quarta-feira, 17 de agosto de 2011

- Breve Estudo das Parábolas – (02)


Novo Testamento

• Mateus 13, 31 – 35




31 Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo;
32 o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
33 Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
34 Todas estas coisas falou Jesus às multidões por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava;
35 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.

"Usarei parábolas
quando falar com esse povo
e explicarei coisas desconhecidas
desde a criação do mundo."
Jesus fez acima duas comparações:
a) O grão de mostarda é a menor de todas as sementes. Após seu crescimento fica como uma árvore que os pássaros se aninham nela.
b) O fermento (massa de pão azedo) misturado com farinha fica levedado (aumentado, inchado). A razão do pão ficar maior, mais fofo.
Tanto o grão de mostarda quanto o fermento levedado Jesus diz que são semelhantes ao Reino dos Céus. Porque, em principio, pequenos, crescem, aumentam, desenvolvem-se no coração da gente.
Para Agostinho as três medidas de farinha representavam toda a raça humana nos três filhos de Noé (Sem, Cam e Jafé). Para Jerônimo e Ambrósio elas significavam a santificação do espírito, alma e corpo.
A parábola do fermento parece falar da serena transformação que o reino de Deus opera no espírito humano e do modo sem ostentação pelo qual ele passa de coração a coração.
A obra do fermento também é interna e invisível. Esta parábola é uma declaração poderosa de natureza espiritual do reino. Foi este mesmo ponto que Jesus uma vez apresentou aos fariseus:
"Não vem o reino de Deus com visível aparência.
Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está!
Porque o reino de Deus está dentro de vós"
(Lucas 17, :20 - 21).
A revolução radical do reino de Cristo (diferente dos reinos dos homens, João 8:36) iria explodir silenciosamente dentro, operando uma completa transformação do coração.
O fermento precisa, portanto, simbolizar o evangelho como opera invisível no espírito individual (1 Pedro 1:22-23) e então passa silenciosamente de um coração para outro (Atos 8:4).
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• Lucas 5, 36 - 39
36 Propôs-lhes também uma parábola: Ninguém tira um pedaço de um vestido novo para o coser em vestido velho; do contrário, não somente rasgará o novo, mas também o pedaço do novo não condirá com o velho.
37 E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres e se derramará, e os odres se perderão;
38 mas vinho novo deve ser deitado em odres novos.
39 E ninguém, tendo bebido o velho, quer o novo; porque diz: O velho é bom.
É óbvio que o pedaço de pano novo não se combina com o tecido velho. Se formos remendar o tecido velho com pano novo, ele não resiste, rompe, se rasga.
O mesmo se dá com o vinho novo posto em odres velhos. Os odres não resistem.
O vinho novo, mais forte, provoca nos odres velhos estragos que os levam a romper-se, por não resistirem.
Nestas quatro parábolas, de Mateus e de Lucas, Jesus fala, prega, ensina a seu modo, a fim de que nem todos compreendam sua mensagem. Só as percebem ou apreendem aqueles que se afinaram com seu tipo de fala, sua linguagem figurada, artística, comparativa. A linguagem do coração para coração.
Só os discípulos entendem o Mestre e sua mensagem que se esconde aos estranhos, verdadeiro tesouro. Eles acompanham as Suas lições e seguem Seu caminho. Para os pagãos, os que não crêem, Jesus só fala por parábolas, para eles linguagem desconhecida.
Resta-nos a nós outros que acompanhamos a trajetória de Jesus, também, discípulos, procurar entender a linguagem do Filho do Homem e perscrutar o que se esconde por trás dessas parábolas.
Vamos tentar interpretar as duas parábolas: a do remendo do vestido e a do vinho novo. Vejamos a beleza da linguagem em parábolas.
a) Jesus é judeu de nascimento. Nasceu de Maria, judia. Nasceu, no entanto, por obra do Espírito Santos, sendo Filho do Altíssimo. Ele era o Messias prometido, no entanto os judeus, seus compatriotas não O aceitaram com tal.
b) Vem daí a compreensão das parábolas – do remendo e do vinho novo. Os judeus - Casa de Israel – são tecido velho, odres velhos – estrutura arcaica, antiga, 1ue não combina com o novo Reino que se instala, com a chegada de Jesus Cristo. O Reino diferente, sem armas, hierarquia, sem violência. O Reino de amor e paz.
Com Jesus Cristo começa nova vida, nova comunidade, novos costumes. O velho homem será substituído pelo homem novo. È um renascimento, uma Nova e Eterna Aliança se instala com o Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

06.08.2011

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