primeiros dedos, a partir do mindinho, simboliza os três gunas ou atributos da matéria-energia: Inércia, Dinamismo e Luz. O indicador simboliza o Atman ou o Eu interior individual e o Polegar significa Brahman, apontando para cima, isto é, mostrando que ele é o ponto de ligação entre o Eu individual e as três forças da natureza em nós.
O conjunto é um apelo para dirigirmos todas as forças do nosso Ser individual para cima.
Que belo símbolo da sublimação da energia! Um símbolo brasileiro cujo significado se perdeu através dos tempos, explicado por uma alemã, na Índia, para um francês.
Observação: - A filosofia oriental chama a Divindade Universal Brahman e dá o nome de Brahma à mais antiga individuação universal da Divindade. Corresponde para nós ao Pai e Filho.

Contribuição de

Wanda e Tatai


14.04.2009

sábado, 11 de abril de 2009

Domingo de Páscoa

DIOCESE DE ILHÉUS - PARÓQUIA DE SÃO ROQUE
IPIAÚ – BAHIA

• Dia do Senhor.
• Domingo da Páscoa do Senhor
Ressurreição de Jesus.

Edvaldo Santiago
Ano B – Marcos
12 de abril de 2009

Ressurreição de Jesus. Aleluia.
Da morte para a Vida – Dia libertação do Homem.
Páscoa, Passagem, Libertação.
Tempo pascal!
O tempo pascal vai do Domingo de Páscoa até o Dia de Pentecostes. É o dia da vitória plena Jesus ressuscitou. O Filho de Deus venceu a morte. A alegria e a esperança se juntam ao Amor Maior e a todos nós renasce a fé, a perseverança, a certeza de um mundo melhor.
Antes de ler o Evangelho de hoje, pare e reflita bem. Está comprometido com seu tempo? Tem orado, tem agradecido a Deus pelas graças recebidas?

• Oração do Dia

Pai, desperta no meu coração uma fé verdadeira em Cristo ressuscitado,
presente e vivo em nosso meio, vencedor da morte e do pecado” (Paulinas).

Leituras da Liturgia de hoje:

1ª Leitura – Atos dos Apóstolos 10, 34a 37 - 43.

34 Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas;
37 esta palavra, vós bem sabeis, foi proclamada por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou,
38 concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele.
39 Nós somos testemunhas de tudo quanto fez, tanto na terra dos judeus como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
40 A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse,
41 não a todo povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele depois que ressurgiu dentre os mortos.
42 Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
43 A ele todos os profetas dão testemunho de que todo o que nele crê receberá a remissão dos pecados pelo seu nome.

Salmo 118 117, 1 - 2
1 Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos.
2 Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor.
2ª Leitura – 1Coríntios 9, 6b – 8

6 Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?
7 Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
8 Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo?

• Evangelho do Dia – João 20, 1 - 9

1. No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2. Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!
3. Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4. Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8. Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
9. Em verdade, ainda não haviam entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dentre os mortos.

Jesus Ressuscitado!

10. Os discípulos, então, voltaram para as suas casas.
11. Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro.
12. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu.
15. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem procuras? Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar.
16. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou em hebraico: Rabôni! (que quer dizer Mestre).
17. Disse-lhe Jesus: Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
18. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.

Comentário do Evangelho

- A comunidade é testemunha de Jesus Ressuscitado –
O capitulo 20 do Livro de João começa com o túmulo vazio e termina com muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; isso para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (João 20, 31).

Tudo começa no Domingo. Dia dos Dias. Dia da Igreja. Dia do Senhor.

A narração começa no dia que se segue ao sábado. O terceiro dia que Jesus anunciou que ressuscitaria dos mortos. No túmulo, coberto por uma pedra, vigiado pelos guardas de Herodes, foi posto o Filho do homem, morto.

De madrugada, ainda tudo escuro, Maria Madalena foi até o lugar onde o Senhor estava sepultado e assustou-se em ver aberto o túmulo e a pedra que o fechava removida.

Imediatamente, correu e foi dizer a Pedro e João que havia acontecido. Temia pelo corpo do Mestre, não sabendo onde O colocaram. Saíram, então, Pedro e João e foram ver o que aconteceu. E o Discípulo Amado chegou mais ligeiro ao sepulcro. Este inclinou, viu os panos no chão, todavia não entrou no sepulcro.

Depois, entraram os dois discípulos ao sepulcro e viram os panos no chão e, em separado, o sudário. Diz-nos a narração que João, o discípulo querido, viu e creu.

Possivelmente, não entendiam, ainda, a messianidade de Jesus. Pedro viu e não creu. Tomé também não creu. Maria Madalena creu e testemunhou sua fé. A fé que gera o amor.

Jesus ressuscitou. Ainda alguma dúvida de que o Filho de Deus venceu a morte?

Em vendo, ainda, os versículos que se seguem ao Evangelho de hoje, do 10º ao 18º versículo, enquanto os discípulos voltaram para casa, Madalena voltou a ficar junto do sepulcro, inclinando-se para ver o que se passava dentro desse mesmo sepulcro.

E indagou a dois anjos que viu e lhes perguntou onde haviam colocado o corpo do seu Mestre.

Foi quando aconteceu uma das cenas mais bonita, terna, profunda e apaixonante das Escrituras. De pé, sem que Madalena reconhecesse, estava Jesus. Dessa vez, foi o próprio Jesus que indagou:

- Mulher, por que choras? Quem procuras?

Em entender, ainda, de onde e de que vinha essa pergunta, ouviu a voz do Ressuscitado:

- Maria! Exclamação sublime do Mestre, dando a conhecer-Se à discípula que muito amava.

E a resposta imediata, feliz por ver Jesus vivo:

- Raboni! Mestre!

E sem poder estender mais esse encontro divino, ordenou Jesus que ela, a feliz Maria Madalena, fosse dizer aos discípulos que O esperassem na Galiléia.

O Evangelho de hoje torna-se bem claro para todos nós. Sem fé no Jesus Ressuscitado, nenhuma comunidade pode manter-se de pé. Os discípulos de Jesus chegaram ao túmulo depois. Madalena foi antes. De madrugada, no escuro. Compreendamos, então que quem ama, chega antes. Arrisca, compromete-se, persevera e crê, mesmo sem ver. Não deve acontecer como a dúvida de Tomé.

Domingo, sempre Domingo o dia depois do sábado. Domingo, Dia do Senhor!

Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos!

Feliz Páscoa para todos!

Wanda e Tatai

12.04.2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Menor Abandonado

O Menor Abandonado


Wanda S. Santiago

• Pequena representação teatral.

Laborada nos idos tempos do Curso de Igreja, em pleno entusiasmo de toda a maravilhosa equipe que o dirigia. Velhos tempos, grandes tempos do Curso de Igreja que já tem 33 anos de existência.

(Abre-se o pano)

Numa mesma rua duas mulheres varrem o chão.

É a sua tarefa de todos os dias. Rua suja, carrinho, pá, vassoura e um tonel para o lixo.

Garis em seu trabalho diário

Conversam, enquanto trabalham. Quando uma das duas vai com o carrinho cheinho de lixo e despeja-o no latão.

- Ajuda aqui, Maria! Como pesa esse lixo! Fala uma delas.

- Só parece que as madames jogam pedras nos baldes e nas ruas para que o nosso ganha-pão seja mais disputado. Retruca a companheira.

- Paciência, Rosa, de que adianta conversar? Somos obrigadas a enfrentar o lixo das ruas para dar o sustento aos nossos filhos.

- Eu sei. Mas é triste e revoltante a gente ter de acordar cedo, deixar os filhos em casa como fome e vir para a rua trabalhar com lixo dos abastados, dos ricos, para, de volta, comprar o pão e matar a fome de seis crianças!

- Conforme-se com a sorte, Rosa. Deus quer que soframos, paciência. Vamos, me ajude a despejar o lixo no balde!

(E as duas pegam o carro para jogar o lixo no balde).

Maria, mais ativa, vê no balde um embrulho estranho. Fica curiosa e chama Rosa para olhar. Tenta pegar o embrulho e o susto aumenta.

-É uma coisa mole!

-Deixe-me ver!

Maria pega o pesado embrulho e tira-o com cuidado do balde.

É quando o embrulho se mexe. O susto é grande para as duas mulheres.

-Santo Deus?! Que é isso? Me ajude aqui, Rosa, ligeiro.

Com muito cuidado elas põem o embrulho no chão e vão abrindo lentamente, com cuidado. O embrulho continua se mexendo. O susto aumenta. A curiosidade também.

-É uma criança! Meu Deus, como pode!?

Refazendo-se do choque, ela pega a criança nos braços.

(E dirige-se a assembléia).

- Que fazer agora? Meu Deus!

- Mostre-me o meio de agir, Senhor!

Jesus e a criança!

- Que monstruosidade! Jogar no lixo um filho! Lançar aos vermes o fruto do próprio ventre! Abandonar uma criança que acaba de nascer

(Fecha o pano, a platéia aplaude)

E a reflexão continua...
06.04.2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Domingo de Ramos

DIOCESE DE ILHÉUS - PARÓQUIA DE SÃO ROQUE
IPIAÚ – BAHIA

• Dia dos Dias
• Domingo de Ramos

Edvaldo Santiago

Ano B – Marcos

05 de abril de 2009

Domingo de Ramos. Entramos na Semana Santa.
Páscoa, caminho da Libertação, da morte para a Vida.
Com toda a Igreja, estamos iniciando a caminhada para a Páscoa, acontecimento mais importante da vida cristã. Ponto alto da liturgia do ano.

Antes de ler o Evangelho de hoje, pare e reflita bem. Como tem sua vida no dia a dia. Como profissional, pai de família e cristão. Está comprometido com seu tempo? Tem orado, tem agradecido a Deus pelas graças recebidas?
Vamos passar a Semana em reflexão. Deus está conosco.

• Oração do Dia

“Senhor Jesus, como o oficial romano, confesso a tua condição de Filho de Deus crucificado. Que eu compreenda o verdadeiro sentido de tua paixão” (Paulins).

• Leituras para comentário e reflexão:

1ª Leitura – Isaías 50, 4 - 74

4. O Senhor Deus me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está cansado; ele me desperta todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu ouça como discípulo.
5 O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retirei para trás.
6 Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam.
7 Pois o Senhor Deus me ajuda; portanto não me sinto confundido; por isso pus o meu rosto como um seixo, e sei que não serei envergonhado.

Salmo 21, 2 - 7

2. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? E permaneceis longe de minhas súplicas e de meus gemidos?
3. Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis; imploro de noite e não me atendeis.
4. Entretanto, vós habitais em vosso santuário, vós que sois a glória de Israel.
5. Nossos pais puseram sua confiança em vós, esperaram em vós e os livrastes.
6. A vós clamaram e foram salvos; confiaram em vós e não foram confundidos.
7. Eu, porém, sou um verme, não sou homem, o opróbrio de todos e a abjeção da plebe.

2ª Leitura - Filipenses 2, 6 - 11

6 Portanto, assim como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também nele andai,
7 arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças.
8 Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;
9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade,
10 e tendes a vossa plenitude nele, que é a cabeça de todo principado e potestade,
11 no qual também fostes circuncidados com a circuncisão não feita por mãos no despojar do corpo da carne, a saber, a circuncisão de Cristo;

Evangelho - Marcos 15, 1 – 30

Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos.
2. Este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Ele lhe respondeu: Sim.
3. Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas.
4. Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!

5. Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado.
6. Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem.



Jesus e Pilatos

7. Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio.
8. O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder.
9. Pilatos respondeu-lhes: Quereis que vos solte o rei dos judeus?
10. (Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.)
11. Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás.
12. Pilatos falou-lhes outra vez: E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?
13. Eles tornaram a gritar: Crucifica-o!
14. Pilatos replicou: Mas que mal fez ele? Eles clamavam mais ainda: Crucifica-o!
15. Querendo Pila tos satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.
16. Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte.
17. Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça.
18. E começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus!
19. Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo.
20. Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar.
21. Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz.
22. Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio.
23. Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou.
24. Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando a sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um.
25. Era a hora terceira quando o crucificaram.
26 A inscrição que motivava a sua condenação dizia: O rei dos judeus.
27. Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda.
28. [Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores (Is 53,12).]
29. Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias,
30. salva-te a ti mesmo! Desce da cruz!
31. Desta maneira, escarneciam dele também os sumos sacerdotes e os escribas, dizendo uns para os outros: Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar!
32. Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos! Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam.
33. Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra.
34. E à hora nona Jesus bradou em alta voz: Elói, Elói, lammá sabactáni?, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
35. Ouvindo isto, alguns dos circunstantes diziam: Ele chama por Elias!
36. Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de uma vara, deu-lho para beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo.
37. Jesus deu um grande brado e expirou.
39. O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: Este homem era realmente o Filho de Deus.

- Comentário do Evangelho -

Quem é Jesus?

A sentença religiosa contra Jesus foi de blasfêmia. Por isso condenado pelo Sinédrio à pena de morte. Jerusalém e seu poder religioso decretaram a morte do Filho do homem.
Em seguida, diante de Pilatos, o julgamento político, pois imperava Roma e sua lei. Açulado pelos poderosos judeus, também o povo condenou Jesus.

Como se observa três poderes levaram Jesus à crucificação: Roma, os judeus e o povo.

Começa o jogo cruel contra a vida de Jesus, pela inveja que os judeus tinham do Filho de Deus pela sua pregação, pela sua coragem em denunciar seus erros e desmandos, com uma lei que impunha, ordenava, asfixiando os mais pobres, as mulheres, as crianças. Não resistiram à Lei do Amor proclamada pelo Redentor.

Diante de Jesus, Pilatos lava as mãos.

Com acusações de cunho político, levaram Jesus a Pôncio Pilatos, a fim de ratificarem sua condenação à morte. Diante do pontífice romano Jesus, inflexível e sereno, ante a pergunta se ele era rei, respondendo Sim. E nada mais respondeu ao pontífice.

Percebendo que nada de verdade havia nas acusações contra Jesus, medroso,, covarde, Pilatos aproveitou-se da lei e pôs a proposta: soltar Jesus ou Barrabás. Instigado pelos sumos sacerdotes, o povo preferiu Barrabás a Jesus. Crucifica Jesus. Crucifica!

A flagelação

Foi, então, Jesus entregue aos soldados, começando a sua via-crucis. Vestido de púrpura, coroa de espinhos, maltratado, cuspido, ofendido de todas as formas, foi Jesus, carregando a cruz, a caminho do calvário.

Simão, o cirineu, obrigado, ajudou o Filho do homem a carregar a cruz.


Jesus crucificado

A caminho do Gólgota para ser crucificado, é assim a descrição de Jesus: homem impuro, bandido, rebelde, subversivo, blasfemo (queria ser Deus). Despojado de suas roupas, sorteadas entre os soldados. Considerado por todos o rebotalho humano.

Só Ele, o Mestre, o Filho de Deus Vivo, sabia quem era e a que estava se submetendo, nessa hora de sofrimento e agonia. Consciente de tudo que via e ouvia, Jesus, em fazendo a vontade do Pai, inaugurava um novo tipo de realeza.

A realeza de um novo Rei que não oprime, não faz acepção de pessoas, que ama a todos, indistintamente, privilegiando os mais humildes, os excluídos de ontem e de hoje. Pois o reinado de Jesus Cristo é para sempre, é eterno.

Na cruz, entre dois bandidos, foi crucificado. A um deles Jesus ensinou o caminho da salvação; o que acreditou que Ele era o Filho de Deus. Ao outro ladrão, que zombou d’Ele, esse seguiu seu próprio caminho.

Jesus, o Filho de Deus!

Os versículos 33 e 34 exprimem melhor o sofrimento de Jesus na cruz.

Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra.

E à hora nona Jesus bradou em alta voz: Elói, Elói, lammá sabactáni?, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?

Jesus, humano, tremeu, teve medo e clamou ao Pai. Por alguns instantes, sentiu-se abandonado. Assombrados, os soldados tentaram dar a Jesus vinagre, ensopado num pano, foi quando o Filho de Deus, dando um grito bem alto, expirou (v 37).

Nesse instante, a natureza também deu o seu recado: o véu do templo rasgou-se em duas partes. E o reconhecimento do soldado, o reconhecimento do mundo inteiro:

Jesus é Filho de Deus! (v 39).

Entre outros sinais significativos, o rasgar do templo, de alto abaixo (v 38) demonstra que os tempos mudaram. Jesus é o Novo Templo. Já não há divisão no Reino de Deus. Foram-se os privilégios dos sacerdotes, da lei que excluía os menos favorecidos.

Jesus é o Salvador do mundo. O Redentor! O Rei do Universo. O Juiz Universal, o Messias.

Como bem o disse São Paulo:

Jesus Cristo é o mesmo,
ontem, e hoje, e eternamente
Hb 13, 8.

Bom Domingo para todos..

Wanda e Tatai

05.04.2009