sábado, 27 de abril de 2013

Se eu fosse você




Se eu fosse você, li a todos os dias, toda hora, todo o tempo livre que tivesse. Leria tudo. Leria de tudo. Das revistas em quadrinho a romances ou livros mais adiantados.

Essa mania de ler, esse gosto pela leitura, levaria você ao costume salutar pela leitura, pelo ato de ler, porta de entrada a informações, ao conhecimento, ao aprendizado da vida. O hábito de ler nos aponta caminhos sempre novos, fazendo-nos acompanhar o desenvolvimento da ciência e da tecnologia que correm a passos largos.

Iríamos mais longe. Se eu fosse você, estudaria, estudaria a vida toda. Sempre às voltas com os livros, mesmo já titular em medicina, magistério, direito ou qualquer outra carreira.

Pouco importa a sua idade. Se criança, jovem, adulto ou de idade avançada. O costume de ler deve começar cedo. E permanecer enquanto a nossa consciência estiver acesa. A leitura, a boa leitura nos ensina a envelhecer vivo, lúcido, em dia com o que se passa a nossa volta. Lendo, nós sabemos quem somos e onde estamos.

Graças a Deus, lúcidos e conscientes, a ponto de observar, quanta resistência vemos nos jovens a sua resistência à leitura, aos estudos. Sabemos, no entanto, das honrosas exceções de uma juventude estudiosa que foge aos resistentes ao costume de ler.

Temos a impressão, perdoe-nos dizer, que, nos tempos bem mais antigos lia-se mais, estudava-se mais. Isso com a velha Carta de ABC, as tabuadas e os velhos livros de leitura; o mesmo com as tradicionais antologias.

Os oitentões, surpresos, lamentamos por que tanta resistência ao hábito de ler, aos estudos, meio a tantos recursos modernos e atraentes.

Antes, os apontamentos de aula, a máquina datilográfica, o mimeógrafo... Hoje, que temos os celulares que o computador, a internet e seus múltiplos recursos, os celulares que falam, que cantam, o que nos impede de ler, de estudar. De curtir tanta coisa bonita e útil a nossa vida do dia a dia. Com estudos e leitura, varamos os quatro cantos do mundo, sem sairmos das páginas dos livros.

Se você soubesse o que está perdendo em não ler, não estudar! Ficam nas vogais, desconhecem as consoantes, como os pobres e maus cantores e compositores atuais: o, o, o, o, o; a exemplo de pocotó, pocotó, pocotó. Bem distantes de poetas de verdade como Roberto Carlos, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Caetano Veloso e outros grandes poetas e compositores.

Pelo amor de Deus, sem ler, sem estudar, como fica o nosso vocabulário? Sempre as mesmas palavras, os mesmos ditos decorados da TV. Os modismos. Os mesmos.

É bom lembrar aos jovens que, queiramos ou não, os tempos mudaram. E como mudaram! Das lições marcadas daqui até ali, os cds e dvds nos ensina tudo de modo mais fácil e mais rápido.

Ainda: Procurem seus avós, bisavós, a parentela mais antiga e verão fotos de formatura: corte e costura, datilografia, quarta série ginasial, magistério primário. Saudosos tempos que não mais voltarão.

Hoje: monografias, pós-graduação, mestrado, Phd. E daí, até quando iremos ficar sem ler, sem estudar? O tempo é irreversível, não perdoa quem dorme, quem cochila. Ler é preciso, estudar é preciso.

Sem dúvida alguma, são inquestionáveis os atuais instrumentos de aprendizagem; a internet, o google e similares. Todavia, para a aquisição de uma cultura, uma filosofia de vida, só com os livros os mestres mudos. Bem o sabemos que informações diferem do conhecimento. É o conhecimento que nos leva à sabedoria!

Se eu fosse você...


Wanda e Tatai

10.04.2013