sábado, 24 de agosto de 2013

“Eis que faço novas
todas as coisas”
(Ap 21, 1-5ª)

1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.
E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse:
“Eis que faço novas
todas as coisas”
João, o discípulo amado de Jesus, escreveu diferente dos evangelistas sinóticos, Mateus, Marcos e Lucas. Seus vôos foram mais altos, transcenderam a tudo o que se disse antes, sobre Jesus Cristo.
Preso na ilha de Patmos, na Grécia, nos anos 95 ou 100, ele escreveu o 4º evangelho, três cartas e o Apocalipse; Livro belo, enigmático, profundo em sua linguagem.

Por meio de símbolos, números e metáforas, João continua a nos por em estudos, pesquisas,  interpretações                   sobre sua maravilhosa mensagem. Mensagem de amor, de paz, de justiça.

Do Seu Trono Nossa Senhora nos disse:
“Eis que faço novas
todas as coisas”

Passados mais de dois mil anos, constata-se a veracidade dessa afirmação. Cada vez mais, são novas as coisas. Novas, belas, úteis, necessárias à humanidade. Dê-se um pulo ao passado mais remoto e constatasse mudanças inacreditáveis, miraculosas, extraordinários. Tudo em beneficio do homem, tudo para fazê-lo mais feliz, mais alegre, mais humano e divino a um só tempo. Isso certo de que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo, o Redentor do Universo.

“Jesus é o Caminho,
 a Verdade e a Vida”

Todo o passado se foi. Tudo, agora é presente. Um novo Céu e uma nova Terra o Filho do Homem nos apresenta, nos dá.

Já não há mais luto, morte ou sofrimento. A paz reinara em todos os cantos do mundo. Eu Sou o Alfa e o ômega, o Princípio e o Fim.  Sou Eu o Filho de Deus vivo. Verdadeiro Homem, Verdadeiro Deus. Sou Eu o Enviado do Pai, a fazer a Novo e Eterna Aliança com a humanidade.

Profundamente inspirado em sua visão, João nos deixa esta relíquia, que nos põe a meditar, contemplar todos os dias, todas as noites.

Dotado por Deus de inteligência, liberdade e vontade, o homem é coautor e responsável por tanta coisa nova, útil e bela para toda a humanidade. A Ciência e a tecnologia se nos põem os olhos nus de tanto benefício, de tanta utilidade, sem precedentes. O mundo ficou pequeno e tudo se liga com tudo. A totalidade assumiu a vanguarda das coisas e não há mais segredos a desvendar. Deus nos permitiu e permite descobrir e inventar mais novas coisas. Resta ao homem, resta-nos refletir a vida e, interiormente, fazer a vontade do  Pai. Todos somos um, assim como Jesus e o Pai são um. Todos, do mesmo modo, somos um. Então como não nos amarmos como Deus nos amou?

Sem entrar no mistério das coisas divinas, ousamos perguntar:
- Por que, então, diante de tanta coisa nova e bela, o homem continua Velho? Por que foi ele capaz de criar um novo mundo com sua ciência e tecnologia, não foi, não é capaz de mudar-se?  Mudar, transformar, transcender-se ao Alto.  Com raras e honrosas exceções, por que o homem não é bom, generoso, solidário, justo, amoroso? Por que tanta violência campeia aqui, ali, alhures? Por que tanta indiferença pela vida? Matando-se e morrendo por nada. Por que o homem, também, não se faz novo?
Diante de tantas coisas novas que vem fazendo.

Por que, nosso Deus,
por que tanta violência?

O dinheiro, o poder, o sucesso a qualquer preço, o desejo  insaciável  pelas coisas fúteis, a inveja, o egoísmo são as vigas mestras do presente momento. Em todo o mundo.

São,  inclusive, as principais notícias dos meios de comunicação. A mesma tecla, o dia inteiro.

Se são novas todas as coisas, Senhor, que seja também novo o coração do homem em suas ações!

E, de volta, logo, a Paz, a Justiça, o amor, a Fraternidade Universal!

Sem medo, a alegria de viver.


Wanda e Tatai