segunda-feira, 30 de abril de 2012

Escolhas e Caminhos

Escolhas e Caminhos




Caminhos e Escolhas. Termos por demais conhecidos e aconselhados durante uma vida inteira. Isso desde os velhos tempos ate hoje, principalmente em família. Pais e filhos e a grande preocupação com a vida do familiares, seu futuro, seu amanhã.

Se não bastassem as famílias, os livros, a Igreja, as escolas, sempre a orientar os mais jovens a fazerem escolhas certas, e criar caminhos novos em direção ao bem comum, o bom senso já seria um bom sinal do certo e do errado.

Todavia, a realidade em que vivemos é bem diferente, estranha, e até mesmo cruel. A violência campeia solta, irresponsável, destruindo a paz que tanto desejamos, aqui, ali, acolá. Os males se multiplicam, desafiando a vida de todo o mundo. O certo e o errado já se confundem, quando os mais espertos criam normas, inventam costumes e levam a maioria, a começar pelos mais jovens a enveredar pela desordem, pelo desamor à vida, pelo desprezo ao sagrado que se cultuou por muito tempo, de geração em geração: respeito aos mais velhos, costume sadio da partilha, da acolhida, ajuda aos menos favorecidos, reuniões de família e as conversas, os conselhos, a união da parentela.

O que mais no admira é que, em pleno era da ciência e da tecnologia, a coisa tornou-se pior. Surgiram as drogas e sua funesta consequencência, os ricos ficaram mais ricos e a corrupção tornou-se lugar comum, a começar pelos poderes públicos. Perdeu-se o amor à vida, matam e morrem por um celular ou uma bicicleta. As próprias famílias se destroem, filhos matando pais, pais matando filhos, em nome do nada, do absurdo, da ausência do amor a Deus e ao próximo.

É necessário, urge, precisamos retornar aos bons tempos, sem, jamais, desprezarmos tudo o que a ciência nos trouxeram. Delas e com elas temos melhores condições de fazer escolhas e criar caminhos. Escolhas e caminhos que só nós mesmos, nós próprios é que podemos e devemos fazer.

Caminhos, disse o poeta espanhol Antônio Machado, não existem. “Caminhos nós é que o fazemos ao caminhar”. Na vida, cada um de nos faz o seu caminhos e se não o fazemos certo, o problema é nosso, pessoal. E sempre procuramos um bode expiatório, para as nossas más escolhas, para os maus caminhos que trilhamos. Há sempre um culpado, um responsável pelo fracasso: os pais, os professores, os responsáveis pela nossa criação.

Escolhas e caminhos continuam a ser trilhados e os empecilhos, os espinhos permanecem entre eles, sob mil disfarces, como, fora da violência física, a usura, o sucesso a qualquer preço, a inveja, o egoísmo, e nefasta “lei da vantagem em tudo”.

A propósito, sobre caminhos, o rabino, Nilton Bonder em seu profundo e paradoxal livro, “Alma Imoral”, nos conta a seguinte história.

Certo dia um homem andava e, quando menos esperava, deparou-se numa encruzilhada, onde se delineavam duas estradas. E um menino estava, ali, como uma espécie de guarda. Então virando-se para o menino, perguntou-lhe qual o caminho que deveria seguir. Calmamente, disse-lhe o menino. Ali estão dois caminhos. Chamam-se: um de caminho curto e longo, outro de caminho longo e curto. E concluiu: cabe ao senhor, escolher dos dois caminhos qual deverá seguir.

Sem pensar duas vezes o homem entrou pelo curto e longo. Passado algum tempo, eis que volta o cavaleiro, irritado, triste e de cara feia, a queixar-se do garoto que lhe indicara os dois caminhos.

O caminho curto e longo é semelhante à porta larga do Evangelho. É, hoje, o caminho mais escolhido pela juventude. Mais fácil, sem compromisso, sem estatutos, nada de esforço, de lutas, longe das dificuldades naturais que temos de enfrentar. Sem interesse algum pela vida, vão levando. Um carro na mão, uma super-moto, escolhas, conselhos, caminhos pra quê?

Pouca gente quer entrar na vida pela porta estreita ou pelo caminho longo e curto. Daí, os males que nos afligem, em todos os cantos do mundo; os já citados crack, as drogas em geral, o desenfreado consumismo, o crédito fácil e arriscado.

O resultado da história do homem e do menino e dos dois caminhos continua. Até quando, só Deus o sabe!

Contudo, jamais devemos nos esquecer e tomarmos como lei, como imperativo de vida. As escolhas e os caminhos serão sempre nossas. De ordem pessoal e intransferíveis. É bom lembrar que Deus, ao nos tornar gente, nos dotou de inteligência, liberdade e vontade. Vejamos o que diz o Eclesiástico ou Sirácida, Livro sapiencial, dotado da Sabedoria divina, livro este excluído da Bíblia protestante, Cap. 15 vers.18:

A vida e a morte, o bem e o mal estão diante do homem; o que ele escolher, isso lhe será dado.

Neste texto estão, para o bom entendedor, implícitas as palavras em evidência patente, as palavras de Jesus:

“Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida,

ninguém vai ao Pai senão por mim”.(João 14, 6)

A escolha e o caminho estão a nossa frente, diante dos nossos olhos. Cabe-nos, a todo momento, discernir, usar da liberdade e da vontade de que somos dotados por Deus e decidir. A decisão é pessoal e intransferível.

Na realidade, estão diante de nós o estudo, o trabalho, a honestidade, a humildade, a partilha, a solidariedade, o bem servir, tudo o que nos nos faz crescer como ser humano, como cidadão, como irmãos ligados uns aos outros, com a mesma dignidade.

Em contraposião, diante de nós estão também as drogas, a mentira, a corrupção, a auto-suficiência, o orgulho, a vaidade, a usura, o consumismo, a preguiça.

Ninguem pode desconhecer esta realidade. Os meios de comunicação o dia inteiro dão–nos notícias do que acontece com tais escolhas e caminhos. A cultura da morte e da violência dão ibope, todos sofremos as consequências.

Vamos vigiar e orar, vamos refletir sobre a vida e dar-lhe o verdadeiro sentido que é o amor a Deus e ao próximo. A verdadeira felilcidade está dentro de cada um de nós. Nada que nos venha de fora pode nos tornar felizes.

Então, cheios da vontade de Deus, plenos do Espírito, comecemos já, a fazer a vida entrando pela porta estreita e criando caminhos longos e curtos, e o resultado, com certeza será a felicidade.

Escolhas e Caminhos...

Wanda e Tatai

16.04.2012.

Ao leitor amigo e irmão, se souber cantar cante, se não souber leia e reflita a canção do Padre Zezinho:

Alô meu Deus.


Alô meu Deus,

fazia tanto tempo

que eu não mais te procurava.


Alô meu Deus,

senti saudades tuas

e acabei voltando aqui.

Andei por mil caminhos

e, como as andorinhas,

eu vim fazer meu ninho

em tua casa e repousar.

Embora eu me afastasse

e andasse desligado,

meu coração cansado,

resolveu voltar.


Eu não me acostumei,

nas terras onde andei.

Eu não me acostumei,

nas terras onde andei..

 
Alô meu Deus,

fazia tanto tempo

que eu não mais te procurava.


Alô meu Deus,

senti saudades tuas

e acabei voltando aqui.

Gastei a minha herança,

comprando só matéria,

restou-me a esperança

de outra vez te encontrar.

Voltei arrependido,

meu coração ferido

e volto convencido,

que este é o meu lugar.

domingo, 22 de abril de 2012

“Hoje se cumpriu este oráculo

“Hoje se cumpriu este oráculo

que acabais de ouvir”

Lucas 4, 1 – 24

O texto que comentamos é por demais profundo, misterioso, sagrado. A magnitude do Mestre, que se apresenta como o Messias.

É o cumprimento de uma profecia, o anúncio, da Boa Notícia sete séculos depois de Cristo.

Para melhor compreensão e profundidade do texto, dividiremos o texto em três partes distintas e significativas: Nascimento, Batismo, Messianismo.

I, Nascimento

No ano 7 a.C., nasceu em Belém da Judéia, Jesus Cristo, Filho de Maria e Jose, o carpinteiro. Com o anúncio de Anjo Gabriel, sob a ação do Espírito Santo, nasceu o Filho do Altíssimo, Emanuel, Deus conosco. Era Jesus galileu.


Nascimento do Menino Jesus.

esus era judeu, nascido de uma judia, mulher santa e escolhida. Na estalagem, em Belém, onde foram recensear-se, não havia lugar para José e Maria, prestes a a dar à luz o Menino Jesus, Este nasceu numa manjedoura, tendo como palco a natureza, pastores e animais domésticos. Assim nasceu o Filho de Deus.

Desde os tempos imemoriais, civilizações e mais civilizações aguardam um Messias, uma espécie de rei poderoso, que viesse trazer paz, ordem e jus atiça ao mundo.

O anúncio do profeta era a “vinda de um Messias de natureza espiritual, que nasceria de uma virgem, sofreria terríveis dores e uma morte cruel, para salvar a Humanidade”.

Realizou-se, assim, o anúncio do Anjo Gabriel a Maria. Eis que nasceu Jesus, o Filho do Altíssimo, Deus conosco, Emanuel. O Messias!

Com o decreto de Herodes - matar todas as crianças de até dois anos de idade -, começa a perseguição a Jesus, Filho do carpinteiro e de Maria.

Desde então, começam José e Maria a viverem uma vida inteira dedicada ao Menino. Mal sabiam os dois a imensa responsabilidade que carregavam e do valor que tinham ambos para Deus. O Deus invisível deu a Maria e a José a sagrada incumbência de educar, de proteger, de zelar pelo Seu Filho, Deus visível. José e Maria viam Jesus crescer e ela pensava de si para consigo:

E o Menino crescia em graça e sabedoria.

Aos doze anos discute com os doutores no Templo,

deixando-os assombrados, perguntando a si mesmos:

de onde vem tanta sabedoria desse Menino?

Jesus crescia e vivia na comunidade, como um cidadão normal. Trabalhando com José na carpintaria e assistindo sempre sua mãe, Maria, ouvindo-a e lhe dando total atenção. Sabia Jesus, desde o Seu nascimento, por que razão o Pai O enviou à terra. Filho de Deus que é, jamais prevaleceu desta sagrada condição, para agir em qualquer lugar. Jesus aguardava a Sua hora.

Só mesmo nas Bodas de Cana,ao faltar vinho para os convidados, a pedido da Mãe Maria, foi a água transformada em vinho. Antes, porém, da realização do Seu primeiro milagre, lembremo-nos que Jesus lhe disse:

“Mulher, que tenho eu contigo?

Ainda não é chegada a minha hora”. (João 2, 4)

Todavia, a Mãe pediu e o milagre Filho foi realizado!

Alguns doutrinadores admitem que Jesus, dos doze ou dos dezoito anos conviveu com comunidades especiais, inclusive com os essênios, estudando com eles. A maioria, porém, crê e afirma que o Filho de Deus viveu em família, com seus pais adotivos, sendo educado por Maria, Sua mãe e aprendendo a profissão de José, carpinteiro. Do Nascimento até os trinta nos viveu o Jesus cristo com José e Maria.

A vida do Mestre, do nascimento à ressurreição e à ascensão aos céus é conhecida pela narração dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e Jô\o e outros evangelhos considerados apócrifos pela Igreja. em detalhes nos Evangelhos de Lucas e de Mateus.

Completou Jesus 30 anos de idade. Eis chegado o tempo!

II. Batismo de Jesus

Para maior compreensão dos desígnios de Deus, antes do inicio deste trecho ´é necessário conhecer o Prólogo do evangelista João, escrito nos anos noventa a cem anos da Era Cristã.

Trata-se do Prólogo de João, que trata, especificamente da preexistência de Jesus Cristo.

No princípio era o Verbo,

e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

“Ele estava no princípio com Deus.

Todas as coisas foram feitas por intermédio dele,

e sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1, 1-3).



Batismo de Jesus e o Espírito Santo

Época em que Jesus Cristo começou Sua vida pública. Herodes. O Grande, Pôncio Pilatos governador da Judéia, Anás e Caifás sumos sacerdotes, os verdadeiros algozes de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Veio, então, a Palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto”. João Batista, o precursor de Jesus, em pleno deserto a clamar, anunciando:

Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.

João é a voz que clama no deserto e, por toda a região, prega o batismo do arrependimento e da conversão.

Ao lhe perguntarem como deveriam proceder, respondia ele: que fossem justos, solidários, honestos. Publicanos, soldados, judeus ouviram do precursor essa lição de amor e de justiça.

A todos os que o inquiriam se ele era o Cristo, ele respondia que, enquanto ele batizava com água, o Cristo, que há de vir, batizava no Espírito Santo.

Quando no Rio Jordão, João Batista batizava, avistou e chamou Jesus a fim de batizá-lO, como fazia a outros. Jesus aproximou-Se e foi batizado em água. No momento exato em estava sendo batizado, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz:

“Tu és o meu Filho amado; em ti me comprazo”.

Logo após o Batismo, cheio do Espírito, Jesus foi levado ao deserto e lá foi tentado, pelo diabo, após quarenta dias sem comer. Tentado por três vezes.

Jesus foi tentado a transformar pedras em pães, prostrado, adorar o demônio e, por fim, ordenou Jesus a atirar-Se do alto do Templo, com promessas de poder e de autoridade.

Após as frustradas tentações contra Jesus, o diabo foi embora. Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou para a Galiléia, tendo sido a Sua fama se espalhado por toda a região. Ensinou por toda parte e era o Filho de Deus sempre louvado.
Na sinagoga de Nazaré

Jesus anuncia a Si mesmo como o Cristo!

III. Messianismo

Jesus, Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus, dá-se a conhecer como o Messias!

Cumpriram-se as Escrituras Sagradas. O Messias, há tanto tempo anunciado e esperado, chegou. Chegou na Pessoa de Jesus Cristo, que está, por Deus, dentro de cada um de nós e conosco ficará ate o final dos tempos.

Vivendo com seus pais adotivos Maria e José, até os trinta anos de idade, chegou a hora de exercer o Seu Ministério: anunciar ao mundo o Novo Reino! Trazer e pregar a Boa Nova: a Paz, a Justiça, o Amor.

Batizado por João Batista, desceu do céu o Espírito de Deus e regozijou-Se n’Ele.

Tentado por três vezes, no deserto, derrotou o demônio e partiu para Sua missão; viver e ensinar a viver, como quer Deus Todo Poderoso.

Assim, voltou Jesus do deserto, pregando e fazendo milagres nos lugares por onde passava, até chegar a Nazaré, onde se havia criado.

Entrou, então, na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.

Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu Jesus a passagem onde está escrito (61,1s.):

“O Espírito do Senhor está sobre mim,

porque me ungiu; e enviou-me

para anunciar a boa nova aos pobres,

para sarar os contritos de coração,

para anunciar aos cativos a redenção,

aos cegos a restauração da vista,

para pôr em liberdade os cativos,

para publicar o ano da graça do Senhor”.

E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.

Ele começou a dizer-lhes:

“Hoje se cumpriu este oráculo

que vós acabais de ouvir!”

De modo simples e natural, anunciou JESUS ser Ele mesmo, o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo, Redentor do Universo!

Eu Sou!



Wanda e Tatai



14.11.2010.22.04.2012





Hoje se cumpriu este oráculo

terça-feira, 17 de abril de 2012

FORMADOS EM DIREITO – FTC – 2011.2

FORMADOS EM DIREITO – FTC – 2011.2




Aos Drs. Nildes e José

Bacharéis em Direito pela FTC 2011.2 nossos parabéns e votos para que sigam o caminho da Justiça e da Liberdade.

Como irmãos sempre seguiram o caminho da responsabilidade da seriedade dos estudos e da fraternidade mútua.
Que Deus os ilumine sempre.

Aos pais José Luiz e Cristina nossa admiração e carinho pelo apoio constante aos recém-formados.

Deram eles um exemplo de como se educa filhos em acompanhando todos os seus passos durante todo seu período de estudos.

A todos, pais e filhos renovamos nossos cumprimentos pela grande festa de Amor.


Wanda, Tatai e família

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Celebração Eucarística

Primeira Celebração da Eucaristia e
Instituição do Sacerdócio

• A Missa, a Celebração Eucarística, foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, na ocasião da Páscoa dos judeus, sendo Ele mesmo o Celebrante, o primeiro Sacerdote.

Ceia do Senhor

Trata-se da Ceia do Senhor de um modo distinto em cinco passagens do N.T. : nas três narrativas dos Evangelhos, quando se referem à sua instituição - em 1 Co 10 - e em 1 Co 11. os nomes pelos quais é conhecida esta ordenação no N.T. são: o ‘partir do pão’ (At 2.42), e a ‘ceia do Senhor’ (1 Co 11.20).

Esta cerimônia foi instituída na véspera da morte de Jesus Cristo, e na presença dos Seus discípulos mais intimamente a Ele ligados.

Há uma estreita conexão entre a ceia do Senhor e a morte de Cristo. Duma maneira solene e enfática Ele afirmou que era o pão do céu para vida do mundo - e que era absolutamente necessário que cada um comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue para receber e conservar a vida eterna.

E assim, Ele ensinou a absoluta necessidade de participar da Sua morte para a posse da vida eterna. Em vista da clara referência feita à Sua morte, vê-se logo a relação entre aquelas Suas palavras e a ceia do Senhor instituída na véspera da Sua paixão.

Vamos, agora, examinar nos seus pormenores a linguagem de Cristo na instituição da ceia. A instituição foi imediatamente depois da refeição da Páscoa.

Tomou Jesus primeiramente o pão, e depois o cálice, bendizendo a Deus por um, e dando graças pelo outro. Com efeito, dirige a Deus louvores e dá-lhe graças. E no ato de partir o pão, disse Jesus:

‘Tomai, comei - isto é o meu corpo’, e quando tomou o cálice exprime-se deste modo: ‘isto é meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26.26,28).

‘Em memória de mim’ (Lc 22.19) que dizer ‘para recordação’, sendo a lembrança do fato o fim primário e fundamental da instituição. E ‘fazei isto’ significa ‘praticai este ato’. Deve haver um determinado exame e discernimento - isto quer dizer que cada um deve discernir espiritualmente o fim sagrado e os desígnios do ato.

’ Recordamos o Salvador e o Seu sacrifício para o nosso bem. Mas o pão deve ser comido e o vinho deve ser bebido. isto quer dizer que não se trata simplesmente de uma lembrança, mas de uma aplicação a cada crente. Devemos, em nossos corações, ‘alimentar-nos dele por fé’, praticando o ato não em segredo e isoladamente, mas em companhia de outros, em comunhão com todos, em comunidade.(Fragmentos – Pe. Luizinho da Canção Nova - Internet).

O evangelista Lucas, que não conviveu com Jesus, narra o momento divino em que foram instituídos o Sacerdócio e a Eucaristia.

Vejamos o capítulo 22:
.9 Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos?
10 Respondeu-lhes: Quando entrardes na cidade, sair-vos-á ao encontro um homem, levando um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar.
11 E direis ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
12 Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos.
13 Foram, pois, e acharam tudo como lhes dissera e prepararam a páscoa.
14 E, chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos.
15 E disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes da minha paixão;
16 pois vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
17 Então havendo recebido um cálice, e tendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;
18 porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus.

, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.
20 Semelhantemente, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto em meu sangue, que é derramado por vós.
47 E estando ele ainda a falar, eis que surgiu uma multidão; e aquele que se chamava Judas, um dos doze, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.
A Missa, a Celebração Eucarística, toda ela, consiste no Memorial, na Memória da Vida, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão de Jesus Cristo.
O ato da comunhão é pessoal e intransferível. Crer ou não crer na hóstia consagrada!. Ter fé ou não ter fé.
Eis por que motivo o Celebrante pronuncia, após a santificação do pão e do vinho. Já não mais pão e vinho, mas o Corpo e Sangue de Cristo.
Eis o mistério da fé!

Wanda e Tatai
04.04.2012