IPIAÚ - BAHIA
Ano C – Lucas
24 de outubro de 2010
Edvaldo Santiago
Dia do Senhor!
30º Domingo do Tempo Comum
Oração do Dia
Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti. (Paulinas).
Leituras Litúrgicas
1ª Leitura – Eclesiástico 35,15b - 17. 20 - 22a
15.
O Senhor é teu juiz, e ele não faz distinção de pessoas.
16.
O Senhor não faz acepção de pessoa em detrimento do pobre, e ouve a oração do ofendido.
17.
Não despreza a oração do órfão, nem os gemidos da viúva.
20.
Aquele que adora a Deus na alegria será bem recebido, e sua oração se elevará até as nuvens.
21.
A oração do humilde penetra as nuvens; ele não se consolará, enquanto ela não chegar (a Deus), e não se afastará, enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos.
22.
O Senhor não concederá prazo: ele julgará os justos e fará justiça.
Salmo 34, 1 - 4
1 Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.
2 No Senhor se gloria a minha alma; ouçam-no os mansos e se alegrem.
3 Engrandeci ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome.
4 Busquei ao Senhor, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou.
2ª Leitura - 2Timóteo 4, 6 - 8. 16 - 18
6 Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo.
7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
16 Na minha primeira defesa ninguém me assistiu, antes todos me desampararam. Que isto não lhes seja imputado.
17 Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação, e a ouvissem todos os gentios; e fiquei livre da boca do leão,
18 E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
O fariseu e o publicano oram no Templo
Evangelho - Lucas 18, 9 - 14
9 Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano.
11 O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.
12 Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, o pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
- Comentário do Evangelho -
Em sua narrativa de hoje, com exclusividade, Lucas expõe a diferença entre dois tipos de oração. A oração do fariseu, legalista, de religião oficial e sistemática e a oração do publicano, malvisto pela comunidade judaica.
Orar é conversar com Deus. Melhor ainda, orar é ouvir o que Deus nos tem a dizer, o que Ele nos diz a toda hora.
Nada do que temos vem de nos mesmos. A rigor, temos e o que somos, somos o que Jesus Cristo quer de nós. É preciso lembrar sempre que o homem natural (só, em si mesmo) jamais conseguirá ser feliz. Ao contrário do homem espiritual, qur vive toda a vida sob os auspícios do Espírito Santo. Cheio e fé e de amor, certo de que tudo o que possui vem das graças de Deus.
Em l Coríntios 4, 7 São Paulo diz:
Pois, quem te diferença?
E que tens tu que não tenhas recebido?
E, se o recebeste, por que te glorias,
como se não o houveras recebido?
*** Sem mim nada podeis fazer ***
(João 15, 5)
Duas atitudes, duas posturas, duas orações em confronto. Dois personagens: um fariseu e um publicano foram ao Templo orar. O fariseu, um exagerado cumpridor da Lei, de pé, com os braços levantados e a cabeça erguida, agradece, por ser diferente dos outros; não é como os outros “religiosos” considerados pecadores. É a forma tradicional da oração da religião oficial. Eram assim o agradecimento e o louvor a Deus. Era essa a oração do povo eleito sempre à cata de vantagens e privilégios divinos.
O publicano, cidadão comum, como cobrador de impostos, antipático perante o povo e a serviço das autoridades locais, orava diferente. Apesar de discriminado e humilhado pelo sistema religioso oficial, tinha um conceito diferente de Deus.
Bem diversa a forma de orar. O publicano, com humildade põe sua confiança em Deus. A oração perfeita do publicano é conforma a oração e o louvor a Deus. É a oração que nos ensinou Jesus Cristo. De cabeça baixa, numa postura humilde, confessa ser pecador e pede a Deus proteção e abrigo. Eis a oração que devemos acompanhar; é a oração que Jesus nos ensinou.
O Livro do Eclesiástico, sob influência grega, trata de como devem orar o pobre e o humilde. Oração ouvida por Deus (primeira leitura).
Paulo, apóstolo narra a Timóteo o testemunho da justiça e do auxílio de Deus, nos momentos de sua fraqueza (segunda leitura).
Por fim, nos fica a lição de que:
"quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".
LOUVADO SEJS NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
Bom Domingo para todos!
Wanda e Tatai
24.10.2010
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