quinta-feira, 29 de outubro de 2009

31º Domingo do Tempo Comum

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano B – Marcos

1º de novembro de 2009

31º Domingo do Tempo Comum


Edvaldo Santiago

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja
• Dia de Todos os Santos

• Oração do Dia

Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.(Paulinas).

• Leituras eucarísticas

Primeira Leitura - Apocalipse 7, 2 - 4. 9 – 14

2. Vi ainda outro anjo subir do oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz retumbante aos quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a terra e o mar, dizendo:
3. Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes.
4. João às sete igrejas que estão na Ásia: a vós, graça e paz da parte daquele que é, que era e que vem da parte dos sete Espíritos que estão diante do seu trono
9. Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e na paciência em união com Jesus, estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10. Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta,
11. que dizia: O que vês, escreve-o num livro e manda-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.
12. Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, vi sete candelabros de ouro
13. e, no meio dos candelabros, alguém semelhante ao Filho do Homem, vestindo longa túnica até os pés, cingido o peito por um cinto de ouro.
14. Tinha ele cabeça e cabelos brancos como lã cor de neve. Seus olhos eram como chamas de fogo.

Salmo 24, 1 4

1. De Davi. Para vós, Senhor, elevo a minha alma.
2. Meu Deus, em vós confio: não seja eu decepcionado! Não escarneçam de mim meus inimigos!
3. Não, nenhum daqueles que esperam em vós será confundido, mas os pérfidos serão cobertos de vergonha.
4. Senhor, mostrai-me os vossos caminhos, e ensinai-me as vossas veredas.

Segunda Leitura – 1João, 3. 1 – 3

1. O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida -
2. porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou -,
3. o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo.

• Evangelho – Mateus 5, 1 - 12a

1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.

12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Jesus no monte e as bem-aventuranças

Comentário do Evangelho

Alegrai-vos e exultai,
porque é grande a vossa recompensa nos céus.

Dia de todos os Santos! Todos nós somos chamados à santificação.

O Evangelho, no seu todo, é um desenvolvimento das bem-aventuranças. É a eterna lição do Filho de Deus para atingirmos o Reino dos Céus. É a Lei Maior do Cristianismo, Lei esta integralmente incluída no Projeto de Deus.

Mateus e Lucas proclamam, difundem, as bem-aventuranças de uma forma, um caminho de se chegar ao Reino. Foi no alto, no monte, que Jesus deixou-nos a lição de vida, de humildade para o resto da nossa vida. Uma sintonia perfeita com o Projeto do Seu Pai, que está nos céus, em todo lugar.

As bem-aventuranças constituem uma nova proposta de Jesus Cristo, diferente da proposta de Moisés. Enquanto este no decálogo, com as Tábuas da Lei proclamam a Lei Antiga, o faz com a negativa Não. Não matarás... Não roubaras.....

Na Nova e Eterna Aliança, Jesus propõe as suas lições em sentido afirmativo, pregando as bem-aventuranças, em número de oito de caminhos para se chegar o Reino.
Começa Ele com os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus e conclui com os bem aventurados que, caluniados perseguidos nada contra eles acontece porque eles estão incluídos no projeto de Deus.

Como dissemos acima a proposta do Mestre, no alto do Monte onde grande multidão e os discípulos estão a escuta, é o verdadeiro roteiro de todos que pretendem alcançar o Reino dos Céus. Isso é imperioso. Ou se opta por esse caminho ou jamais estaremos gozando as delícias do Reino. Reino este que está no coração de cada um de nós.

Os Santos viveram intensamente essa proposta quando em vida e hoje desfrutam da alegria de ver Deus. Para nós são modelos como Francisco de Assis, Santo Antonio, Terezinha de Lisieux, São Roque e tantos outros bem aventurados Santos.

O evangelista João (1ª leitura) já, em visão divina percebeu “alguém semelhante ao Filho do Homem vestindo longa túnica até os pés, cingindo o peito por um cinto de ouro”.

João, o discípulo amado viu Jesus. Filho de Deus redentor do Mundo.


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


• Bom Domingo para todos.


Wanda e Tatai


01.11.2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O destino de Buda

O destino de Buda
4ª história zen



Edvaldo Santiago


Do fragmento do texto de Osho, do livro
“DINHEIRO, TRABALHO, ESPIRITUALIDADE”.
Editora Gente, São Paulo, 2005, págs. 14-22.


Buda, o iluminado.

• Título do texto:

“A pobreza não é espiritual”.

De modo geral, o texto se refere à pobreza e à espiritualidade. A rigor, não é necessário ser pobre para ser um cidadão espiritualizado. A pobreza em si mesma não nos leva à condição de se ter espiritualidade.
Cultivou-se, por muito tempo e, ainda hoje, a idéia de pobreza ligada à espiritualidade, ao culto religioso, à piedade, à compaixão; à humildade ligada a Deus. No Oriente anda hoje se vê uma espiritualidade ligada à pobreza, o que não legitima nenhuma forma de religião ou culto de perfeição.

Também entre nós, cristãos, ainda de se nutre a esperança do pobre em alcançar o Reino. Quanto mais pobre, mais perto do Reino. Ilusão!

Por muito tempo, o versículo.

“É mais fácil um camelo passar pelo fundo duma”.
agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. (Mt 19, 24).

Idéia absurda e fora do tempo, pensar-se assim, como se os bens, a comodidade, o conforto sejam pecados ou antiespiritualidade.

Como bem poucos, o sábio e irreverente Osho nos retrata o magistral texto “Zorba o Buda” em que descreve a alegria de viver-se a vida gozando, curtindo os prazeres da vida, sem perder-se as graças de Deus. Dançando e orando a cada momento sempre em missão de servir e de amar como Ele nos amou e nos ensinou a amar.

Viver a vida. Ação e missão concomitantes. Alegria de viver, se cantar, de meditar, cada coisa a seu tempo.

Em tese, o que se prega, o que nos espera a vida é que gozemos os prazeres do mundo ao tempo em que meditemos a nossa interioridade.
Carne e espírito não são inimigos. São partes integrantes do mesmo cidadão; merecem tratamento especial. Vida interior, vida exterior se completam, identificam-se.

Dentro do texto e tratando de assuntos espirituais, é que Osho nos conta a história do destino de Buda. Interessante e instrutiva história sobre a verdadeira espiritualidade que nada tem a ver com pobreza.

Buda, antes de ser buda, foi um Zorba.

Conta a história que Buda nasceu rei e seu pai, já velho, havia-se se preocupado com seu destino. Que fazer com tanto luxo, tanta riqueza, tanto fausto. Um único filho e o rei sem saber o que fazer com tanta riqueza.

Com a cabeça cheia de interrogações, o rei convocou todos os astrólogos do reino, a fim de lhe dizerem o destino do seu filho Buda. O que seria ele. Qual a sua vida futura. Seria um gênio, um bandido, um herói. Pouco importa o que ele seria. Precisava, isso sim, saber a que entregaria seu reino, sua fortuna, sua grandeza.

Coisa rara. Os astrólogos não sabiam o que dizer ao rei sobre o destino de Buda. A muito custo, o mais jovem dos astrólogos disse ao rei:

Majestade, nunca depararmos com coisa assim. O destino de Buda é alternativo, bipolar. Tanto ele pode ser um grande conquistador do mando, como pode renunciar ao mundo e nada dele querer ou exigir.

Pode ser um iluminado ou um mendigo. Ninguém pode aventurar-se a afirmar se ele será uma coisa ou outra. O destino de Buda é alternativo, bipolar! Pertence à totalidade, tem dentro dele a interioridade e a exterioridade.

Apavorado ficou o rei com a resposta do astrólogo. Que fazer com tanta riqueza, com tantos palácios e terras e um único filho?

Indeciso, com receio de dar sua sugestão ou conselho, o astrólogo falou

- Para que ele não renuncie ao mundo, é necessário que viva somente em torno das coisas do mundo. Buda não pode ver nada de sofrimento, de miséria ou de morte. Que se lhe dê sempre todo conforto, todo luxo, toda a grandeza em que sempre teve ao seu alcance.

Festas, mulheres, danças, todo o luxo é pouco para que ele não sinta falta de nada. Em sua volta nada que lhe cause tristeza ou sofrimento. Nos jardins que não se encontre uma folha amarelada ou morta.

Só é possível não renunciar ao mundo se não vir ou perceber coisa alguma que lhe cause dor ou sofrimento. Só o mundo exterior, o mundo em sua volta. Nada de interior, de interioridade.

Tudo combinado, tudo certo. Esta seria a vida de Buda e seu mundo exterior. Eis a lógica normal do astrólogo. Era só manter Buda em seu mundo e nada de mal lhe aconteceria. O rei ficaria satisfeito com seu filho único ate que a morte chegasse.

Todavia, a lógica do mundo e diferente da lógica divina. Há dois mundos e os dois mundos pertencem a uma totalidade. A Unidade transcendente!

Eis que um dia, inesperado e real, em passeio com o cocheiro, Buda viu um homem morto. Surpreso, chocado com o quadro, perguntou ao cocheiro o que aconteceu com o homem. Que havia com ele.

O cocheiro, receoso da resposta, lhe disse que não podia mentir. O homem estava morto. Morreu, perdeu a vida.

Foi sem limite o choque de Buda, que não conhecia nem entendia a morte. Nunca lhe haviam falado da morte. Nesse mesmo tempo, passou por ele e o cocheiro um sannyasin (um iluminado), com seu traje natural, que ia a uma reunião da juventude.

Buda, surpreso diante dessas descobertas – nada disso havia em seu mundo – demonstrou sua indignação. Fechado no mundo que seu par – rei poderoso – lhe deu, Buda jamais soube o que era morte, miséria, sofrimento, dor, compaixão. Seu mundo sempre for o de fora, o mundo exterior. Do mundo interior, da vida do espírito nada disseram a Buda ou lhe ensinaram. Daí a violenta surpresa diante do quadro que acabara de presenciar.

Imediatamente, ordenou ao cocheiro que voltasse ao palácio.

Em chegando ao palácio, mesmo tentando o cocheiro persuadi-lo ao contrário, Buda partiu, deixou o palácio, fugiu. Fugiu do seu mundo; único mundo que conhecia.

E saiu dizendo, textualmente:

“Estou partindo em busca daquilo que nunca morre”.

Assim começou a vida de Buda, o iluminado. Sidarta Gautama, o Buda.

Após todo o fausto em que viveu, não satisfeito, enjoado de tanto luxo e fartura, saiu em busca da verdadeira vida: a vida espiritual, que nunca morre.

Buda. De Zorba a Buda, o itinerário da felicidade!


Saquaíra, 15.01.2008

10.09.2009.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano B – Marcos

25 de outubro de 2009

30º Domingo do Tempo Comum

Edvaldo Santiago

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja

• Jesus cura o cego Bartimeu

• Oração do Dia

Pai, dá-me forças para lutar contra a cegueira que me impede de reconhecer teu amor misericordioso manifestado em Jesus. Faze com que eu veja! (Paulinas).

• Leituras litúrgicas

Primeira Leitura - Jeremias 31, 7 - 9

7. Porque isto diz o Senhor: Lançai gritos de júbilo por causa de Jacó. Aclamai a primeira das nações. E fazei retumbar vossos louvores, exclamando: O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel.
8. Eis que os trago da terra do norte, e os reúno dos confins da terra. O cego e o coxo estarão entre eles, e também a mulher grávida e a que deu à luz. Será imensa a multidão que há de voltar,
9. e que voltará em lágrimas. Conduzi-la-ei em meio às suas preces; levá-la-ei à beira de águas correntes, por caminhos em que não tropeçarão, porque sou para com Israel qual um pai, e Efraim é o meu primogênito.

Salmo 125, 4 – 6

4. Mudai, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes nos desertos do sul.
5. Os que semeiam entre lágrimas, recolherão com alegria.
6. Na ida, caminham chorando, os que levam a semente a espargir. Na volta, virão com alegria, quando trouxerem os seus feixes.

Segunda Leitura – Hebreus 5, 1 - 6

1. Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.

2. Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no erro, porque também ele está cercado de fraqueza.
3. Por isso, ele deve oferecer sacrifícios tanto pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo.
4. Ninguém se apropria desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão.
5. Assim também Cristo não se atribuiu a si mesmo a glória de ser pontífice. Esta lhe foi dada por aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei (Sl 2,7),
6. como também diz em outra passagem: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec (Sl 109,4).

Evangelho – Marcos 10, 46 - 52

46. Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu.
47. Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!"
48. Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!"
49. Jesus parou e disse: "Chamai-o" Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Coragem! Levanta-te, ele te chama."
50. Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele.
51. Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!
52. Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho

Jesus e o cego Bartimeu

Comentário do Evangelho


Na 1ª leitura, profetizou Jeremias dizendo: O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel. Já falava o profeta o cego e o coxo estarão com Ele e também mulher grávida e a que deu à luz.

Em Hebreus, São Paulo menciona que Jesus é o sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec.

A narração de Marcos, no evangelho de hoje refere-se a caminhada de Jesus rumo a Jerusalém, para o cumprimento do projeto de Deus.

A cura de dois cegos, um, em Betsaida e outro na saída de Jericó, procurou Jesus expor aos seus discípulos o Seu messianismo, ainda não entendido pelos próprios discípulos.
O Mestre nas regiões dos Gentios, não falava em sinagoga, mas em casa como local de encontro com as novas sociedades, bem como o centro de irradiação da missão que começava.
Marcos narra, assim, o evangelho. Saindo Jesus de Jericó com seus discípulos e uma multidão um cego chamado Bartimeu estava sentado, exercendo sua profissão de mendigo.

Percebendo que Jesus passava por perto gritou bem alto para que todos ouvissem: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim. Nada impediu que o cego Bartimeu gritasse e chamasse por Jesus.

Ouvindo o apelo, Jesus parou e ordenou que torcessem o cego até Ele. Bartimeu jogou fora a capa e correndo, num salto foi ter com Jesus.

Travou-se aí um diálogo divino e de profundidade infinita entre o Mestre e o cego: Disse Jesus:

- Que queres que eu faça?

Respondeu o cego:

- Rabôni que eu veja.

E o Mestre respondeu:

- Vai a tua fé te salvou.

Segue então o cego o caminho de Jesus.

A cegueira simbolicamente é a expressão da falta de entendimento da missão do Mestre. Os próprios discípulos, até então, não compreendiam que Jesus é o Filho de Deus.

De certo modo, o cego representa a ignorância do homem diante de Deus e da natureza. Enquanto isso dificulta a vida dos que não enxergam, outros tantos os privilegiados se prevalecem explorando os menos favorecidos, os marginalizados, os sem vez, sem voz e sem teto.

Por enquanto prevalecem a corrupção, a usura, a ganância, o estato social o sucessos, as vantagens pessoais.


Até que, ontem como hoje, todos nós entendamos que Jesus Cristo é Nosso Salvador, o Redentor do mundo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Bom domingo para todos.

Wanda e Tatai


25.10.2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Para ouvir passar o vento


Para ouvir passar o vento


Edvaldo Santiago


Tempo de amor. De trabalhar, de parar de trabalhar, de pensar. Sobretudo de pensar, refletir sobre as coisas do mundo.

Celebrar a vida!

Não compreendemos nem sabemos se nos convencem do que está acontecendo. Todo mundo tem pressa, está correndo sem direção sem saber para onde vai. Já não se anda, voa. Só não se sabe para onde estamos indo, qual o caminho, qual a meta do que queremos de nós mesmos, da vida, do mundo, do Criador.


Para ouvir passar o vento. O Sopro.

Vale a pena parar, escutar, pensar, calar, fazer profundo silêncio, Se não, de nada adianta tudo o que estamos fazendo. Ninguém percebe por que tanta correria. Não se sabe para onde vamos nem de onde vimos. É o caos.

Preocupados com dinheiro, roubos e assaltos, seqüestros e crimes de toda ordem, o tempo passa, e não fazemos o bem que queremos, mas o mal que não queremos, como bem disse São Paulo.

Fomos feitos e criados para o amor, para a comunhão, para um relacionamento sadio com nosso semelhante, com a natureza, com o Outro. Somos diferentes das coisas, porque amamos; as coisas não amam, surgem, existem, apenas.

Por que, então, não ouvir passar o vento? Por que não sermos humanos para sentir e amar e ser amado? Seres vivos pensantes e amantes que somos, por que não voltarmos às origens? À origem, divina, sagrada? Ser gente de novo, simples, crentes e cheios de fé, plenos de ternura e carinho.

Como ouvir passar o vento, se temos pressa em chegar não se sabe onde?

Como amar se só pensamos nas coisas, no resultado, no êxito e no sucesso?

O vento passa e sopra onde quer, soa em nossos ouvidos e em nossas vidas e não sentimos. Porque a natureza se afasta de nós, com medo de ser de ser destruída.

Temos vergonha em confessar os nossos sentimentos, as nossas fraquezas, o nosso medo. Somos super-homens de mentira e contra os mais fracos. Já não existem as palavras de conforto, de incentivo; generosidade, compaixão, chamego, ternura.

Para que ouvir passar o vento?

De que adianta, se estamos todos poluídos, com os rios, as ruas, as casas, o ar que respiramos e a água que bebemos. As chaminés das fábricas e as usinas nucleares são mais importantes. Os passarinhos, os sapos, os lagartos, os bichos do mato estão sendo exterminados, os campos, as relvas, as quedas d´agua. O ciclo de vida está virando ao contrário, não mais segue o rumo certo, porque não ouvimos passar o vento, não ouvimos a voz do coração, não ouvimos a voz de Deus.

Agora, então, valem as coisas que não agradam. Só se fala em corrupção, pedofilia, crimes hediondos, crueldades contra crianças.

A técnica, a ciência, a sabedoria engoliram o homem e ele já depende do que fez, do que inventou; já é ao computador que se consulta seus planos e das suas decisões. E o computador, como todas as máquinas, não chora, não ri, não tem sentimentos, não se alegra, nem fica triste. Não tem coração. Viva a técnica, viva a ciência, todavia sob o controle do homem.

Então, para que ouvir passar o vento?

Tempo de amar, de construir e destruir; de odiar, de criar; de matar, já diz o Eclesiastes.

Tempo de servir, não de ser servido.

Não é fácil, hoje, agora, simplesmente, ser gente, de carne e osso, corpo, alma e espírito; ser filho, ser pai e irmão, ser mãe. Simplesmente, ser. Não é fácil viver, todavia é necessário viver.

Contudo, contudo, como diz o poeta Fernando Pessoa:

“acho que só para ouvir passar o vento,
vale a pena ter nascido”.

Concordamos com o poeta.


Ipiaú, 08 de agosto de 2009.
Wanda e Tatai

sábado, 17 de outubro de 2009

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano B – Marcos

18 de outubro de 2009

29º Domingo do Tempo Comum

Edvaldo Santiago

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja

• Oração do Dia

Senhor Jesus, leva-me a escolher sempre o caminho do serviço feito na gratuidade, para eu me sentir grande junto de ti.
Senhor Jesus, leva-me a escolher sempre o caminho do serviço feito na gratuidade, para eu me sentir grande junto de ti. (Paulinas).

• Leituras litúrgicas

Primeira Leitura – Isaías 53, 10 - 11

10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si.

Salmo 32 (33), - 5. 18 - 19. 20. 22

4 Porque a palavra do Senhor é reta; e todas as suas obras são feitas com fidelidade.
5 Ele ama a retidão e a justiça; a terra está cheia da benignidade do Senhor.
18 Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade,
19 para os livrar da morte, e para os conservar vivos na fome.
20 A nossa alma espera no Senhor; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo.

22 Seja a tua benignidade, Senhor, sobre nós, assim como em ti esperamos. 5 Ele ama a retidão e a justiça; a terra está cheia da benignidade do Senhor.

Segunda Leitura - Hebreus 4, 14 - 16

14 Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.

• Evangelho – Marcos 10, 35 – 45

35 Nisso aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.
36 Ele, pois, lhes perguntou: Que quereis que eu vos faça?
37 Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.
38 Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis beber o cálice que eu bebo, e ser batizados no batismo em que eu sou batizado?
39 E lhe responderam: Podemos. Mas Jesus lhes disse: O cálice que eu bebo, haveis de bebê-lo, e no batismo em que eu sou batizado, haveis de ser batizados;
40 mas o sentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles a quem está reservado.
41 E ouvindo isso os dez, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
42 Então Jesus chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governadores dos gentios, deles se assenhoreiam, e que sobre eles os seus grandes exercem autoridade.
43 Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva;
44 e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.
45 Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

Jesus e dois apóstolos

Comentário do Evangelho

- O poder-serviço é a realidade –

A Eucaristia constitui-se no mais eloqüente sinal do serviço de Cristo. Jesus Cristo, o Filho do homem veio para servir e não para ser servido. Deu Sua vida em resgate de muitos, é o Salvador do mundo.

Em seus discursos, Jesus começa a declarar sua verdadeira identidade, sua messianidade. Começa também a expor a seus discípulos o que irá acontece com eles: sua paixão, sua morte, sua ressurreição.

No evangelho de hoje Marcos narra um episódio curioso e importante em uma de suas caminhadas.

Tiago e João, filhos de Zebedeu disseram ao Mestre ou pediram que eles fossem agraciados em se sentarem ao lado do Mestre quando o Filho de Deus Jesus Cristo estivesse em sua Glória.

Jesus então considerando o desejo dos discípulos retorqui: “ podeis vós beber o cálice que Eu vou beber ou ser batizado no batismo em que Eu vou ser batizado.....

Ingênua ou inocentemente os dois discípulos afirmaram que podiam.

A essa altura verifica-se que mesmo andando em companhia com Jesus, os discípulos não compreendiam Jesus. Não sabiam nem discerniam que com eles, andando com eles ouvindo diariamente a sua pregação não sabiam que Ele era o Filho de Deus vivo. Ele era Jesus Cristo o Redentor do mundo.

Os outros dez discípulos ouviam o pedido de Tiago e João e s indignara contra eles.

Foi quando Jesus mais uma vez deu-lhes a sua costumeira lição de amor e de justiça. Dsse-lhes que o poder dos overnantes, das autoridades políticas, o poder dos reis todos eles são bem diferentes do poder daqueles que aspiram trilhar os caminhos do Reino.

Ceando a lei do amor, quem quiser ser o maior seja o menor de todos; quem quiser ser o primeiro que seja o último. Servir é lei maior. Basta lembrar que Jesus nos deu o exemplo maior, lavando os pés dos discípulos na Ceia última, antes de entregar-Se aos inimigos.

Poder maior não existe que dar a vida em resgate de muitos.
,
Infelizmente a lição e o exemplo de vida de Jesus Cristo, até hoje, não foi compreendido pelas gerações que se sucedem. As idolatrias diversas como o dinheiro, a política, o consumismo, o sexo desenfreado, a ganância estão se tornando a mola mestra para a corrupção, para a violência, para o caos que nos rodeia em todo o mundo.

Infelizmente estamos no tempo em que as coisas valem mais que as pessoas. Os privilégios, as vantagens pessoais, a cruel manipulação dos mais fortes sobre os mais fracos precisam desaparecer, dando lugar à liberdade, à igualdade, ao direito de todos.

A segunda leitura, Hebreus, nos leva a senti o poder e a misericórdia de Deus, no Seu Filho, Jesus Cristo que, por nós, deu a vida e nos prometeu e está conosco até o final dos tempos;

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

• Bom Domingo para todos.


Wanda e Tatai

18.10.2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Conquista de si mesmo

A Conquista de si mesmo

Comentário de

Edvaldo Santiago

(Baseado em “Colunas do Caráter” de S. Júlio Schwantes)
- Casa Publicadora Brasileira –

Certo monarca, visitando o rei de Esparta, quis saber o segredo da resistência férrea dos soldados espartanos. Foi-lhe dito residir o segredo numa sopa preta que era parte da ração de cada soldado. Insistiu o monarca em prová-la, mas qual não foi a sua decepção ao levá-la à boca.
Era intragável.

”Não se impressione”, explicou-lhe o ancião com ironia. “O tempero desta sopa consiste em rígida disciplina pessoal”. Assim o era na verdade. O monarca, afeito a uma vida fácil, rodeado de luxo da corte, não podia apreciá-la.

Sem esta rígida disciplina pessoal, inculcada desde a infância, nunca teriam os soldados de Esparta escrito a imortal página das Termópilas. Quando outros teriam preferido uma retirada “honrosa” ou uma fuga justificável sob todos os pontos, aqueles heróis, educados na escola do domínio-próprio julgaram mais digno manter a sua posição até o último homem.

“Domínio-próprio é coragem em outra forma”, dizia antigo sábio. É de Pitágoras a frase:
“Nenhum homem é livre que não se pode dominar”. Aquele que é escravo de suas paixões e instintos nega, ipso facto, sua liberdade. Não é livre nem de fato, nem de Direito. Submetendo-se ao domínio da natureza inferior, o homem abdica a sua realeza e a sua filiação divina.

Domínio-próprio não é nenhuma abstração. Envolve o domínio do apetite, do gênio, da indolência, da língua, de todos os pendores, inatos ou adquiridos. Significa subordinação da natureza inferior à superior, dos instintos à razão, dos impulsos cegos à luz da moral. Exige o reconhecimento de uma hierarquia de valores em que os interesses eternos se sobrepõem aos temporais, os espirituais aos materiais, os da sociedade aos do indivíduo.

A lei e a vontade se integram por completo no homem que alcançou elevado grau de disciplina interior. Segundo Kant sua conduta se torna padrão universal.

Seu querer se identifica com o seu dever. Nada de correto, certo ou legal ele faz por obrigação, mas o faz pelo simples querer da vontade livre e consciente. Nada de compulsório, tudo pela querer espontâneo daquele que aprendeu a dominar seus próprios sentimentos, seus caprichos, seu agir no mundo.

Conquiste-se a si mesmo, discipline suas ações, cresça todos os dias e viva a sua vida em plenitude!

30.09.2009.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

28º Domingo do Tempo Comum

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano B – Marcos

11 de outubro de 2009

28º Domingo do Tempo Comum

Edvaldo Santiago

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja

• “Será que os ricos se salvam?”

• Oração do Dia

Senhor Jesus, reforça minha liberdade interior de forma que nada, neste mundo, me impeça de cumprir a vontade do Pai (Paulinas).

• Leituras litúrgicas

Primeira Leitura – Sabedoria 7, 7 – 11

Aprender as lições do passado para ser povo livre

7. Assim implorei e a inteligência me foi dada, supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim.
8. Eu a preferi aos cetros e tronos, e avaliei a riqueza como um nada ao lado da Sabedoria.
9. Não comparei a ela a pedra preciosa, porque todo o ouro ao lado dela é apenas um pouco de areia, e porque a prata diante dela será tida como lama.
10. Eu a amei mais do que a saúde e a beleza, e gozei dela mais do que da claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se extingue.
11. Com ela me vieram todos os bens, e nas suas mãos inumeráveis riquezas.

Salmo 89, 12 – 15

12. Ensinai-nos a bem contar os nossos dias, para alcançarmos o saber do coração.

13. Voltai-vos, Senhor - quanto tempo tardareis? E sede propício a vossos servos.
14. Cumulai-vos desde a manhã com as vossas misericórdias, para exultarmos alegres em toda a nossa vida.
15. Consolai-nos tantos dias quantos nos afligistes, tantos anos quantos nós sofremos.

Segunda Leitura – Hebreus 4, 12 – 13

A força da Palavra de Deus

12. Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.
13. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.

• Evangelho - Marcos 10, 17 – 30

17. Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?"
18. Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom.
19. Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe."
20. Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade."
21. Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
22. Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens.
23. E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!"
24. Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas!
25. É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus."
26. Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?"
27. Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível.
28. Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos."
29. Respondeu-lhe Jesus. “Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho.
30. que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna.


“Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres
e terás um tesouro no céu”.

- Comentário do Evangelho –

“O Reino é dom e partilha”

• Hoje é Domingo, Dia do Senhor, dia em os irmãos se reúnem, em festa, para celebrar a Eucaristia. Nela, a Palavra de Deus se põe à nossa disposição para o discernimento do bem e do ma. Aescolha é nossa.

As duas leituras e o evangelho de Marcos sinalizam bem os caminhos da salvação, o seguimento de Jesus.

Começa com sabedoria (primeira leitura), a Sabedoria de Deus, a Sabedoria dada a Salomão pelo Criador para que governasse com justiça e retidão o seu povo, povo de Israel. Para Salomão bem como para todos nós, preferível a sabedoria ao poder, à força, à riqueza.


Na segunda leitura, em Hebreus, o apóstolo Paulo nos adverte sobre a força da Palavra de Deus. Devemos prestar contas a Deus das nossas ações, do nosso comportamento mei aos nossos semelhantes. A Palavra de Deus e Sua Justiça são mais eficazes que uma espada bem afiada.

Culmina a liturgia com a narração de Marcos que versa sobre a riqueza, o dinheiro e a felicidade, os caminhos do Reino.

Numa das caminhadas de Jesus, aproximou-se um homem que, ajoelhando-se aos Seus, pés, pediu:

"Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?"

Retrucou-lhes Jesus que o nome de bom só deve ser aplicado a Deus. Só Deus é bom. Em seguida, esclareceu Jesus os mandamentos de Deus, na ótica farisaica, obediência legal prescrita por Moisés.

Imediatamente, o homem declarou conhecer e praticar lei, desde pequeno, certo de estar em condições alcançar a vida eterna.

A sua surpresa veio com Jesus que, a fim alcançar o Reino que ele, além de conhecer toda a lei judaica, vendesse tudo o que possuía, desse o dinheiro aos pobres.

A resposta de Jesus pegou-o de surpresa, por certo, um homem muito rico, um latifundiário. Entristeceu-se e foi embora. Desistiu do Reino.

Diante do que acorria em torno deles, os discípulos conjeturaram:

"Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!"

Chamando os discípulos de filhinhos, Jesus expôs-lhes que jamais alcançará o Reino de Deus quem confiasse em sua riqueza, em seu poder, seu prestígio pessoal, político ou social.

Provocando, ainda mais a curiosidade dos discípulos, Jesus lhes disse:

“É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha
do que entrar o rico no Reino de Deus.".

Realmente, nada mais difícil que um camelo, animal enorme, passar no buraco de uma agulha. Diante de tanta dificuldade, como é possível entrar o homem no Reino dos Céus?

E nos vem a resposta definitiva:

"Aos homens isto é impossível,
mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível”.

E, diante da confissão de Pedro, em terem deixado tudo e seguido o Mestre, Jesus concluiu que todos aqueles que abandonarem tudo, inclusive, a família, terá, com certeza, a entrada no Reino.

Ninguém vem ao Pai, se ãao por mim, expressão de Jesus.

A escolha, decisão é nossa: Deus ou o dinheiro.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

• Bom Domingo para todos.

Wanda e Tatai

11.10.2009.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

27º Domingo do Tempo Comum

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano B – Marcos

O4 de outubro de 2009


27º Domingo do Tempo Comum


Edvaldo Santiago

ANO SACERDOTAL

• Dia do Senhor

• “O que Deus uniu o homem não separe”

• Oração do Dia

Senhor Jesus, que os casais cristãos compreendam a profundidade
de sua união, obra do próprio Deus. (Paulinas).

• Leituras litúrgicas

Primeira Leitura – Gênesis 2, 18 - 24

18. O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.”
19. Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levaram-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome.
20. O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada.
21. Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar.
22. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.
23. “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”
24. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.

• Salmo 127, 5 - 6

5. De Sião te abençoe o Senhor para que em todos os dias de tua vida gozes da prosperidade de Jerusalém,
6. e para que possas ver os filhos dos teus filhos. Reine a paz em Israel!


• Segunda Leitura - Hebreus 2, 9 - 11

9. Mas aquele que fora colocado por pouco tempo abaixo dos anjos, Jesus, nós o vemos, por sua Paixão e morte, coroado de glória e de honra. Assim, pela graça de Deus, a sua morte aproveita a todos os homens.
10. Aquele para quem e por quem todas as coisas existem, desejando conduzir à glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o autor da salvação deles,
11. para que santificador e santificados formem um só todo. Por isso, (Jesus) não hesita em chamá-los seus irmãos,

O que Deus uniu o homem não separe

• Evangelho – Marcos 10, 2 - 16

2. Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3. Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4. Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5. Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei";
6. mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8. e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10. Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11. E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira".
12. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
13. Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam.
14. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham".
15. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará."
16. Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.

Comentário do Evangelho

Jesus fala sobre o divórcio

Comecemos o Evangelho de hoje, voltando ao Velho Testamento – Gênesis primeira leitura narrando o cuidado de Deus em estabelecer que o homem na deve viver só. Precisa ele de uma companheira que lhe seja adequada.

Após a formação da terra e dos céus Deus deu ao homem autoridade para nomear todos os seres criados pó Ele. Isso foi feito. Todavia, o homem sentiu que na criação faltava uma criatura que lhe fizesse companhia e lhe fosse realmente uma ajudadora.

Foi quando Deus criou a mulher tirando da costela de Adão e feito uma mulher sua consorte para a vida toda e isso agradou ao homem que daí em diante seria sua mulher, carne da sua carne ossos dos seus ossos.

Eis a razão por que veio a ordem do Pai: O homem deixará seu pai e sua mãe para se unir a sua mulher já não são mais dois, mais uma só carne.

Partindo desse princípio – o homem e a mulher serão uma só carne – começa a narração de Marcos.

Em questões da lei os fariseus procuram condenar Jesus. Segundo a lei judaica, o homem tem direito a repudiar sua mulher e dar-lhe carta de divórcio, em contrariando o princípio de Jesus que o homem não separe o Deus uniu.

Jesus na sua sabedoria, colocando o homem e a mulher em pé de igualdade. Tanto ela como o homem tinham o mesmo direito de se separarem, sendo adúltero ou adúltera aquele ou aquela que se separasse pra casar com outro ou outra.

Daí a indissolubilidade do casamento: “o que Deus uniu o homem não separe”.

Marcos, em seu evangelho introduziu mais um assunto. Apresentando-Lhe várias crianças para que Ele Jesus, as tocasse, os discípulos quiseram impedir que o Mestre abraçasse essas mesmas crianças.

Jesus, entretanto, contrariando a vontade dos discípulos abraçou as crianças, e disse a todos que só, as crianças e sua inocência, poderia alguém entrar no Reino de Deus.

E Jesus abraçou as crianças e as abençoou tocando nelas com Suas mãos.

Em síntese dois assuntos duas lições o casamento é um sacramento instituído por Deus é indissolúvel e só quem for puro e inocente como as crianças podem entrar no reino dos céus.


Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Bom Domingo para todos.


27.09.2009