domingo, 18 de novembro de 2012

Onde estão seus talentos?

Onde estão os seus talentos?




Todos nós temos talentos. Todos, sem exceção. Uns com mais, outros com menos, todavia, Deus nos deu talentos. Deu-nos carismas, potencialidades, dons.

Cabe-nos usar corretamente estes talentos a fim de sermos felizes fazendo a vontade de Deus.

A fim de entendermos melhor, para começar, transcrevemos, abaixo, a Parábolas dos talentos (Mt 25, 14-30 ).

14 Porque é assim como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens:

15 a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem.

16 O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros cinco;

17 da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois;

18 mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

19 Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.

20 Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.

21 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

22 Chegando também o que recebera dois talentos, disse: Senhor entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.

23 Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

24 Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e recolhes onde não joeiraste;

25 e, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento; eis aqui tens o que é teu.

26 Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei?

27 Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros.

28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos.

29 Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado.

30 E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.

Deus é senhor dos bens. Dá-os livremente a quem e como quiser. Não nos cabe a nós interrogar os Seus desígnios e pedir explicações. O que importa mesmo é refletir sobre o seguinte: todos temos uma vocação, um Dom, um carisma a por em prática, a atualizar. Uma santidade a atingir. Que não seja a mesma para todos, mas a capacidade de cada um de nós tem de ser usada. E usada a serviços de outros, não de nós mesmos. “O filho do homem não veio para ser servido, mas para servir...” (Mt 20, 28).

Foram distribuídos talentos a todos. De acordo com a capacidade de cada um, mas todos receberam talentos. 1Cor 7 1 – 7.

Todavia, até hoje, parece não havermos entendido não sublime lição, apesar de toda a confiança que o Senhor depositou em cada um de nós. Estamos, cada vez mis, enterrando talentos, tornando tudo mais difícil, escondendo vocação, escondendo Dom, esquecendo amor, prejudicando a vida. Se souber tocar, TOQUE! Se souber cantar, CANTE!

Ao viajar, o Senhor chamou seus servos e confiou-lhes seus bens, dando a um deles cinco talentos, a outro, dois e a um terceiro deu um talento.

Deus experimentou os três, como vem fazendo conosco todos os dias da vida, para ver se somos capazes de usar da inteligência, da vontade e da liberdade que Ele nos deu.

Dois deles, os que receberam cinco e dois talentos, deram de si, usaram da sua capacidade, cresceram, dobraram o que receberam. Foram considerados “servos bons e fiéis”. Valeu a pena o livre arbítrio, valeu a liberdade, porque bem usados em beneficio dos outros. Não faz diferença se um recebeu cinco e outro dois talentos. O que importa é o uso, o emprego dos talentos, a aplicação por inteiro da capacidade recebida. Nada de meios termos, meias medidas. Ser ou não ser, já dizia o filósofo.

Provaram ambos os servos que foram fiéis no pouco e mereceram, por isso, ser chamados de “servos bons e fiéis”. Eles agiram diferentemente dos acomodados, dos indolentes, daqueles que, da janela, vêem a vida passar, lamentando-se:

- “É isso mesmo”; “seja o que Deus quiser”; “o que é que eu vou fazer?”; “é a sina do pobre!”; “não tem jeito”.

5. Reflexão sobre a Parábola no seu sentido geral:

“servo bom e fiel” 5 talentos

“servo bom e fiel” 2 talentos

“servo mau e preguiçoso” 1 talento.

“Tirar de quem não tem e dar a quem tem mais”

6. Mais explicações:

a) talentos, carismas, graça são a mesma coisa

b) Potência e ato. Potencialidade, capacidade de realizar

c) Os talentos que Deus nos deu são potencialidades que devemos transformar em atos:

5 + 5 = 10. Cinco Deus nos deu, 5 nós produzimos. 10 são produtos do dom de Deus e do nosso trabalho, do nosso esforço.

2 + 2 = 4. Dois Deus nos deu, dois nós produzimos. 4 são o produto do dom de Deus e do nosso trabalho, do nosso esforço.

1 + 0 = 1. Um Deus nos deu. Nada produzimos. 1 é o produto do trabalho de Deus. Nada produzimos, enterramos o talento. Somos “servos maus e preguiçosos” aos olhos de Deus e dos homens. Somos parasitas, vivemos às custas dos outros. Até o que temos será retirado!


Diante da brilhante lição de amor e de vida, usemos de nossos talentos!

Wanda e Tatai

16.11.2012.