sábado, 29 de setembro de 2012

Formatura de Adma

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB


Ipiaú - Bahia

- LETRAS VERNÁCULAS -


Querida Professora Adma


Nossos sinceros parabéns pela brilhante vitória, início de muitas outras que virão na sua vida.

Como se expressou, em sua bela mensagem, dificuldades mil foram superadas, sinal sábio de que, ainda jovem, soube posicionar a inteligência e o esforço de cada dia, e chegar à meta desejada: ser Professora, profissão maior, verdadeiro sacerdócio.

Além do exemplo a sua geração, Você proporcionou a seus pais e irmão, Zinaldo, Arlene e Éder, a seus avós, uma alegria sem par. Sua família, seus amigos, seus colegas de Banco, todos nós que os conhecemos só temos de participar desta festa de amor e de conhecimento. Com Deus, estamos cantando, juntos, cantigas de amor e de paz, sobretudo admirando sua luta, sua dedicação, sua aspiração, o uso correto dos seus talentos.

Menina Professora, Você, com sua vitória, apontou a outros, jovens e adultos, caminhos certos, consoante à Sabedoria de Deus e a sabedoria dos livros. Junção importante e necessária para quem almeja ser feliz e estar em paz consigo mesma, com o outro, com a natureza e com o Pai Nosso.

Parabéns, jovem Professora, Adma.

Feliz colação de grau, diploma debaixo do braço, coração ao Alto e fique com Deus!
Com muito amor,


Wanda, Tatai, Maria Amélia e Família



Ipiaú (Ba), 28.09.2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Redenção do homem

Redenção do homem


- A Salvação vem de Deus –

- Palavras iniciais: Este texto foi escrito em 01.08.1984, destinado a “auto-avaliação” - março a julho - do “Curso de Igreja”. Tema básico para Estudo e Meditação.

I.O que nos dizem os apóstolos em Atos 4, 1-16:

“1 Enquanto eles estavam falando ao povo, sobrevieram-lhes os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus,

2 doendo-se muito de que eles ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos,

3 deitaram mão neles, e os encerraram na prisão até o dia seguinte; pois era já tarde.

4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil.

5 No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos, os escribas,

6 e Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, João, Alexandre, e todos quantos eram da linhagem do sumo sacerdote.

7 E, pondo-os no meio deles, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes vós isto?

8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e vós, anciãos,

9 se nós hoje somos inquiridos acerca do benefício feito a um enfermo, e do modo como foi curado,

10 seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós.

11 Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular.

12 E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.

13 Então eles, vendo a intrepidez de Pedro e João, e tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e reconheciam que haviam estado com Jesus.

14 E vendo em pé com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário.

15 Todavia, mandando-os sair do sinédrio , conferenciaram entre si,

16 dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar”.

“Vivemos num mundo cheio de miséria e ignorância. O dever evidente de cada um de nós é tentar tornar o pequeno canto em que vive em algo um pouco menos miserável e menos atrasado do antes de sua chegada”.

(Aldous Huxley)

II. Contribuição da Filosofia e da Psicologia Transpessoal

Termos básicos:

- Auto = próprio, dentro, por si mesmo - Autoconhecimento, auto-realização, autolibertação, auto-redenção.

- Alo = Exterior, de fora, de outro – Aloconhecimento, alo-realização, alopatia, alolibertação, alo-redenção.

- Eu = Divino, Deus, Divindade Universal, Absoluto, Pai, Jesus Cristo em mim, Espírito Santo, Razão, Intuição, Cristo, Logos, Amor (com letras maiúsculas).

- Ego = Egoísmo, Intelecto, Serpente, Ciência, Lúcifer.

Egolatria (narcisismo) = fazer de si mesmo ídolo, idolatrar-se. Egocídio: matar o ego. Isto é, morte voluntária, morte metafísica.

- Resistência = Energia liberada contra alguém ou contra alguma coisa.

- Adesão = Laço emocional entre minha pessoa e alguém ou alguma coisa.

- Desligamento = Libertar-se de alguém ou de algo. Libertar-se, ser livre, ter autonomia, pensar e agir por si mesmo.

- Cósmico = relativo a Cosmo, Universo. Universal, cristico. Cristo cósmico, o mesmo que Cristo Externo, univérsico, transcendente. Posição diferente do Cristo em cada um de nós, imanente, dentro do homem.

III. O Homem = O ser humano. A pessoa humana. Segundo os Terapeutas da Alexandria, os seres humanos são constituídos de corpo, alma e espírito.

Na Carta de São Paulo aos 1 Tessalonicenses 5, 23, lemos:

“E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

IV. Características do homem:

- Singularidade, mesmidade, peculiaridade.. Solidariedade. Solitariedade Solidão (querida e compulsiva).

- Cada homem é um ser novo no mundo, chamado a realizar a sua peculiaridade, a sua singularidade. O homem não se repete. É único, original. Só o Eu interno. Uma só consciência.

- “Nós podemos ter filhos. Tendo-os, reproduzimo-los na ESPÉCIE (humana). Todavia, não podemos reproduzi-los na INDIVIDUALIDADE. Cada um filho é um ser humano original, novo na sua individualidade. Não podemos nos repetir nos nossos filhos”.

- Solidariedade = Relação, relacionamento, comunidade, vida em comum.

- Tomando consciência de sua singularidade, do seu “eu”, no ser humano existem duas necessidades vitais:

a) Ser ele mesmo = Eu - sua interioridade plena, sua consciência, sua individualidade (único).

b) Ser para o outro (outra pessoa), ser para a Natureza, ser para Deus = Tu.

b) O ser Eu para si mesmo deixa de existir e não cumpre sua missão no mundo. Com a existência do outro, o tu, já não sou sozinho, somos; já não estou sozinho, estamos = Nós.

V. O Caminho da Redenção

• Só é possível pelo Cristo Interno em cada um de nós.

Em Gálatas 2, 20, São Paulo diz:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora [vivo ] na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”.

• Onde dois ou mais estiverem, eu aí estarei.

• “Pois onde se acham [dois] ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18, 20).

• O Reino de Deus está dentro de vós.

Lucas 17, 20 - 21: “Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterio;

nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Pois o reino de Deus está dentro de vós”.

- O pequeno ego (intelecto) deve integrar-se no grande Eu (Deus, o Pai). Inteligência versus Intuição.

VI. A integração do Eu com o ego

- Saibamos, antes:

• O ego é um objeto que o homem tem.

• O eu é o próprio sujeito que o homem é.

- Diagrama ilustrativo








Na primeira figura, o homem se identifica com o seu ego externo (egoísmo) sensorial-mental, sem enxergar a sua realidade interna (egoidade).

Na segunda figura, o homem se identifica com o seu Eu, que integrou em si o seu ego, não o egoísmo ilusório, mas a egoidade real. Na segunda figura persiste o ego em sua egoidade real, desapareceu o ego em seu egoísmo ilusório; não morreu a alma do ego, morreu apenas o seu corpo; a alma do ego é idêntica à realidade do Eu.

É indispensável que o homem faça, cada, anoitecer, o mundo ilusório do seu ego sensório-mental, para que possa amanhecer o mundo verdadeiro do seu Eu espiritual. A isso se chama cosmo-meditação.

- É indispensável que o homem faça, cada, anoitecer, o mundo ilusório do seu ego sensório-mental, para que possa amanhecer o mundo verdadeiro do seu Eu espiritual. A isso se chama cosmo-meditação.

“Quem perder a sua vida por amor do Cristo, ganhará sua vida”! (Mt 16, 14).

VII. Como se realiza a integração do ego no Eu:

- A integração se realiza pela

a - Experiência MÍSTICA com Deus. Verticalidade.

b -Vivência ÉTICA com os homens. Horizontalidade.

- A integração no Deus-Essência no Deus-Amor é realizada pela Experiência Mística que, no Evangelho, chama-se o Primeiro e maior de todos Mandamentos:

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças” (Mt 12, 30).

- A integração no Deus-Existência se faz pela Vivência Ética, que o Nazareno chama de Segundo Mandamento:

“E o Segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses” (Mt 12, 31).

- A natureza infra-humana está incluída nessa vivência ética, num algo (a natureza), também essencial, mas diferenciado da humanidade.

• Para cima: o amor para com Deus, o Pai.

• Para todos os lados: a fraternidade para com todos os homens.

• Para baixo: reverência e respeito pela natureza (Gaia, a Mãe Terra)

A Redenção total do homem se resume nesses três itens.

1º - “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças” (Mc 12, 30).

- Eis a Experiência Mística.

2º - “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12, 31).


- Eis a Vivência Ética.

- Para que alguém tenha experiência mística com Deus tem que criar em torno de si mesmo um ambiente propício. uma atmosfera em que possa brotar e medrar a condição dessa experiência: amor.

IX. Fatores básicos

• Fé - Antes de tudo, deve o homem sintonizar-se com a realidade do mundo invisível, sem que com ele tenha experiência direta. Consiste isso numa permanente atitude de humildade, de sinceridade, receptividade, no senso de vacuidade (vazio) do ego físico-mental, certo de que uma plenitude (cheio) de Deus lhe possa vir ao encontro.

“Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá” (Ap 22, 4).

“Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre desse teu mal” (Mc 5, 34).

• Vida - Fé vivida! A fé nunca passará a ser experiência direta com Deus, se ficar no terreno meramente intelectual ou teórico. É necessário que ela se encarne na vida total do homem. No dizer de Santo Agostinho: “fé que atue pelo amor”.

• Perseverança - No Evangelho de Lucas, Jesus diz:

"É pela vossa perseverança que mantereis vossas vidas" (Lc 21,19).

No Evangelho de Mateus a expressão é esta:

"Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 24, 13).

Já no discurso missionário Jesus fizera a mesma afirmação, ao predizer as perseguições e conflitos a que estarão sujeitos os Apóstolos;

“E sereis odiados de todos por causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10, 22).

Dizia um provérbio latino: "Quem começou já fez metade do caminho". Mas há o reverso da medalha: "Não é o que começa bem que merece o prêmio, mas o que termina bem". É a necessidade da perseverança.

No Evangelho de Lucas, Jesus diz:

"É pela vossa perseverança que mantereis vossas vidas" (Lc 21,19).

“Porque necessitais de [perseverança], para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa”. (Hebreus 4, 36).

• Oração - “A oração é algo tão grande que corremos o risco de rebuscar uma definição solene e surpreendente. O velho catecismo diz, com toda a simplicidade, que “orar é falar com Deus”. E, de fato, se uma pessoa põe-se a falar com Deus – com palavras ou sem palavras – movida pela fé, a humildade e a confiança, está fazendo oração. São João Damasceno diz que é “a elevação da alma a Deus”. Santa Teresa de Jesus explica que a oração é “Tratar de amizade com Deus, estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama”. Fiquemos, pois, com esta idéia: orar é falar com Deus; ou, se preferir, “um diálogo com Deus, um diálogo de confiança e de amor”, como ensina o Papa João Paulo II, com o fim de adorá-lO, dar-Lhe graças, implorar o perdão e pedir o que precisamos. Falar com Deus, que é o Criador e Senhor nosso, da mesma maneira que falamos com as pessoas que amamos.

- A oração é essencial para o ser humano”.

“Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6, 6).

“Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5, 44).


X. De onde virá o Redentor do homem

• De fora? Ritos, iniciações, dogmas, liturgias, cerimônias formais, leis...

• De dentro? Inteligência, estudo reflexivo, imaginação...

• Auto-redenção espiritual? Do Eu divino, do Cristo Interno, no Deus em nós, do Espírito que em nós faz morada.

“... no qual também vós juntamente sois edificados para [morada] de Deus no Espírito” (Efésios 2, 22).


- Conclusão:

- A redenção vem de dentro do próprio homem, mas não do homem-ego, que é o autor da escravidão e sim do homem-eu, do “Espírito de Deus que habita no homem” (São Paulo).

- Se o “grão de trigo” do homem-ego morrer, então a vida do homem-Eu “produzirá muito fruto”.

- Se o “grão de trigo” do homem-ego não morrer, então a vida do homem-Eu não - Se o “grão de trigo” do homem-ego morrer, então a vida do homem-Eu “produzirá muito fruto”.

- Se o “grão de trigo” do homem-ego morrer, então a vida do homem-Eu “produzirá muito fruto”. Morte metafísica, não morte física, biológica.

- Se o “grão de trigo” do homem-ego não morrer, então a vida do homem-Eu não “produzirá fruto”. Ficará estéril.

A auto-redenção não é ego-redenção. O que eu sou me redime (me salva) daquilo que eu tenho.

Êxodo 3, 13-14: Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem:

Qual é o seu nome? Que lhes direi?

Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais:

Assim dirás aos olhos de Israel:

EU SOU me enviou a vós.

- João 8, 58: “Respondeu-lhes Jesus:


Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou”.

Eu sou o Pai, Eu sou o Filho, Eu sou o Espírito Santo. Um só DEUS.
Eu Sou a Santíssima Trindade!

Despertar em si essa vida divina dormente, é isto REDENÇÃO, SALVAÇÃO, AUTO-REALIZAÇÃO, AUTOLIBERTAÇÃO do homem!

Wanda e Tatai

11.09.2012.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Reflexões sobre o Pai nosso


- A oração que Jesus nos ensinou –


A Bíblia foi falada e escrita em aramaico, hebraico, grego e latim. Jesus falava aramaico e a Sua Oração foi ensinada em aramaico.

Dois evangelistas narram esta oração. Lucas e Mateus. Lucas não conviveu com Jesus escreveu baseado nas informações de Maria. Era companheiro de Paulo, médico, de origem grega e de conhecimento literário. É o autor dos Atos dos Apóstolos e o Evangelho, que consta de 24 capítulos.

Mateus conviveu com Jesus e foi o publicano, cobrador de impostos, chamado Levi, que Jesus, vendo-o na mesa dos impostos, chamou, dizendo: Vem, segue-me.

O Pai nosso é a oração perfeita. Foi ensinada pelo Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. Não deve ser concluída pelo Amém. que significa Assim seja, como acontece com outras orações. Repita-se: a oração do Pai nosso é perfeita.

Huberto Rohden foi padre. É filósofo, teólogo e metafísico, nasceu em Tubarão, Santa Catarina.

Escreveu cerca de sessenta livros, abrangendo um mundo de idéias e de conhecimentos. Da arte, da ciência, da metafísica, sobretudo religião, numa fé profunda e admirável. É dele a interpretação do “Pai nosso” que estamos transmitindo. É linda e tem sentido. Ele compreende a oração como um requerimento, constante de sete pedidos, sete petições. Três delas dirigem-se ao céu e quatro se assentam aqui na terra.

As três petições vão diretas à Trindade Santa Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Ele a configura numa flor de sete pétalas. Quatro delas abertas na horizontal e três, no centro, dirigidas para o Alto. Ou uma cruz. A haste vertical contém as três primeiras e a haste horizontal, as quatro outras petições. Nesta oração, H. R, explica o que o Mestre quis dizer aos discípulos e a nós, hoje, como conversar, pedir, comunicar-se com o Pai, sempre, toda a vida. São elas o mistério das Três Pessoas distinta num Deus Único. Absoluto, Criador de todas as coisas. Aleluia!

O evangelho de Lucas contém, apenas, quatro petições. A exegese se aplica ao evangelho de Mateus, que viveu com Jesus e a direção de suas palavras era diretamente para os judeus.

Vamos dividir a oração em petições:

- Mateus 6.9-13

9 Portanto, orai vós deste modo:

Vocação – Pai nosso que estais nos céus,

Em aramaico, segundo Gregg Brader em “O Código de Deus”, menciona, em (o aramaico), a expressão que afirma assim: Pai nosso que estais nos céus e na terra. Pai universal que abrange o céu e a terra é Senhor de tudo o que existe.

1ª – Santificado seja o vosso nome;

A expressão Santo encontra-se na celebração eucarística nas oferendas, quando se canta: “Santo, Santo, Santo, seja o nome do Senhor”. Refere-se a Deus Pai. (Isaías),

2ª – venha a nós o vosso reino

Refere-se o segundo pedido a Jesus Cristo quando anuncia que o Reino de Deus está próximo. O Reino de Deus está dentro de cada um de nós. A segunda petição refere-se a Deus Filho. É para o Reino de Deus que se destina toda a nossa peregrinação aqui na terra. O Mestre é que com Seus exemplos de vida, como Homem, Filho do Homem, Verdadeiro Deus, verdadeiro Homem. Ele se nivelou a todos nós, com exceção do pecado.

3ª – seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;

A terceira petição dirige-se ao Espírito Santo, que é o traço de união entre o Pai e o Filho. Nós somos templo do Espírito Santo, somos a morada de morada de Deus. Todas as nossas ações são dirigidas e orientadas pelo Espírito. Desde inicio da criação do mundo Ele está presente. (Gênesis 1. 2). Interromper e invocar o Espírito Santo. Ele é brisa, fogo, nuvem, sopro, vento, sobretudo, vida.

Estas petições são dirigidas ao alto, parte da terra para céu.

4ª – o pão nosso de cada dia nos dai hoje;

Estamos na haste horizontal da cruz, estamos no chão, na terra, cuidando do corpo, cuidando da vida. Lembra do povo no deserto, na saída do Egito, quando Deus matou a fome dos Judeus lançando do céu o maná. O pão nosso de cada dia simboliza a confiança em Deus de que nos dará o pão todo o dia. Não se justifica guardar, esconder, mil coisas de comer, de beber e de vestir, para um tempo grande. Basta o pão de hoje, amanhã Deus nos dá outro. Tal comportamento de amealhar, ter muito hoje, com medo do amanhã, nos leva à usura, à ganância, ao cruel esquecimento de outros que tanto necessitam e nada têm. Uns com fome e outros com indigestão de tanto comer. Uns nus, outros com guarda-roupas cheios. Confiemos em Deus e nada nos faltará,

5ª – perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;

A compaixão, a misericórdia, o perdão, a piedade fazem parte dos dois maiores mandamentos de Deus, os quais fazem parte da nossa vida diária. Quando São Pedro perguntou a Jesus se deveríamos perdoar sete vezes, o Mestre acrescentou: Devemos perdoar setenta vezes sete e não sete vezes. Significa perdoar infinitamente, perdoar sempre. Todavia nos é imposta uma condição: Assim como a atitude de nós perdoarmos os outros, assim como Deus nos perdoa. Se eu não perdoar os outros. Se não perdoarmos quem nos ofendeu, perderemos a condição de ser perdoados.

6ª – e não nos deixeis cair em tentação;

Explicação rara e compreensível, também de H. R. Em tentação, ser tentados nós somos e a toda hora. O próprio Jesus, antes de começar Seu ministério foi tentado por três vezes e não caiu, não pecou. Continuou fiel ao Pai. O que nos indica a oração é, quando tentados, não cairmos, não pecarmos. Resistir à tentação da inveja, da mentira, da corrupção, da usura, da cobiça das coisas alheias. “Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito”.

7ª - livrai-nos do mal.

Como uma síntese da oração, o sétimo pedido e uma súplica ao Pai que nos afaste das coisas más, que nos livre das tentações do maligno, que seja, eternamente, a nossa proteção. O mal, também, simboliza certos desejos como o sucesso, a usura, a auto-suficiência, o poder, seja ele político, social ou econômico. A mafaldada corrupção. O terrível egoísmo que nos faz esquecer de Deus.

“Jesus, manso e humilde de coração,

fazei nosso coração semelhante ao vosso”.

- Lucas 11.2-4

2. Ao que ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino;

3. dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;

4. e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal.



Wanda e Tatai

05.09.2012.