O Menor Abandonado
Wanda S. Santiago
• Pequena representação teatral.
Laborada nos idos tempos do Curso de Igreja, em pleno entusiasmo de toda a maravilhosa equipe que o dirigia. Velhos tempos, grandes tempos do Curso de Igreja que já tem 33 anos de existência.
(Abre-se o pano)
Numa mesma rua duas mulheres varrem o chão.
É a sua tarefa de todos os dias. Rua suja, carrinho, pá, vassoura e um tonel para o lixo.
Garis em seu trabalho diário
Conversam, enquanto trabalham. Quando uma das duas vai com o carrinho cheinho de lixo e despeja-o no latão.
- Ajuda aqui, Maria! Como pesa esse lixo! Fala uma delas.
- Só parece que as madames jogam pedras nos baldes e nas ruas para que o nosso ganha-pão seja mais disputado. Retruca a companheira.
- Paciência, Rosa, de que adianta conversar? Somos obrigadas a enfrentar o lixo das ruas para dar o sustento aos nossos filhos.
- Eu sei. Mas é triste e revoltante a gente ter de acordar cedo, deixar os filhos em casa como fome e vir para a rua trabalhar com lixo dos abastados, dos ricos, para, de volta, comprar o pão e matar a fome de seis crianças!
- Conforme-se com a sorte, Rosa. Deus quer que soframos, paciência. Vamos, me ajude a despejar o lixo no balde!
(E as duas pegam o carro para jogar o lixo no balde).
Maria, mais ativa, vê no balde um embrulho estranho. Fica curiosa e chama Rosa para olhar. Tenta pegar o embrulho e o susto aumenta.
-É uma coisa mole!
-Deixe-me ver!
Maria pega o pesado embrulho e tira-o com cuidado do balde.
É quando o embrulho se mexe. O susto é grande para as duas mulheres.
-Santo Deus?! Que é isso? Me ajude aqui, Rosa, ligeiro.
Com muito cuidado elas põem o embrulho no chão e vão abrindo lentamente, com cuidado. O embrulho continua se mexendo. O susto aumenta. A curiosidade também.
-É uma criança! Meu Deus, como pode!?
Refazendo-se do choque, ela pega a criança nos braços.
(E dirige-se a assembléia).
- Que fazer agora? Meu Deus!
- Mostre-me o meio de agir, Senhor!
Jesus e a criança!
- Que monstruosidade! Jogar no lixo um filho! Lançar aos vermes o fruto do próprio ventre! Abandonar uma criança que acaba de nascer
(Fecha o pano, a platéia aplaude)
E a reflexão continua...
06.04.2009
Wanda S. Santiago
• Pequena representação teatral.
Laborada nos idos tempos do Curso de Igreja, em pleno entusiasmo de toda a maravilhosa equipe que o dirigia. Velhos tempos, grandes tempos do Curso de Igreja que já tem 33 anos de existência.
(Abre-se o pano)
Numa mesma rua duas mulheres varrem o chão.
É a sua tarefa de todos os dias. Rua suja, carrinho, pá, vassoura e um tonel para o lixo.
Garis em seu trabalho diário
Conversam, enquanto trabalham. Quando uma das duas vai com o carrinho cheinho de lixo e despeja-o no latão.
- Ajuda aqui, Maria! Como pesa esse lixo! Fala uma delas.
- Só parece que as madames jogam pedras nos baldes e nas ruas para que o nosso ganha-pão seja mais disputado. Retruca a companheira.
- Paciência, Rosa, de que adianta conversar? Somos obrigadas a enfrentar o lixo das ruas para dar o sustento aos nossos filhos.
- Eu sei. Mas é triste e revoltante a gente ter de acordar cedo, deixar os filhos em casa como fome e vir para a rua trabalhar com lixo dos abastados, dos ricos, para, de volta, comprar o pão e matar a fome de seis crianças!
- Conforme-se com a sorte, Rosa. Deus quer que soframos, paciência. Vamos, me ajude a despejar o lixo no balde!
(E as duas pegam o carro para jogar o lixo no balde).
Maria, mais ativa, vê no balde um embrulho estranho. Fica curiosa e chama Rosa para olhar. Tenta pegar o embrulho e o susto aumenta.
-É uma coisa mole!
-Deixe-me ver!
Maria pega o pesado embrulho e tira-o com cuidado do balde.
É quando o embrulho se mexe. O susto é grande para as duas mulheres.
-Santo Deus?! Que é isso? Me ajude aqui, Rosa, ligeiro.
Com muito cuidado elas põem o embrulho no chão e vão abrindo lentamente, com cuidado. O embrulho continua se mexendo. O susto aumenta. A curiosidade também.
-É uma criança! Meu Deus, como pode!?
Refazendo-se do choque, ela pega a criança nos braços.
(E dirige-se a assembléia).
- Que fazer agora? Meu Deus!
- Mostre-me o meio de agir, Senhor!
Jesus e a criança!
- Que monstruosidade! Jogar no lixo um filho! Lançar aos vermes o fruto do próprio ventre! Abandonar uma criança que acaba de nascer
(Fecha o pano, a platéia aplaude)
E a reflexão continua...
06.04.2009
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