sábado, 27 de março de 2010

Domingo de Ramos e a Páscoa do Senhor


DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano C - Lucas

28 de março de 2010

. Edvaldo Santiago

CICLO DA PÁSCOA

ANO SACERDOTAL


• Dia da Igreja


• Domingo de Ramos e a Páscoa do Senhor

• Oração do Dia

Senhor Jesus, nessa Páscoa que se aproxima, fazei-nos entender e viver o Projeto de Deus, em amar ao Pai primeiro, seguido do amor ao próximo, como permanente regra de vida.

• Leituras litúrgicas

1ª Leitura – Isaías 50, 4 - 7

4. O Senhor Javé deu-me a capacidade de falar como discípulo, para que eu saiba ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. Cada manhã Ele desperta os meus ouvidos para que eu possa ouvir como discípulo
5. O Senhor Javé abriu os meus ouvidos e eu não fiz resistência nem recuei.
6. Apresentei as costas àqueles que me queriam bater e ofereci o queixo aos que me queriam arrancar a barba, e nem escondi o meu rosto aos insultos e escarros.
7. O Senhor Javé ajuda-me, por isso não me sinto humilhado; endureço o meu rosto como pedra, porque sei que não vou sentir-me fracassado

Salmo 21, 1 - 5

1. Do mestre de canto. Salmo. De David.
2. Javé, o rei alegra-se com a tua força, e como exulta com a tua vitória!
3. Concedeste-lhe o desejo do seu coração, e não lhe negaste o pedido de seus lábios.
4. Pois Tu o precedeste com grandes bênçãos, colocaste uma coroa de ouro na sua cabeça.
5. Ele pediu-Te vida, e Tu lha concedeste, dias sem fim, para sempre e eternamente

2ª Leitura – Filipenses 2, 6 - 11

6. Ele tinha a condição divina, mas não Se apegou à sua igualdade com Deus.
7. Pelo contrário, esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens. Assim, apresentando-Se como simples homem,
8. humilhou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz!
9. Por isso, Deus O exaltou grandemente, e Lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10. para que, ao Nome de Jesus, se dobre todo o joelho no Céu, na Terra e sob a Terra;
11. e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai
• Evangelho – Lucas 22, 14 - 23, 56

14. Quando chegou a hora, Jesus pôs-Se à mesa com os Apóstolos.
15. E disse: «Desejei muito comer convosco esta ceia pascal, antes de sofrer.
16. Pois vos digo: nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus».
17. Então Jesus tomou o cálice, agradeceu a Deus e disse: «Tomai e reparti entre vós;
18. pois Eu vos digo que nunca mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus».
19. A seguir, Jesus tomou um pão, agradeceu a Deus, partiu-o e distribuiu-lho, dizendo: «Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim».
20. Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vós.
21. Mas vede: a mão do homem que Me vai trair está comigo à mesa.
22. Sim, o Filho do Homem vai morrer, conforme Deus determinou, mas ai daquele homem que O vai trair!
23. Então os Apóstolos começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer tal coisa.
56 Ora, uma criada viu Pedro sentado perto do lume. Encarou-o bem e disse: «Este aqui também estava com Jesus!”.

Santa Ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo


Comentário do Evangelho

• Semana Santa (seguindo Pe. José Bortolini:


1. Domingo de Ramos
Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que nos vem em
nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas! (Mt 21, 9)
2. Quinta-feira Santa:
Eucaristia, Fraternidade, Amor, Serviço. Instituição da Eucaristia e início do Sacerdócio.
3. Sexta-feira Santa:
Jesus, Servo, Rei, Sacerdote – Jesus, o Mestre, o Filho de Deus Vivo. Ele venceu a morte!
4. Vigília Pascal 0 – A morte não pode mais opor-se à vida.
“A Liturgia da Noite Pascal porá em realce todos estes Sinais e Memórias, todo este Passado e Presente. A Celebração da Vigília Pascal tem uma unidade espantosa nas suas quatro partes”:
A Celebração da LUZ / – A Celebração da PALAVRA
A Celebração da Água / A Celebração da Eucaristia
5. A Páscoa do Senhor – O Ressuscitado! Vida da comunidade cristã.


Ramos e a Paixão do Senhor.

Jesus servo sofredor testemunha fiel

• Esta semana, Jesus faz Sua Aliança com a humanidade, doando Seu Corpo e Seu Sangue, como memorial perpétuo a ser celebrado.

Enquanto isso, a nossa sociedade está vivendo dias, momentos angustiantes diante do que está acontecendo a nossa volta. A violência, a corrupção, a idolatria do dinheiro, o poder econômico e político correm soltos no mundo inteiro, criando a marginalidade, a miséria, à fome de tantos irmãos nossos.

O testemunho, a fidelidade de Jesus são exemplos e caminho traçados pelo Filho Deus a im de chegarmos ao Reino. Precisamos resgatar o Projeto de Deus e dar sentido do que é ser cristão.

Na 1ª leitura, o profeta Isaías confessa ser discípulo do Senhor não teme enfrentar seus inimigos. Como servo sofredor, jamais recuou nem fugiu à luta, sempre sereno e confiante, certo da proteção de Deus. Todo Poderoso.

A carta e São Paulo aos filipenses é tãom npbre, tão divina ao reconhecer a grandeza de Jesus que, sendo Deus. Não se apegou a essa condição. Como homem sofreu, humilhou-se até a morte, morte na cruz.

De tão bela e cheia de fé, transcrevemos alguns versículos desta carta; vv 9 e 10.
Por isso, Deus O exaltou grandemente,
e Lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;

para que, ao Nome de Jesus,
se dobre todo o joelho no Céu, na Terra e sob a Terra.

Paixão de Jesus Cristo. No evangelho de hoje, Lucas narra a via crucis de Jesus começando pela Sua Última Ceia. Em vez da celebração da páscoa no Templo, como faziam os judeus, Jesus celebra a?Sua Páscoa com seus discípulos numa casa separada, cenáculo.

Solenemente e de modo sagrado, Jesus anuncia o desejo de comer a última ceia com Seus discípulos, antes de começar o sofrimento que O levará à morte. Morte de cruz.

Anuncia, ainda, que jamais comerá outra ceia até que o Reino de Deus haja chegado até nós.

Ato contínuo, após agradecer a Deus, Ele toma em Suas mãos o pão em Suas mãos, parte-o e distribui entre seus discípulos, dizendo: «Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de Mim».

Depois da ceia, Jesus repetiu o gesto, dizendo: «Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vós.

Nessa última ceia, ao dar o Seu corpo e Seu sangue, selando Sua Eterna e Última Aliança com toda a humanidade, o Filho do Homem chamou a atenção para o discípulo que O entregou aos seus inimigos, que queriam a Sua morte. Infeliz, desgraçado aquele que trairá o Mestre.

O aviso de Jesus de Jesus deixou os discípulos apavorados sem entenderem, ainda o desfecho que mudou face do mundo.

Não foi sem propósito que Jesus, em plena ceia com os discípulos, a última, Ele deu Seu corpo, Seu sangue por nós, selando Sua Eterna Aliança com todos nós. O Mestre cumpre o Projeto de Deus e nos induz a fazer sempre essa Celebração Eucarística, a primeira, em Sua memória: a Memória de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E, daí até a Ressurreição:

A PÁSCOA!

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

• Bom Domingo para todos. Feliz Páscoa!

Wanda e Tatai


28.03.2010.

terça-feira, 23 de março de 2010

Saudades da
Professora Emerita

Edvaldo Santiago

“ Quem achar a sua vida perdê-la-á,
e quem perder a sua vida
por amor de mim, Jesus Cristo, achá-la-á”.
Mateus 10, 39

• Conhecida e amada por toda a comunidade de Ipiaú, faleceu, na Cidade de Jequié, Estado da Bahia, no dia 16 de fevereiro deste ano de 2010.

Vítima de um infarto, por mais de mês internada na Clínica Santa Helena, com assistência médica total e acolhedora, rodeada dos filhos, netos, genro e amigos, veio a despedir-se deste mundo.

E quanta saudade nos deixou a grande e dedicada Professora Emerentina Gonçalves da Matta Castro! A querida e estimada Pró Emerita! Grande mulher, grande cidadã, mãe, avó, bisavó e sogra extremosa, Símbolo de humildade para quem a conheceu de perto.


Viúva do amigo e irmão Américo de Almeida Castro, que partiu em 2000, a Professora Emerita soube manter-se e manter, com rara dignidade, toda a sua família, com dedicação extrema, lutando, vivendo, sofrendo e morrendo por todos eles.

Fernando e Isabel, Marialice e Manoel, Reinaldo e Jaqueline, José Américo e Jisnalva e Maria Liege, além de filha, amiga de todas as horas, filhos e filhas, netos e netas, bisnetos, todos sentem, choram e sofrem a ausência de Emerita, responsável por este clã enorme que ele tanto adorava.

De modo especial, incluamos a extraordinária Cristina, fiel, companheira da família, em todos os momentos da vida do casal. Vivendo há mais de 65 anos com a familia, desde os ancestrais, Cristina soube viver, conviver, trabalhar e criar todos esses filhos, quando meninos e meninas de fraldas.

Ela, Cristina, conosco, familiares, amigos e ex-alunos choram sentem a falta de Emerita.

Nós já conhecíamos a família de Emerita, desde Nazaré das Farinhas, perto de Salvador, Bahia. Cidade antiga e tradicional, responsável pelo ensino e educação de gerações e gerações.

Na cidade de Nazaré, a Professora Emerita formou-se em Magistério, na Escola Normal de Nazaré, sendo, então, Diretora a conceituada Professora Guiomar Muniz. Escola conceituada e de memorável lembrança.

Vale-nos, também, lembrar de onde começou a nossa amizade com saudosa Emerita. Na mesma Nazaré, onde nascemos, concluímos o curso médio no Ginásio Clemente Caldas, sob a direção do poeta e professor Anísio Melhor.

Desde então somos ligados pela terra natal, pela educação e pela afeição mútua que só Deus sabe como começou.

Vimos, com o Sopro do Espírito Santo, esbarrar nesta terra abençoada por Deus. E, coincidência significativa, o Dedo de Deus. Casada com Américo, irmão de Aloísio, amigos e colegas do Ginásio, a estimada Emerita também veio para Ipiaú.

Redobrada a nossa amizade e consideração, já não mais, Emerita e Tatai, mas as nossas famílias: Américo e Emerita e filhos e Wanda e Tatai e filhos, que guardam a tradição milenar de priorizar a família, como sagrada, em todos os momentos da vida.

Agora, mais do que nunca, nos sentimos responsáveis a perpetuar essa amizade salutar, que tem historia, tem tradição e muito amor.

Por mais de trinta anos na direção da Escola Salvador da Matta, a Pró Emerita curtiu, em vida, a alegria de ser lembrada e saudada por seus milhares de alunos. Foi Inspetora da Escola Normal de Rio Novo. De voz maviosa, cantou a vida em todos os cantos: nas festas, nas escolas, na igreja, em casa. Ela sempre foi alegria e vida em todos os lugares que chegava, apesar de simples e humilde, sua marca original.

Quanta saudade nos deixa a todos, sem exceção. Não tinha inimigos, só semeou amor, carinho, bondade por onde quer que tenha passado.

Viveu a vida, registrou sua passagem por aqui, partiu e está com Deus!

Deus a abençoe, Emerita!

Wanda, Tatai e familiares.
Ipiaú (Ba), 10.03.2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

5º Domingo da Quaresma

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano C – Lucas

21 de março de 2010

Edvaldo Santiago

CICLO DA PÁSCOA

ANO SACERDOTAL
• Dia da Igreja

• 5º Domingo da Quaresma

• Oração do Dia

Senhor, levai-nos, novamente, ao arrependimento e à conversão, fazendo-nos dignos e ser cristãos a caminho do eino, hoje e sempre,

• Leituras litúrgicas

1ª Leitura – Isaías 43, 16-21

16. Eis o que diz o Senhor que abriu uma passagem através do mar, um caminho em meio às ondas,
17. que pôs em campo carros e cavalos, a tropa de soldados e chefes: eles caíram então para nunca mais se levantar; Extinguiram-se como um pavio de vela.
18. Não vos lembreis mais dos acontecimentos de outrora, não recordeis mais as coisas antigas,
19. porque eis que vou fazer obra nova, a qual já surge: não a vedes? Vou abrir uma via pelo deserto, e fazer correr arroios pela estepe.
20. Dar-me-ão glória os animais selvagens, os chacais e as avestruzes, pois terei feito jorrar água no deserto, e correr arroios na estepe, para saciar a sede de meu povo, meu eleito;
21. o povo, que formei para mim, contará meus feitos.

Salmo 135, 1 - 8

1. Aleluia. Louvai o Senhor, porque ele é bom, porque sua misericórdia é eterna.
2. Louvai o Deus dos deuses, porque sua misericórdia é eterna.
3. Louvai o Senhor dos senhores, porque sua misericórdia é eterna.
4. Só ele operou maravilhosos prodígios, porque sua misericórdia é eterna.
5. Ele criou os céus com sabedoria, porque sua misericórdia é eterna.
6. Ele estendeu a terra sobre as águas, porque sua misericórdia é eterna.
7. Ele fez os grandes luminares, porque sua misericórdia é eterna.
8. O sol que domina os dias, porque sua misericórdia é eterna.

2ª Leitura – Filipenses 3, 8-14

8. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo.
9. e estar com ele. Não com minha justiça, que vem da lei, mas com a justiça que se obtém pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus pela fé.
10. Anseio pelo conhecimento de Cristo e do poder da sua Ressurreição, pela participação em seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na morte,
11. com a esperança de conseguir a ressurreição dentre os mortos.
12. Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho em conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo.
13. Consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para a frente,
14. persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo.

• Evangelho – São João 8, 1 - 11

1. Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras.
2. Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar.
3. Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.
4. Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério.
5. Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso?
6. Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra.
7. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.
8 Inclinando-se novamente, escrevia na terra.

Jesus e os acusadores – a mulher adúltera

9. A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele.
10. Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?
11. Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.

Comentário do Evangelho

Jesus veio a mundo para salvar e não condenar

As pessoas anseiam por um mundo justo e solidário. O mesmo acontece com o Pai que está nos céus e na terra que traçou para nós um Plano de puro amor e justiça. As estruturas sociais, que não andam bem, precisam se ajustar ao Plano de Deus, só assim, haverá lugar para todos.

Hoje, 5º Domingo da Quaresma, mais uma vez nos lembremos da Páscoa que se aproxima e façamos uma profunda revisão de vida. Confessemos, pelo menos interiormente como estamos caminhando, como vai nossa vida na família, no trabalho.

Como se vê na primeira leitura, o Senhor tem aberto passagens para a nossa vida, nossa libertação, desde a passagem pelo mar vermelho, fugindo da escravidão do Egito. Daí o êxodo até a Terra Prometida.

Em Filipenses, segunda leitura, São Paulo confessa seu amor incondicional por Jesus Cristo, abandonando tudo, desprezando tudo pelo amor que tem a Ele, o Salvador do mundo.
São João, no seu evangelho de hoje, narra a palavra da mulher adúltera e seus acusadores.
Trata-se da ‘justiça” dos escribas e fariseus, preocupados em acusar Jesus em situação embaraçosa, a fim levar o Mestre a colocar-se contra o sistema romano.

Dessa vez, dirigiu-se Jesus ao monte das Oliveiras, lugar onde o Filho de Deus, entregou-se aos seus perseguidores que O levaram ao calvário. Daí ao templo, onde ensinava, após sentar-se e reunir o povo para ouvi-lO.

Foi quando lhes apareceram escribas e fariseus, trazendo uma mulher, acusada de adultério. E à frente de Jesus a acusaram, cobrando a lei de Moisés, que punia o adultério com apedrejamento.

Não tanto em referência à mulher adultera, pretendiam eles por Jesus em contradição à lei de Moisés. O Filho de Deus, inclinado, escrevia na areia, sem perturbar-se. Diante da insistência dos escribas e fariseus, olhou para os mesmos acusadores e de modo natural, lhes fez a pergunta, difícil de responder:
Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.

Após breve silêncio, a começar pelos mais velhos, foram-se afastando os acusadores, deixando Jesus e a mulher sozinhos. O Mestre perguntou a ela onde estavam seus algozes. Ao que respondeu estar sozinha, todos eles se foram.
A resposta de Jesus, que veio para salvar e não condenar: Se ninguém te condena nem eu também o faço.

Vai em paz e não tornes a pecar

Ontem como hoje, jamais devem prevalecer leis que só fazem acusar, condenar. A principal lei é a lei do amor, a lei que perdoa, que liberta e transforma o cidadão.

Revisão de vida. Reencontro com a lei do amor e da solidariedade. Preparemo-nos para a Páscoa.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

• Bom Domingo para todos.

Wanda e Tatai

21.03.2010.

segunda-feira, 15 de março de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Irrompe banquete adentro, Lázaro


Edvaldo Santiago


• CFE - CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA- 2010
• Lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6,24)
• Tema: Economia e Vida

CFE – Tema e Lema a serem refletidos durante o ano inteiro. Como sempre, as igrejas ecumênicas – CONIC – lutam por justiça em favor dos pobres e oprimidos, permanentemente, excluídos do sistema.

Sem partilha, sem solidariedade, o dinheiro; a usura, o lucro desenfreado, o consumismo continuam a liderar o mundo. Dois mundos: ricos de um lado, pobres do outro e a injustiça no meio.

O mendigo Lázaro e o homem rico

“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e
que fazia, diariamente, brilhantes festins.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia coberto de úlceras
no pórtico de sua casa” (16, 19-21).

- Irrompe banquete adentro, Lázaro -

• Que beleza o poema de Dom Hélder Câmara. Inspirado na parábola de Lucas (16, 19-21), ele nos deixa mais uma das suas lições de amor. Amor a Deus e ao próximo, referindo-se de modo especial ao tema da CFE/2010.

Sempre o velho e histórico tema do rico e o pobre. A profunda diferença entre os poderosos e os marginalizados.

Na parábola de Lucas, enquanto um homem rico banqueteava-se com seus amigos em sua casa, nas escadas, estava um mendigo, Lázaro, doente, coberto de chagas, implorando o que comer. Surdos, o rico e seus companheiros nada viam, nada ouviam das lamúrias de Lázaro.

Morre o mendigo, Lázaro, morre o rico e, na outra vida, invertem-se os papéis. Enquanto Lazaro, no seio de Abraão, goza das delícias oferecidas aos pobres, o rico passa por terríveis momentos, curtindo o fogo do inferno. Apelando para Abraão, o rico recebe a resposta de que, em vida, já havia desfrutado das suas vantagens; era rico e nada lhe faltara...

O poema de Dom Hélder imprime a Lázaro, símbolo do pobre, retrato da pobreza, o sentido de dignidade, de respeito humano, conscientizando-o da sua cidadania, da sua humanidade, igualdade e respeitabilidade. No seu APELO A LÁZARO, incita-o e a todos os Lázaros a brigar, a lutar, a perseguir seus direitos e prerrogativas em torno da justiça, diante de Deus, diante dos homens. O Eu sou dentro de cada de nós é o mesmo, o mesmo Criado dentro de cada um de nós sem distinção de pessoas. Todos somos um. À Unidade!

“Não só de pão vive o homem...”. E o rico, todos os endinheirados precisam saber desta verdade; só assim haverá paz, justiça, solidariedade entre todos.

O saudoso Bispo de Olinda nos transmite esta relíquia transcrita na CFE 2010 e, aqui, comentada.

APELO A LÁZARO

Pelo amor que tenho aos ricos
- a quem não devo julgar,
a quem não posso julgar
e que custaram
o sangue de Cristo –
eu te peço, Lázaro,
não fiques nas escadas
e não te deixes enxotar –
irrompe banquete adentro,
vai provocar náuseas
nos saciados convivas.
vai levar-lhes
A face desfigurada de Cristo
De que tanto precisam
Sem saber e sem crer.

• Breve comentário:

Pobreza não é fatalidade nem imposição de Deus ou da natureza. Todos temos direito ao lugar ao sol, direito de ser feliz. Não é justa essa cruel diferença – pobres e ricos - que se perpetua por séculos e mais séculos. Não se deve aceitá-la, pura e simplesmente, como uma situação normal, estável. Uma minoria de barriga cheia, outros, a maioria, passando dificuldades mil.

Tem razão, Dom Helder. Estamos com ele, com ele concordamos: “Irrompe banquete adentro”.

Entra com a cara de dor, com todo o corpo doendo e ferido e mostra a essa gente que tu também és gente, filho de Deus. Ser humano, com os mesmos direitos de ser feliz.

Interrompa conversas de dinheiro, de lucro, de usura e te mostres insatisfeito com a injusta situação. Chega de injustiças, de discriminação social, econômica, política.

Basta de crueldade por causa de dinheiro, dinheiro, dinheiro. Há coisas, muita coisa que o dinheiro não pode comprar, graças a Deus. A honra, a dignidade, a vida, o amor são bens divinos, de valor tal que não há dinheiro que compre.

Vejamos bem as expressões, termos fortes e bem aplicados de Dom Hélder.

“Irromper” quer dizer, invadir, entrar sem bater à porta, sem pedir licença. Provoca, chama atenção com seu jeito de ser. Sem mascara, sem pieguices. Sê natural como Deus o fez. Nada receies, pois tu também és templo do Espírito.

“Irrompe”

“Adentro”, recinto, interno, reservado, guardado, dentro, interior. Advérbio.

“Adentro”

“Banquete”, festa, reunião de comemoração, comes-e-bebes à vontade, sinônimo de sucesso, vitória, alegria sem fim; comemoração, refeição lauta e festiva; festim, repasto. Lugar proibido aos pobres.

“Banquete”,

Pouco importa o que se passa lá fora, cá fora dos banquetes, nas escadas, debaixo das marquises, nos bancos dos jardins de noite e de dia. Que importa aos abastados e endinheirados o que se lá fora ou cá fora, se chove o se faz sol. Que nteressa aos ricos, se no seu recinto fechado, alcochoado, tudo vai bem?

Levantando, ainda, o brio, a vergonha, a dignidade de Lázaro, o pobre, o mendigo, em seu poema, Dom Hélder apela:

... e não te deixes enxotar

Valoriza-te, sabe tu quem és. Dignifica-te como homem, como cidadão. O mundo é grande e cabe a todos nós. Somos meros detentores das coisas que possuímos. Passageiros que somos por aqui, por que essa cruel divisão entre pobres e ricos!

Irrompe banquete adentro, Lázaro.

Testa, provoca esses senhores donos do mundo. Deixa que eles sintam, aspirem teu cheiro, tuas feridas, tuas náuseas. Ah! essa gente de nariz entupido!

Até quando, até quando, senhores do dinheiro, compreenderão a realidade?

Sintam, ricos de linho e de púrpura, o grave erro que estão cometendo no desprezo que continuam dando à pobreza, aos excluídos do sistema. Por que tanto dinheiro nas mãos de tão poucos? E grande maioria sem teto, sem vez, sem voz?

Parem, reflitam, partilhem, com o fez Zaqueu, o publicano.

A propósito do APELO A LÁZARO, acrescentamos nós:

Irrompe, também, Lázaro, os banquetes do Congresso, das Câmaras de Deputados, de Vereadores; de Tribunais e de inúmeras outras instituições públicas e mostra teu rosto, tuas chagas – a face de Cristo – e lhes interrompa a corrupção reinante entre seus maus participantes.

Dize-lhes: respeita o dinheiro do povo, prioriza o bem comum!

Só assim, compreenderão e crerão no Filho do Homem que nos ensinou que só haverá um banquete, banquete do amor a ser participado por todo o mundo, sem exceção.

Não é justo, não é legal esperar que só no outro mundo, com Abraão, encontrem os Lázaros da vida que aconteça a utopia.

A realidade nos convida à participação do banquete, hoje, aqui, agora!

. Apelo a Lázaro.

Irrompe banquete adentro!


Saquaíra, 29.01.2010.

sexta-feira, 12 de março de 2010

4º Domingo da Quaresma

DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE SÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano C – Lucas

14 de março de 2010

. Edvaldo Santiago

CICLO DA PÁSCOA

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja

• 4º Domingo da Quaresma

Oração do Dia

Espírito de conversão, dá-me a graça de superar meu modo mesquinho de pensar, o qual me impede de estar em sintonia com o Pai. (Paulinas).

Leituras litúrgicas

1ª Leitura Josué 5, 9a – 11 12

9 O Senhor disse a Josué: Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito.
10. Os israelitas acamparam em Gálgala, e celebraram a Páscoa no décimo quarto dia do mês, pela tarde, na planície de Jericó.
11. No dia seguinte à Páscoa comeram os produtos da região, pães sem fermento e trigo tostado.
12. E o maná cessou (de cair) no dia seguinte àquele em que comeram os produtos da terra. Os israelitas não tiveram mais o maná. Naquele ano alimentaram-se da colheita da terra de Canaã.

Salmo 33, 1 – 4

. De Davi. Quando simulou alienação na presença de Abimelec e, despedido por ele, partiu.
2. Bendirei continuamente ao Senhor, seu louvor não deixará meus lábios.
3. Glorie-se a minha alma no Senhor; ouçam-me os humildes, e se alegrem.
4. Glorificai comigo ao Senhor, juntos exaltemos o seu nome.

2ª Leitura – 2 Coríntios 5, 17 – 21

17. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!

18. Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação.
19. Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.
20. Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!
21. Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.

O filho pródigo e o Pai Misericordioso

Evangelho – Lucas 15, 1 – 3. - 32

1. Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
2. Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida!
3. Então lhes propôs a seguinte parábola:
11. Disse também: Um homem tinha dois filhos.
12. O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres.
13. Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente.
14. Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria.
15. Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.
16. Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
17. Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância... e eu, aqui, estou a morrer de fome!
18. Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti;
19. já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados.
20. Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21. O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22. Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.
23. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. 24. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa.
25. O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26. Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia.
27. Ele lhe explicou: Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo.
28. Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele.
29. Ele, então, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos.
30. E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo!
31. Explicou-lhe o pai: Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
32. Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.

Comentário do Evangelho

Pai, pequei contra o céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho.

Reconciliação: maturidade dos filhos de Deus. Eis o caminho certos para se chegar ao Reino de Deus

Neste 4º Domingo da Quaresma, a liturgia destaca o Evangelho de Lucas, como centro das suas narrações a parábola de “o filho pródigo e o Pai misericordioso”.

Na primeira leitura, vê-se Josué narra as dificuldades do povo de Israel com a saía do Egito, o significado de circuncisão e o caminha à terra prometida. Já não mais o maná o deserto, mas o alimento espiritual que leva à maturidade.

Na segunda leitura, São Paulo, em carta aos coríntios, questiona a atitude dos pastores e fiéis a reconciliação de Deus com os homens e destes entre si.

No seu evangelho Lucas narra, inicialmente, a perseguição dos fariseus e escribas a Jesus. Tendo-se aproximado de Jesus publicanos e pecadores para ouvir o Mestre, murmuram entre si os fariseus e escribas, censurando Jesus por misturar-se com gente de ma fama. Ele come e bebe com esse povo.

Percebendo, o Filho de Deus contou a parábola de “o filho pródigo” ou “o Pai misericordioso”.

O pai que tinha dois filhos. O mais jovem pediu a sua “herança”, foi embora, esbanjou tudo o que recebeu e passou fome. Arrependeu-se, voltou e foi recebido pelo pai com todo amor a ponto de causar ciúme ao irmão mais velho. Velho.

História, aparentemente, simples, todavia de significado profundo moral e espiritual. Exaltando-se a misericórdia do Pai, Pai que está nos céus.

Em síneses, vejamos:

Primeiro não se herda de pais vivos. A evolução dos tempos nos leva a entender que o irmão mais novo, em vez de dinheiro ou bens, pediu ao pai sua liberdade, seu direito à vida, sua autonomia. Queria ele viver às suas custas, correr riscos, aventurar-se. E assim, o fez: abandonou sua casa, saiu pelo mundo afora...

Segundo a parábola, andou, viajou e se deu mal, perdendo tudo o que havia levado. Passou fome, a tal ponto, que se viu comendo a comida dos porcos e com os porcos.

Vem-nos, agora, o momento que devemos ler e ouvir constantemente. As razões do arrependimento e da conversão.

Na miséria, morto de fome, triste, caiu em si, caiu na real e lembrou-se do pai, da casa do pai, aonde nada lhe faltava. Comida, bebida, novas roupas, escravos, tudo, tinha ele . Psicologicamente, acordou, entrou em si-mesmo.Renasceu!

Vou voltar para a casa de meu pai. Nada a exigir dele, quero ser mero empregado seu.

Sem pensar duas vezes, de volta à casa do Pai!

PAI MISERICORDIOSO! Sem jamais esque o filho pródigo o pai avistou o filho, de longe, e correu ao seu encontro a abraçá-lo com todo o amor que tinha por ele, seu filho. . Alegria profunda do reencontro; filho e pai. Uma festa, roupa nova, anéis do dedo, riso por todo o lado. O filho perdido voltou. Vida nova, recomeçar tudo sob as graças de Deus.

A inveja. Quando tudo eram flores e alegria, eis o filho mais velho e o ciúme doentio que perturba a alma. Queixa-se ele que, morando a vida inteira com o pai, nada havia recebido dele, mu to menos festas.

E os conselhos do pai sobre fraternidade, reconciliação, amor, amor, amor.

Quaresma, penitência, conversão, perdão, Vamos bem refletir esta parábola. Uma verdadeira lição de amor.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

• Bom domingo para todos.

Wanda e Tatai

14.03.2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

3º Domingo da Quaresma


DIOCESE DE ILHÉUS – PARÓQUIA DE ÃO ROQUE

IPIAÚ - BAHIA

Ano C – Lucas

07 de março de 2010

Edvaldo Santiago

CICLO DA PÁSCOA

ANO SACERDOTAL

• Dia da Igreja

• 3º Domingo da Quaresma

Oração do Dia

Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti. (Paulinas).

• A quaresma é o período de 40 dias que antecedem a Páscoa. É época de reflexão profunda em torno da vida, de peregrinação a caminho do Infinito.

Leituras litúrgicas

1ª Leitura - Êxodo 3, 1 - 8a. 13 - 18.

1. Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb.
2. O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia.
3. “Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome.”
4. Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!” “Eis-me aqui!” respondeu ele.
5. E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa.
6. Eu sou, ajuntou ele, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus.
7. O Senhor disse: “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos.
8. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel.
13. Moisés disse a Deus: “Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?”
14. Deus respondeu a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU”. E ajuntou: “Eis como responderás aos israelitas: (Aquele que se chama) EU SOU envia-me junto de vós.”
15. Deus disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos israelitas: É JAVÉ, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, quem me envia junto de vós. Este é o meu nome para sempre, e é assim que me chamarão de geração em geração”.
16. “Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: o Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó apareceu-me. E disse-me: eu vos visitei, e vi o que se vos faz no Egito,
17. e disse: tirar-vos-ei do Egito onde sois oprimidos, para fazer-vos subir para a terra dos cananeus, dos hiteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, terra que mana leite e mel.
18. Eles ouvirão a tua voz. Irás então com os anciãos de Israel à presença do rei do Egito e lhe direis: o Senhor, o Deus dos hebreus, nos apareceu. Deixa-nos, pois, ir para o deserto, a três dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.

Salmo 102, 1 - 6

1. Salmo de Davi. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome.
2. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios.
3. É ele que perdoa as tuas faltas, e sara as tuas enfermidades.
4. É ele que salva tua vida da morte, e te coroa de bondade e de misericórdia.
5. É ele que cumula de benefícios a tua vida, e renova a tua juventude como a da águia.
6. O Senhor faz justiça, dá o direito aos oprimidos.

1ª Leitura - 1Coríntios 10,1 – 6. 10 - 12

1. (Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar;
2. todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar;
3. todos comeram do mesmo alimento espiritual;
4. todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo).
5. Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, pois seus cadáveres cobriram o deserto.
6. Estas coisas aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles as cobiçaram.
10. Nem murmureis, como murmuraram alguns deles, e foram mortos pelo exterminador.
11. Todas estas desgraças lhes aconteceram para nosso exemplo; foram escritas para advertência nossa, para nós que tocamos o final dos tempos.
12. Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia.

EVANGELHO – Lucas 13, 1 - 9

1. Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2. Jesus toma a palavra e lhes pergunta: Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3. Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4. Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5. Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
6. Disse-lhes também esta comparação: Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7. Disse ao viticultor: - Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?
8. Mas o viticultor respondeu: - Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9. Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás.

Jesus, o caminho da redenção

Comentário do Evangelho

Se não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo.

• 3º Domingo da Quaresma. As celebrações eucarísticas continuam a nos levae à penitência à oração. Precisamos orar, vigiar-nos incessantemente, pedindo a Deus paz, justiça, solidariedade, amor entre os homens.

Arrependimento e conversão nos levam ao caminho da paz.

Neste evangelho de Lucas, Jesus, no Seu ensino e pregações, é motivado pelos acontecimentos que se passa a Sua volta. No caso, os assassinatos de Pilatos, a queda da torre de Siloé, matando dezoito homens e a figueira que não deu frutos.

Na ótica dos judeus, todos esses acontecimentos eram considerados castigo de Deus. Enquanto isso, Jesus lhes ensinava que culpa nenhuma tinha nem tem Deus das faltas, dos erros dos homens.

E, insistentemente, pregava Jesus o arrependimento e a conversão. Somos nós e não Deus os responsáveis pelos nossos atos, Deus nos deu a vida e não a morte.

No êxodo (1ª leitura) Moisés, ao chamado de Deus,respondeu: eis aqui” e, de Deus Pai ouviu Seu chamado. No lugar sagrado, onde uma sarça ardia e não se consumia, Deus disse a Moisés: Sou eu o Deus de Abraão, de Isaac. De Jacó. No Egito, meu povo se vê em aflição. É preciso fazê-lo fugir do Egito.

Moisés, de surpresa e sem saber o que fazer, indagou o que diria se lhe fosse perguntado quem o enviou.]
E lhe foi respondido, com autoridade a expressão integral do v. 14:

“Deus respondeu a Moisés:
“EU SOU AQUELE QUE SOU”.
E ajuntou: “Eis como responderás aos israelitas:
(Aquele que se chama) “EU SOU envia-me junto de vós.”

E ordenou Deus a Moisés que, anunciasse a toda Israel o Seu projeto de salvar o povo da opressão dos egípcios e os trouxesse de volta à terra que lhes prometera; a terra onde corre leite e mel – aTerra Prometida.

E, num propósito de salvar e proteger os oprimidos, o mesmo propósito de Jesus, para o Egito andou Moisés e foi daí, sua caminhada, pelo deserto, durante quarenta anos. - o êxodo.

Na carta aos coríntios (2ª leitura), Paulo confirma a atuação de Moisés da história, dizendo que todos os nossos antepassados viveram essa mesma história. Viveram, sofreram e os que escolheram maus caminhos, padeceram por isso.

Estamos no deserto, onde podemos refletir esse momento de incerteza, de violência, injustiça social, daí, escolher caminhos certos em direção ao Reino de Deus.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

• Bom Domingo para todos.

Wanda e Tatai

07.03.2010.