sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Minha Linda Namorada!



Wanda, meu amor!


Hoje é Dia dos namorados!
DIa do carinho, dia do chamego, dia da alegria e das grandes recordações. Dia dos beijos e abraços escondidos. Olhares melosos, manhosos cheios de significados, cada um mais curioso e gostoso.
Coitado de quem não tem namorada ou namorado. Vive sozinho, triste, sem sonhos, sem ternura, sem nada na vida. As conversas à meia voz, os muxoxos, as “zanguinhas” fabricadas, o reencontro sempre novo e feliz.
Hoje, não sei nem quero saber como se namora e o que é namorar. Se mudou o sentido de namoro, pouco me importa. Sei, gosto, amo o meu namoro, o nosso tempo de namoro, o jeito de namorar romântico, à antiga. Namoro que deixa marcas que o tempo não apaga. Inesquecível, cheio de acontecimentos sublimes; namoro gostoso, dengoso, meio real, meio mágico, pura ternura, cheirando a ingenuidade.
Antes, os olhares da paquera, o coração batendo diferente, um misto de ansiedade, uma inquietação no corpo e na alma. Tudo muda quando se começa a namorar. Tudo fica mais bonito!
É uma fase da vida que jamais se pode esquecer. Namorar é sorrir, é brincar, é orar é crer, piamente; que existe o amor!


Minha namorada!

Ah! O meu namoro com minha menina, minha preta Wanda!
Meu Deus! Como esquecer, como não me lembrar, tim-tim por tim-tim, lance por lance do nosso amor, do nosso primeiro namoro. Meu e dela, ambos namorando pela primeira vez. Calouros no amor, iniciantes da bela arte de amar, AMAR com letras maiúsculas.
Hoje, mais do que nunca, nosso namoro continua em alta, em profunda sintonia, estamos juntos, bem juntos, de bem com o mundo, amando e sendo amados. Agraciados por Deus, com oito filhos (um deles no céu), dezessete netos, onze bisnetos, três genros e uma nora.
Todos fazem parte deste namoro, namoro diferente, estranho a esta época. Namoro ainda nascido nos tempos da proibição, zelo talvez excessivo, em que os cuidados paternos e maternos eram mais existentes. Se era bom ou não ser assim, não sei. Para mim, foi ótimo, pois tenho, temos, eu e ela o que contar. E como temos!
Por esse motivo, talvez, temos o que contar em termos de paquerar, namorar, o aguardo dos encontros furtivos serem bem relembrados e com que alegria, com que garbo de ter encontrado minha Rainha, minha linda namorada. Meu dengo, minha jóia: meu grande amor – Wanda!
Dizem que o passado já passou. O futuro a Deus pertence. Só o presente existe, porque é real, vivo, concreto.
E as histórias de amor, onde ficariam. Sem história, sem passado, onde o amor de Romeu e Julieta, Machado de Assis e Carolina, Jorge Amado e Zélia Gatai Tarcísio Meira e Glória Menezes, Paulo Goulart e Nicete Bruno e tantos outros que nos dão e nos deram verdadeiros exemplos edificantes. Sem história como saberíamos nós de tanta grandeza de harmonia e de romantismo?


Meu Coração


A aforismo é antigo, todavia, ainda tem lugar hoje - Recordar é viver!
Adolescente, aos 17 anos, conheci minha princesa, de 13 anos, nos idos de 1944.
Recém chegado a Ipiaú, encantado por tudo de novo que via e começava a viver, sentiu-se por uma força, uma energia, uma vontade de ser gente. Vontade, trabalho, coragem me levaram encontrar o lugar ao sol.
Pois bem, foi num dia de sábado, na frente da Igrejinha de São Roque – destruída pela enchente e as chuvas de 1964 – que vi, pela primeira vez, meu amor, Wanda.
Vinha ela tranquila, de blusa branca, saia xadrez, de alças, com duas longas tranças até a cintura, enlaçadas por fitas de gorgorão cor de rosa. Para completar o quadro encantador, ela, fagueira, sacudia suas bonitas tranças.
Sem que ele soubesse, Deus o sabia, comecei meu primeiro e único namoro. Sem que ela soubesse, aconteceu, também, seu primeiro namoro.
Wanda e Tatai, alfaiate e bordadeira, ingênuos, inocentes na arte de amar, iniciaram o roteiro de namoro. Encontros ligeiros e medrosos, olhares de quem já queriam bem um ao outro. Momentos ansiosos de encontros e reencontros e os célebres passeios em volta do jardim da Praça Rui Barbosa, palco, então, das paqueras e namoros.
Nesse jardim, num momento histórico, a primeira volta, juntos, arriscando, de mãos dadas. O encontro real, verdadeiro, com minha menina maravilhosa. Meio acanhados, ela mais tímida e escabreada, sentimos, aspiramos, vivemos o momento. Era o nosso primeiro e único namoro, graças a Deus!

Nós dois!


Foi, então, no dia 17 de março de 1946, em casa de “Seu” Antero e Dona Elenita que Dona Delinha, Mãe Delinha, deu o sim e aí ficamos noivos.
Eu na alfaiataria, ela na máquina de costura o dia todo e a luta, o trabalho, a cata de recursos para o casamento. Engraçado, nunca nos faltou nada. Tudo a contento, tudo dando certo, até que realizamos nosso sonho.
10 de dezembro de 1948, na rua Borges de Barros, 37, foi realizado o casamento de Wanda e Tatai, sendo celebrante o Padre Fileto, de saudosa memória. Grande dia, memorável Dia do nosso Casamento! A felicidade entrou em nossa vida e continua até hoje!
Entre a primeira vista, a paquera, namoro, noivado e casamento lá se vão sessenta e cinco anos de amor, de ternura, de convivência, abençoada por Deus.
Passamos, Wanda e Tatai, por todas as fases do NAMORO: primeiros encontros furtivos; namoro e noivado; Bodas de Prata, Bodas de Ouro, Bodas de Diamante (10 de Dezembro de 2008), vivendo todos esses momentos lindos!
Dia dos Namorados!


Os dois namorados na escadaria da Igreja do Bonfim.


Refletindo bem o dia de hoje, Dia dos Namorados, só tenho a agradecer a Deus ter Você, minha querida Wanda, como esposa-namorada, como fada, como Rainha, como Estrela da minha vida!
Você é Rainha de toda a família, hoje com 51 componentes!

Todos queremos bem a Você, Rainha Wanda. Com seu jeito especial de ser soube conquistar o carinho de todos.


Com um carinho todo especial, parabéns pelo Dia dos namorados.


Sou eternamente apaixonado por você, minha Rainha. Sempre


Minha Linda Namorada!



Tatai

Salvador, 12 de junho de 2009.

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