quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Epifania do Senhor - Mateus 2,1-12

EVANGELHO DO DIA

Ano B – Marcos

Dia: 04/01/2009

- Epifania do Senhor -

· Epifania significa manifestação divina, aparição, fenômeno religioso, presença do Messias, identificado por Jesus Cristo.8/

Epifania vem do grego e significa, na vida cristã, a assunção humana de Jesus Cristo, quando o Filho de Deus dá-se a conhecer ao mundo. Em sentido literário, epifania é o momento privilegiado de um acontecimento sublime, divino, iluminado que nos faz acordar e seguir caminhos novos, novo rumo de vida. Significa qualquer fato novo, inusitado que nos abra os olhos, mostrando-nos uma nova e brilhante forma de vida.

No mundo cristão, três momentos especiais e divinos nos indicam a Epifania do Senhor: “A visita dos Reis Magos ao Recém-nascido, Jesus Cristo, Lhe oferecendo Incenso, ouro e mirra” (Mateus 2, 1 – 12); “Batismo de Jesus Cristo no rio Jordão com João Batista” (Marcos 1, 8 - 9); “Bodas de Caná” início do Ministério de Jesus Cristo” (João 2, 1 – 10).

A igreja comemora a Epifania do Senhor 12 dias após o Natal.

A celebração eucarística de hoje, conta as leituras de Isaías, Salmo 72, Paulo em Efésios e Mateus com o Evangelho.

Vamos ler e refletir toda a celebração:

Isaías 60, 1 - 12.

1 Levanta-te, resplandece, porque é chegada a tua luz, e é nascida sobre ti a glória do Senhor.
2 Pois eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.
3 E nações caminharão para a tua luz, e reis para o resplendor da tua aurora.
4 Levanta em redor os teus olhos, e vê; todos estes se ajuntam, e vêm ter contigo; teus filhos vêm de longe, e tuas filhas se criarão a teu lado.
5 Então o verás, e estarás radiante, e o teu coração estremecerá e se alegrará; porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações a ti virão.
6 A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá; todos os de Sabá, virão; trarão ouro e incenso, e publicarão os louvores do Senhor.

Salmo 72, 11 - 18

11 Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam.
12 Porque ele livra ao necessitado quando clama como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.
13 Compadece-se do pobre e do necessitado, e a vida dos necessitados ele salva.
14 Ele os liberta da opressão e da violência, e precioso aos seus olhos é o sangue deles.
15 Viva, pois, ele; e se lhe dê do ouro de Sabá; e continuamente se faça por ele oração, e o bendigam em todo o tempo.
16 Haja abundância de trigo na terra sobre os cumes dos montes; ondule o seu fruto como o Líbano, e das cidades floresçam homens como a erva da terra.
17 Permaneça o seu nome eternamente; continue a sua fama enquanto o sol durar, e os homens sejam abençoados nele; todas as nações o chamem bem-aventurado.
18 Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que faz maravilhas.

Efésios 2 - 3. 5 - 6

2 Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;
3 como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi
5 o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas,
6 a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho;

Mateus 2, 1 - 12

1 Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam:
2 Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo.
3 O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém;
4 e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo.
5 Responderam-lhe eles: Em Belém da Judéia; pois assim está escrito pelo profeta:




Os visitantes do Oriente

6 E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.
7 Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles inquiriu com precisão acerca do tempo em que a estrela aparecera;
8 e enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino; e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
9 Tendo eles, pois, ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto quando no oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
10 Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria.
11 E entrando na casa, viram as meninas com Maria suas mães e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra
12 Ora, sendo por divina revelação avisados em sonhos para não voltarem a Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.

· Comentário do Evangelho


Estrela de Davi

No Evangelho de Mateus, esta manifestação se dá através de uma estrela a magos (sábios astrólogos) do Oriente. É a "estrela de Davi", símbolo judaico que exprime a esperança messiânica deste povo.

A manifestação de Jesus, no seu nascimento, cumpre-se a profecia de Isaías

Mateus associa ao nascimento de (primeira leitura). Esta narrativa da adoração de Jesus pelos magos do Oriente, que trazem presentes de ouro, para o Rei, incenso para o Deus Filho e mirra, para o Verbo encarnada – o Homem.

Na primeira manifestação de Jesus, assumindo as condições humanas, já todos os reis se curvam ao Seu Reino de Amor e Paz. Porque Ele vem ao mundo, de modo universal, em favor dos menos favorecidos, dos prisioneiros, os humildes (Salmo).

Em Efésios, São Paulo, comenta o mistério da Encarnação que faz dos gentios co-herdeiros Deus, pois o Senhor da Vida enviou Seu Filho para todos e não mais para os judeus, como antes se entendia.

Nosso Senhor Jesus Cristo manifestou-se primeiro aos humildes pastores que se ajoelharam diante d’Ele em O reconhecendo como Filho de Deus!


Que neste Ano de 2009 que está começando,
a manifestação do Senhor
esteja sempre conosco!


04.01.2009

sábado, 27 de dezembro de 2008

Ano Novo - Novo Homem!

Ano Novo - Novo Homem

Edvaldo Santiago


Lá se vão oito anos do Novo Milênio.

Aponta o Ano Novo de 2009 e com ele novas esperanças. e a mesma alegria, as mesmas aspirações, os mesmos sonhos e comemorações nos quatro cantos do mundo. Árvores de Natal de todos os tipos e tamanhos, Papai Noel ao vivo nas casas comerciais, ruas cheias de gente comprando presentes.

Grandes expectativas, a festa é de todos e um ar de felicidade geral nos envolve. Na noite em que o Ano Velho se despede, são festas e mais festas, uma confraternização sem par, no aguardo do Ano Novo: 2009! Espoucam champagne, brilham no ar, taças cruzadas de mãos diversas. Fogos de artifício, “Feliz Ano Novo” é a expressão do momento. Vamos comemorar o Novo Ano com redobradas esperanças!

Ano Novo - Novo Homem!

Sem querer desmanchar festas ou negar aplausos ao Novo Ano, o homem também precisa renovar-se. Pouca adianta que os anos se sucedam e fique o homem no mesmo lugar. Não se renovou!

O ano mudou, mas ele não mudou. Continua sentado no passado, planejando o futuro, jogando fora o momento presente, a realidade do hoje, aqui e agora.

De pouca valia a mudança do tempo se o tempo parou para nós viventes, filhos de Deus que almejamos, sonhamos por um mundo melhor, mais justo, mais fraterno.

Que viva o Ano Novo e nos traga novos horizontes de paz, de amor, de solidariedade e partilha.

Estamos exaustos de tanta coisa má, de tantas notícias ruins, por todo lado. Os meios de comunicação parecem vibrar com o noticiário trágico, cruel, perverso. Só se fala em corrupção, assaltos, seqüestros, drogas, quando sabemos que há muitos atos de valor, ações e atitudes dignas de elogio fora do ar. Não chocam, não assustam, não dão ibope!

Otimista, crente, ainda, no ser humano, bradamos:

Viva o Ano Novo!

2009 - Ano Bom, Ano Feliz para todo mundo!

No ar, um Novo Cheiro de Amor!

Ano de Paz e Amor, só com o Homem Novo, transformador e transformado por dentro e por fora. Homem mudado em corpo, alma e espírito.



Para tanto, é preciso que o homem experimente, vivencie “uma viagem em busca de Si Mesmo” em busca do Self. Sem exceção, todos nós somos filhos de Deus. Mesmo que essa percepção não seja clara a todos, Deus não faz acepção de pessoas. É necessário que sintamos em nosso ser a Presença de Deus!

Deus fez em nós Sua morada, somos Templo do Espírito Santo!

Pouco adianta que o tempo passe, que os anos se sucedam se nós, dotados de liberdade, inteligência e vontade, não saíamos do lugar. Continuemos como o esquilo da gaiola, andando sempre em círculos.

Lembremo-nos da lição da águia. Aos quarenta anos, sentindo o peso da idade, recolhe-se num canto do penhasco e espera, aguarda, matuta. No tempo certo, com o bico renovado limpa as garras, sempre afiadas. De garras novas, retira de si as penas velhas e gastas pelo tempo.

Eis a nova águia!

Novos vôos, nova vida!

Com vida para mais trinta anos, do alto do penhasco, lança-se ao espaço, voa, voa alto, bem alto perto do sol, sentindo o calor da vida nova. Nova águia!

Viva o Ano Novo – Viva o Novo Homem!

Faz-se urgente e necessária a viagem em busca de Si Mesma, de Si Mesmo”. Comumente, vivemos em torno do ego, labutando com coisas materiais, perecíveis, preocupados com a aparência, com a exterioridade.

A situação econômica, política, o status, normalmente, falam mais alto. Infelizmente, nos faz esquecer: quem somos, de onde vimos, para onde vamos.

A nossa interioridade é mais importante, deve ser mais importante, pois nela se situam valores e não fatos. É no Self, em o Si Mesmo, no nosso coração que se encontram o verdadeiro tesouro da vida; Dentro de nós estão valores como a honestidade, a humildade, a solidariedade, a honra, a paz, o Amor. Valores perenes, permanentes, eternos.

“Onde estiver o teu [tesouro]”,
aí estará também o teu coração”
Mateus 6, 21

Nesse início do ano de 2009, meio a alegria, misturando fé e perseverança de um mundo mais humano, faz-nos crescer no amor, na paz, na justiça social.

Tenhamos na memória a lição que o Mestre Jesus Cristo deu ao fariseu, gente importante no sinédrio e nas sinagogas. O sábio Nicodemos.

Eis o diálogo do Mestre com o fariseu Nicodemos:

João 3, 1 – 5

1 Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

Ano Novo, Novo Homem, renascido da água e do Espírito.

Feliz Ano Novo!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

31.12.2008 – 1º. 1º. 2009

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal está chegando!



Natal está chegando!

Wanda e Tatai


“ ...e a Jacó [nasceu] José, marido de Maria,
da qual [nasceu] JESUS, que se chama CRISTO”
Mateus 1, 15.


Está chegando, já chegou para alguns. Quando chegará para todo mundo; para todos aqueles que também são filhos de Deus?

Quando essa alegria será geral, aqui, ali, em todos os lugares? Quando teremos um Natal sem guerras, sem fome, sem violência, sem crianças, à toa, pelas ruas? Sem meninas, adolescentes, parindo antes do tempo? Quando, Senhor, terá Natal sem maltratados aos idosos, sem corrupção, sem drogas que tanto mal fazem aos nossos jovens?


A Fé, a Esperança e o Amor estão nascendo de novo. Sua Presença nos faz voltar o riso, a alegria, a vontade de viver, viver em plenitude.

“Eu vim para que tenham vida
e a tenham em [abundância”.
João 10,10

As ruas estão mais alegres, o corre-corre dos presentes, as árvores enfeitadas e coloridas, as propagandas comerciais dão o toque final que indicam a
Festa do Natal!
Tudo natural, tudo perfeito, valem a alegria, o riso, os cantos, as músicas suaves e melodiosas. Tudo é festa e a confraternização é divina e necessária para que todos entendam que somos Filhos de Deus. E aspiramos ao mesmo Natal!

Para isso, todavia, é necessário refletirmos a vida, refletir o momento presente, meditarmos sobre crise existencial por que todos passamos, sem solução. Quando a solução está dentro de nós, no mais íntimo do nosso ser.

“Tomai sobre vós o meu jugo,
e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração!”
Mateus, 11,29

Atormentados, dos que padecem dos males deste mundo; mundo que não é do Seu Reino.

É um convite; "Aprendei de mim". Que não fique ninguém sozinho, há em Mim lugar para todos, Eu sou a Vida, a Esperança, o Amor. Eu sou a Ressurreição!

- Aceite o Meu convite e se esquecerá do sofrimento, não mais se lembrará da amargura, do ódio, do desespero, da agonia, da morte que nos acompanha desde o nascimento. Lembre-se, ó homem, Eu sou a Ressurreição!

- É Natal!. A rigor, pouco se fala em Mim, mas é Meu Aniversário! Meu Pai, que está nos Céus, não se conteve de amor e desceu, em Mim, até os homens, para que o amor reine na terra e todos sejamos, realmente, irmãos, filhos do mesmo Pai!

As dificuldades, o fardo de cada um continua, pesado e difícil. Muita coisa está por acontecer, entretanto, quando, cada um de nós, enxergar as coisas como elas são, tudo há de ser diferente, tudo será normal, mais tranquilo, suave e leve, como apregoa Jesus Cristo.

É Natal! E Natal é ver tudo de novo. No meio das luzes, entre os embrulhos e presentes, na troca de cartões e de mensagens de amor, em reunião de família, com amigos e convidados, individualmente, é bom refletirmos:

- Continua o Cristo lá no céu e eu cá na terra, distantes e separados, um do outro?

- Ou Ele está dentro de mim, vivo, ardente, meigo e suave ao mesmo tempo, guiando-me os passos, dia a dia?

- O desamor, a ansiedade, a dúvida, uma inquietação bem grande, uma vontade enorme de "ser contra" continuam me impedindo de ser mais humano, mais divino, alegre e feliz? Por que é assim? Como mudar?

- Deus Meu, eu sei e creio piamente, que o Pai está em mim e eu estou no Pai e que o Pai é maior do que eu!

Por que, então, não sou bom para com todos? Por que penso em mim antes dos outros? Por que a dor do meu irmão não é, também, a minha dor? Por que não reparto com ele os dons da vida, da alegria, dos bons tempos? Por que só quero as vantagens, o sucesso, às vezes, a qualquer preço? Por que amigos e inimigos se o Senhor faz chover sobre os bons e sobre os maus sem, distinção?

Por quê. Por quê, só porquês!

- Não, meu Pai, não. Eu sei, também, que o Filho do Homem não pediu para nascer num estábulo, numa manjedoura, rodeado de homens simples e animais domésticos. Ele nunca perguntou por que não havia lugar para Seu nascimento. Nem havia lugar para Ele na hospedaria onde seus pais foram recensear-se.

A minha intenção, meu Pai, agora que estamos aqui reunidos é ter a certeza, a plena consciência de que o Senhor está profundamente arraigado dentro de mim, o Senhor é Minha Consciência, o Senhor é a Essência da minha vida. Se pudesse, se fosse grande a minha fé, diria como São Paulo: "Já não sou eu; é Cristo que vive em mim" (Gálatas, 2,20).

É Natal, Cristo nasceu em Belém, a Estrela anunciou!

Vamos agradecer, vamos festejar, vamos pular de alegria e abraçar todo mundo, vamos cantar "Noite Feliz" de mãos dadas formando um círculo em volta do mundo, não deixando ninguém de fora.

Que venham "os meninos de rua", as "meninas que estão parindo antes do tempo", os famintos, os desempregados, os injustiçados, os que moram debaixo das pontes, os encarcerados, os torturados, muitos dos velhos que estão nos asilos, jogados fora da família, os marginais todos, os inimigos, as pessoas que me são simpáticas e as antipáticas, as pessoas que gostam de mim e as que não gostam de mim. Que ninguém fique de fora deste Círculo de Amor. Cristo nasceu e há Nova Esperança no ar! Vamos cantar, agradecer. Vamos orar!

Cristo, Irmão e Amigo, Tu, que és Deus feito Menino,
com teu Nascimento, dá-nos mais um presente, fora
a Vida. Dá-nos, neste Natal, um coração novo, cheio
de ternura e de meiguice. Reinaugura, o teu Reino de
Amor e Paz, onde a partilha seja verdadeira e não.
fique nenhum irmão fora da Mesa. Faze, Jesus Cristo,
com que os chamados marginais, assaltantes, bandidos,
que também são filhos de Deus, voltem a descobrir,
em sua consciência, a Tua Presença e se tornem bons,
novamente, como todas as crianças. Que redescubram
o Pai em suas vidas. Fora com a violência, as guerras...

Não sei se é pedir demais, mas hoje é Dia do Teu Aniversário
e pedimos ainda: abre os olhos da família, que está se
desmoronando, com marido e mulher, cada qual saindo para
um lado e os filhos, desamparados, gerando problemas de
toda ordem, como vícios, drogas, prostituição,
marginalidade.

FELIZ NATAL!

Estamos reunidos e esperançosos, pois já estamos escutando os sinos do Teu Aniversário.
Música suave.
Silêncio de quem escuta e busca!
Uma alegria incontida no coração, porque Tu tornaste a
nascer e conTigo renasce, também, o Amor.
Vamos cantar! Vamos gritar!
CRISTO NASCEU! Vamo-nos abraçar e desejar, uns
aos outros:

Feliz Natal, meus Irmãos, minhas irmãs,

Feliz Natal!


Ipiaú (Ba), 24.12.2008.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

3ª Semana do Advento - João Batista

- 3ª Semana do Advento -


Edvaldo Santiago

Introdução

Estamos a uma semana do Natal, nascimento do Filho de Deus!
São protagonistas desta Celebração Eucarística: o profeta Isaías, Lucas, São Paulo e João Evangelista.

A temática do Domingo, 14 deste mês, é João Batista, o precursor de Jesus e a sua influência no Plano da Salvação.

Acompanhemos as leituras bíblicas e o comentário geral da Missa de Domingo.

O profeta Isaías 61, 1 - 2a. 10 - 11

1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
2 a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus
10 Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias.
11 Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações.

· Cânticos – Lucas 1, 46 - 48.

46 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47 e o meu espírito exultam em Deus meu Salvador;
48 porque atentou na condição humilde de sua serva. Desde agora, pois, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
49 porque o Poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome.
50 E a sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
53 Aos famintos encheu de bens, e vazios despediu os ricos.
54 Auxiliou a Isabel, seu servo, lembrando-se de misericórdia.

1 Tessalonicenses 5, 16 – 24

16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não extingais o Espírito;
20 não desprezeis as profecias,
21 mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom;
22 Abstende-vos de toda espécie de mal.
23 E o próprio Deus de paz vos santifiquem completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

24 Fiel é o que vos chama, e ele também o fará.

João 1, 6 - 8. 19 – 28

6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
19 E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
20 Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo.
21 Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.
22 Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
23 Respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
24 E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.
25 Então lhe perguntaram: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
26 Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis.
27 aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar a correia da alparca.

28 Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

Comentário

João veio como testemunha



João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel.

Sua atuação como profeta aconteceu entre os anos de 742 e 687 antes de Cristo – A. T. quando anunciava, na Judéia e em Jerusalém, a vinda do Messias. Já predizia o poder de Deus sobre todas as coisas; noticiava, na Judéia e em Jerusalém, a vinda do Messias.

João Batista e Jesus - Batismo

Este versículo de Isaías atesta a profecia sobre Jesus Cristo, o Messias que os judeus não aceitaram, como o Enviado do Pai:

“1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos;
enviou-me a restaurar os contritos de coração,
a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”.


Em Cânticos, Lucas menciona o canto sublime de Maria, ao ser agraciada como Mãe de Jesus, Filho do Altíssimo. Magnificat significa a atitude, a voz, todo o ser de Maria Imaculada pela graça de ter sido escolhida como Mãe do Filho de Deus.

48 porque atentou na condição humilde de sua serva.
Desde agora, pois,
todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

O Sim de Maria dado, em resposta ao anjo Gabriel tornou-a Mãe de todos os viventes, Mãe da humanidade.

São Paulo nos impele à vigilância, em fazendo a vontade do Pai. Em sua exortação, nos leva o apóstolo a crer em Deus, confiar nas profecias e ter certeza de que o Filho do Homem é uma realidade, o caminho certo para a nossa salvação.

Sobretudo, nos recorda como seres humanos dotados de corpo, alma e espírito, o que nos torna o ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.

Finalmente, o centro do Evangelho de hoje: João Batista.

Ele era filho de sacerdote, deveria estar no templo, com outros sacerdotes, da linhagem mais alta de Jerusalém e de Judá.

Todavia, Deus o enviou, antes de Jesus, como Seu precursor. Veio ao mundo anunciar que depois dele viria o, Salvador do mundo, o Messias esperado e não aceito pelos seus, pelos judeus, que O rejeitaram.

Em vez de gozar do prestígio e das honrarias do templo, João preferiu viver no deserto, vestido de pele de camelo e alimentar-se de gafanhoto. Ao tempo em que bradava a todos pela conversão e o arrependimento dos seus pecados.

Gritava bem alto que estaria por vir o Filho de Deus, o Messias, que seria o Redentor do mundo, o Enviado do Pai, o Verbo encarnado.

21 Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.
22 Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
23 Respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.


Com humildade, não se deixou confundir com o Messias, confessando não ser digno de desatar Suas sandálias. Com ciúme os discípulos seus protestavam porque esses se afastavam dele, seguindo Jesus.

A essa queixa, João respondia: É bom que Ele cresça e eu diminua.

João batizava em água, com o fim do perdão dos pecados. Foi esse mesmo João que batizou Jesus em água, todavia foram surpreendidos todos pela aparição do Espírito Santo, em forma da pomba, e a voz de Deus Pai que anunciava ser Jesus Seu Filho amado.

Perseguido pelos inimigos do Reino, por denunciar, inclusive, Herodes, por ordem deste foi preso e, posteriormente, ordenado que lhe fosse cortada a cabeça. Sabedor da morte de João, iniciou Jesus Seu ministério, começando a pregação com as proféticas palavras das Isaías. Concluindo com a célebre expressão:

“Hoje se cumpriu este oráculo” (Lucas 4, 18 - 21).

Concluindo, foi João de tal importância na história da Salvação, que o Mestre disse a seu respeito, ser ele, João Batista, o maior nascido de mulher; todavia, o menor no Reino de Deus.

Finalmente, com João Batista, encerra-se o Antigo Testamento e se inicia o Novo, com a Nova e Eterna Aliança, com Nosso Senhor Jesus Cristo!


Vinde, Senhor Jesus!


16.12.2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

60 ANOS DE AMOR

Graças a Deus!

Wanda e Tatai

10.12.1948 – 10.12.2008

60 anos de casados!




Wanda e Tatai e Jesus Cristo sempre presente!


Wanda, Tatai e os oito filhos:
Antônio José, Ma. Amélia, Luiz Alberto, Mário Sérgio,
Lúcia Helena, Ma. do Rosário, Ma. Luísa e Ma. Isabel.


A família




A família

Tudo começou, num dia de sábado, janeiro de 1944.

- História de amor -


Assim já não são mais dois,
mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou,
não o separe o homem.”
Mt 19, 5



Wanda e Tatai - há 60 anos!

Janeiro de 1944.

Primeiros dias de conhecimento da cidade que aprendi a amar, até hoje. Como se ontem fosse hoje, hoje fosse ontem. Sem que eu percebesse, Ipiaú já era meu “Bem Querer”. A terra do meu coração!

Estudante de Nazaré das Farinhas, terra onde nasci, egresso do orfanato “Asilo de Meninos Desvalidos”, profissão alfaiate e de muita honra, para Rio Novo, rumei, aqui chegando no dia 29 de dezembro de 1943.

Grandes amigos, irmãos do coração, para aqui me trouxeram Aloísio Castro, Américo Castro, José Fonseca Mota e Quintiliano Andrade Cardoso. Grandes amigos e colegas que já não estão mais conosco. Nossa eterna gratidão!


Wanda e Tatai - Humor e Otimismo!

Mais vividos, todos os colegas tinham namorada. Só eu não tinha. Acanhado, desacostumado a sair, passear, vivendo o dia inteiro no orfanato, faltava-me jeito de namorar, andar de voltas com garotas. Foi aí que meus colegas me abriram o jogo.



Disseram: “aqui há uma menina que dá certo com você. Vai ser sua namorada. Ela se chama Celita; é uma ótima menina”.



Pronto, me acenderam a chama, deixaram-me inquieto. Eu queria conhecer essa menina. Eu precisava ver essa menina!

Nosso romance:

Vi-a pela primeira vez, num dia de sábado. Meu Deus, como me lembro!

Ela vinha da feira, trajando um vestido de alças, quadriculado, blusa branca, tranças longas até a cintura, amarradas nas pontas com fitas de gorgorão cor de rosa.

Bem em frente à Igrejinha de São Roque, hoje prédio comercial.

Não sei se ela me viu, se notou minha presença ou se lembra do fato. Não importa; vi-a e gostei dela à primeira vista, me creiam ou não os leitores.

Andar ligeiro e gracioso, esguia, menina ainda, sacudindo as tranças, numa faceirice que me encanta até hoje. Alguma coisa trazia na mão, me pareceu uma vassoura, dando-me a certeza de que vinha da feira.

Foi o suficiente.

Daí em diante, a procura, os lances, os olhares, os recados, o princípio de namoro; namoro à antiga, mas saboroso e persistente. Como até hoje. Até o primeiro encontro, difícil e acanhado, quase sem palavras, só o arfar de peitos e coração batendo forte. Dos dois. Ambos estreantes no amor, os primeiros namorados. Ele, acanhado, ela, tímida, com medo do encontro; do que poderia acontecer depois.




Wanda e Tatai – Ternura!

Os furtivos encontros tinham de acontecer de modo rápido, antes que as luzes da cidade se acendessem; tempo roubado em que a menina de tranças vinha comprar linhas do seu bordado, da sua máquina de costura e dos seus bastidores. Menina ainda, bordadeira de primeira. E eu, alfaiate!

Uma explicação necessária. As luzes da cidade eram acesas às 18 horas e apagadas às 6 da manhã. E Celita tinha que chegar a casa antes que as luzes fossem acesas, sob pena de apanhar, tomar uma surra.

Recém-chegado, jovem, estudante, concluinte do curso ginasial. Vestido de blusão de farda, mangas arregaçadas, saindo da adolescência, andava em turmas com os colegas, Zeca Fonseca, Quintiliano, Aloísio, Américo Castro e outros e só o comentário da menina de tranças; quem era, de onde era, o que fazia, se era daqui mesmo.

Cadê essa menina!

A menina de vestido de quadros, de tranças compridas! Seu jeito, sua forma, não sei. Só sei que preciso vê-la mais amiúde, ter encontros, mais encontros, falar mais, ouvi-la, segurar suas mãos. Mirar seus olhos, suas tranças compridas...

Como era difícil namorar naquele tempo!

E começou minha peregrinação pela rua da Rodagem (Siqueira Campos) onde ela morava com mãe, Dona Delinha. A princípio, com os colegas, em grupos, ten­tando chamar atenção dela; depois sozinho, preocupado, ansioso, com esperança forte de namoro mesmo. A essa altura, ela já demo­rava um pouco na janela, arriscando me ver, apesar de toda a marcação que tinha da mãe dela, Dona Delinha, depois Mãe Delinha de todos nós.

De férias, foram poucos os meses que aqui passamos - janeiro e fevereiro. Era chegada a hora de voltar para casa, para a terra natal e recomeçar tudo por lá. E por aqui ficava um sonho, que sonho. Uma maravilhosa visão!




Wanda e Tatai - Confiança

De férias, foram poucos os meses que aqui passamos - janeiro e fevereiro. Era chegada a hora de voltar para casa, para a terra natal e recomeçar tudo por lá. E por aqui ficava um sonho, que sonho. Uma maravilhosa visão!

Visão, o sonho de uma menina linda, meiga, tímida que amo tanto, como se fosse ontem, no começo da história.


A título de conversa. Durante os dois meses que aqui passamos, trabalhei tanto de alfaiate, costurando, no corredor da casa de “Seu” Antero e Dona Helenita, nossos inesquecíveis hospedeiros, com a máquina da casa. Alegre, feliz, voltei para Nazaré com uma mala cheia de tudo para Nair e Senhorazinha, minhas jóias.

Nesse pequeno espaço de tempo aqui, nesta terra, quanto aprendi, quanto ganhei, como percebi que o mundo é muito maior que os nossos horizontes de família pobre!

Quanto aprendi com os amigos que nos ajudaram a ser gente. Ajudaram-nos a ver que todos somos iguais, com as mesmas oportunidades de crescer, evoluir, viver a vida em toda a sua extensão.

Quanta grandeza aprendemos nesta terra de meu Deus!

Perdoem-nos a divagação, o devaneio, o próprio êxtase, todavia sonhar é possível. Viver é necessário e como vivi e vivo eu esses momentos inolvidáveis!

Continuemos a narrativa, continuemos a historia.

Pior a emenda que o soneto. Não mais acertei ficar em minha terra, Nazaré. A menina não me saia um minuto da cabeça e já no meu coração.




Wanda e Tatai – Fé e Perseverança!

Não agüentei mais. Larguei tudo, poucos familiares, Nair e Senhorazinha, irmã e tia, minhas raízes, e me lancei na aventura de vir para Ipiaú, em definitivo, sem saber onde pousaria; onde iria comer e dormir. Deus, inspiração, fé no porvir!

Com a cara e a coragem e uma fé inquebrantável em Deus, assim o fiz para sempre. Foi só juntar os quase-nada e viajar para esta terra amada, que é Ipiaú. Novos lances, novas e maiores expectativas, após uma romântica correspondência que durou quase um ano e o reencontro com a menina tímida de tranças até à cintura, amarradas com fitas de gorgorão.

Trouxe comigo uma mala de papelão, umas três roupas brancas - mania do alfaiate - uma ou duas camisas, roupas internas, agulha, dedal, alguns carretéis de linha e uma porção de vergonha na cara, uma força interior dada por Deus, que nem mesmo sabia que tinha.

Wanda e Tatai. Juntos, descobrimos qualidades e defeitos comuns. Ambos escabreados, primeiros namorados. Bordadeira e alfaiate, simples e de origem humilde. Conversa vai, conversa vem, promessas e mais promessas; esforço conjunto e o noivado, com aliança de Da. Delinha (das antigas, grossas) dividida em duas. O enxoval, os mealheiros guardando o dinheiro para comprar as coisas, a arrumação das mesmas coisas e a casa da Rua Borges de Barros, 37 onde todos os filhos nasceram.

O casamento, a lua de mel em Nazaré, em Salvador, a felicidade, a alegria incontida. O sonho realizado!

Novas lutas, sofrimentos e mais alegria e fomos chegando, cada vez mais um pouquinho. E mais amor. Estudantes, todos dois, um segurando o outro de todo jeito, inclusive espi­chando o orçamento. Na raça, ambos professores universitários e ele, ainda, Bacharel em Direito. Isso, já com filhos e filhas criados!

Com a tenda de alfaiate e o bordado de Wanda e Delinha, a família. Um filho, dois filhos, oito filhos, todos esperados e amados. Um neto, dois netos, dezessete netos, filhos com açúcar, cinco bisnetos. Genros, noras, filhos também.

Ao todo, somos hoje, quarenta e cinco pessoas, um completo laboratório, Sem nos esquecer, jamais, de Mãe Delinha, Luiz Alberto, Nair, Senhorazinha e Alípio, que estão no céu.

Um pequeno clã. Nosso querido laboratório.

Esta história, a “História de Amor” que num dia de sábado, em janeiro de 1944, teve sua realização plena no dia 10 dezembro de 1948, quando, na Presença de Deus e da comunidade, Wanda e Tatai, prometeram ser fiéis a vida inteira:
O matrimônio!

Ou antes, na porta da antiga Igreja de São Roque, com Wanda, minha Preta, meu amor, de tranças compridas, vestido quadriculado e bonita, linda, até hoje!

“Se o Senhor não edificar a casa,
em vão trabalham os que a edificam”!
Salmo 127, 1


Desde o início da nossa história, Deus se fez presente em nossa vida. Juntos, Wanda, Tatai e Dona Delinha, Mãe Delinha, formamos um trio bem afinado. Vivemos bem unidos e dela temos saudades até hoje. Delinha foi mãe, foi avó, foi tudo para os nossos filhos.

Na Rua Borges de Barros, 37, a segunda casa construída nesse local – ainda sem Câmara, sem Forum, Prefeitura, Ginásio de Rio Novo sem Escola Professora Celestina Bittenourt, sem ruas – ali iniciamos nosso Ninho de Amor, ali nasceram nossos oito filhos.

Quanta saudade daquela rua onde nossos filhos nasceram, cresceram e curtiram de tudo o que tiveram direito. Com nós três unidos, nossos filhos empinaram arraia, soltaram balões, brincaram de picula, jogaram triângulo, rezaram Santo Antônio, soltaram fogos de São João, pularam fogueira. Viveram e amaram esse tempo!

Grandes vizinhos, grandes amigos de amizade duradoura até hoje, com os que ainda estão conosco, neste mundo de meu Deus. Por mais de trinta anos ali vivemos, sonhamos, amamos e fomos sempre amados. Saudades, muitas saudades daquele tempo! Recordações indeléveis. Como começamos a Vida! Memória!

Há mais de vinta anos, neste Bairro da Conceição, onde residimos, as coisas mudaram. Filhos adultos, 17 netos também adultos, oito bisnetos, com genros e nora, somos uma família total de 49 pessoas. E nós, continuamos cultivando o Amor de mais de sessenta anos. Wanda e Tatai são um!


Wanda e Tatai - Amor!

Somos felizes, alegres pelos sessenta anos de casamento! E tudo de bom nos aconteceu, porque Deus edificou a nossa casa, desde o início de nossa vida.

Graças, graças sobre graças!

Graças a Deus!


A Família

Wanda e Tatai - 02
Antonio José, Eliene, Cláudio, Rogério. Rodrigo, Bianca, Shirley, Beatriz, Lívia (filho) = 10
Maria Amélia e Ana Amélia + 02
Luiz Alberto, Ricardo, Luciana, Lucila, Alan e Júlia = 06
Lúcia Helena, Ademar, Mateus, Bruno, Helena, Caio, Lorena e Loana = 08.
Mário Sérgio = 01 Maria do Rosário, Dino e Vanísia= 03
Maria Luísa, Josafá, Isaac, Marcus, Diogo, Luísa, Gustavo, João Pedro e Nívia = 09
Maria Isabel, Gilson, Bárbara, Isabelle, Vanda, Luiz, Sofia, Rafael = 08



- Laboratório de 49 pessoas -


Netos



Bisnetos


Wanda e Tatai – Folhinha do Dia do Noivado (frente)




Wanda e Tatai - Folhinha do Dia do Noivado (verso)




Wanda e Tatai - Certidão de casamento



Wanda e Tatai - Folhinha dos 60 anos de casados (frente)






Wanda e Tatai - Folhinha do 60 anos de casados (verso)







Bodas de Diamante

10.12.1948 - 10.12.2008

Wanda e Tatai

60 Anos de Amor!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

TEMPO DO ADVENTO - INÍCIO DO ANO LITÚRGICO DE 2009


- TEMPO DO ADVENTO -

“Pois a Sabedoria entrará no teu coração, e


o conhecimento será aprazível à tua alma”
Provérbios 2, 10;

MARANA THA!
“Vem, Senhor Jesus”!

23 de novembro de 2008
Ano A – Mateus
Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo!
Término do Tempo Comum e do Ano Litúrgico

30 de novembro de 2008,
Ano B – Marcos
1º Domingo do Advento
Início do Ano Litúrgico de 2009

· 30 de novembro de 2008 – Domingo - eis que termina o Ano Litúrgico da nossa Igreja. Ou melhor, Sábado, 29 de novembro de 2008, à tarde, termina o Ano A – Mateus, 2008, antes das primeiras vésperas do Domingo, 30, 1º Domingo do Advento.

Diferente do calendário civil que começa em janeiro e termina em dezembro, o Ano Litúrgico da Igreja termina com a Solenidade de Cristo Rei e começa com o Tempo do Advento, 1º Domingo.

Em 2008, Ano A, tivemos Mateus como evangelista. Em 2009, Ano B, teremos como evangelista, Marcos..

- TEMPO DO ADVENTO -

Quatro domingos, quatro semanas, todas elas dedicadas ao Tempo do Advento, que significa “estar por vir”, “chegada”. Preparação, reflexão para o Natal, Dia do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, significando a preparação para o Natal.

No século IV, na França e na Espanha, esse Tempo do Advento tinha caráter ascético, místico, contemplativo, com jejum, abstinência, duração de seis semanas, como na Quaresma de São Martinho. Esse ascetismo consistia na preparação para o Batismo, por ocasião da Epifania.

No século VII, em Roma, o Tempo do Advento tomou caráter escatológico, recordando a segunda vinda de Jesus Cristo, duração de cinco semanas.

Somente com a reforma litúrgica da Igreja, o Tempo do Advento passou a ter aspectos, tanto da vinda definitiva do Senhor, como da preparação para do Dia do Seu Nascimento – Natal -, em quatro semanas.

ADVENTO


JESUS CRISTO


- TEOLOGIA DO ADVENTO –


Revela-se, no Tempo do Advento o Mistério de Jesus Cristo, Sua encarnação, Sua vinda, inserido nesse mistério, a dimensão histórica da salvação. É um período de profunda reflexão sobre as coisas de Deus, sobre os Seus desígnios.

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós,
cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória,
como a glória do unigênito do Pai”.

João 1, 14

E a Palavra se fez homem. E o Cristo se fez homem. E o Logos se fez carne, se fez homem e habitou entre nós. Jesus Cristo vive entre nós, vive dentro de nós, em cada um de nós.

Jesus Cristo, Filho unigênito do Pai, é antes de Abraão, antes de Davi. “Por Ele todas as coisas foram feitas e nada sem Ele foi feito” (Prólogo de João).

“Ensinando-os a observar todas as coisas
que eu vos tenho mandado;
e eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos”
Mateus 28,20

Ao se fazer carne, Deus , além de plenificar o tempo, torna próximo o Seu Reino. Confima no Seu Filho a realidade salvífica, abre para todos nos um Novo Tempo. Faz com que todos tenhamos oportunidade de nos tornar o Novo Homem e, Nosso Senhor Jesus Cristo.

O período do Advento nos abre os olhos, nos proporciona enxergar um novo tempo: o tempo da alegria, da esperança, do arrependimento, da conversão. São quatro semanas em que nos descobrimos missionários em ação, buscando a Paz, a Solidariedade, a Partilha, a Fraternidade Universal,

Advento – do latim, “adventus”, vinda, chegada, O evangelista Marcos, Ano B, nos adverte em o Evangelho de hoje 13,33 - 37: “Vigiai, pois ninguém sabe a hora em que o senhor da casa voltará/’. Ficai de sobreaviso, acautelai-vos, ficai atentos. “Quando Jesus passar, quando Jesus passar, quando Jesus passar, eu quero estar em meu lugar”

Tempo do Advento, tempo de espera, de certeza, tempo especial ,tempo de fé, para redescobrirmos a nossa vocação. Todos somos filhos e filhas de Deus, pois somos a morada do Pai, Templo do Espírito Santo. São Paulo, em Gálatas 4, 4, nos diz:

“vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo de lei,
5 para resgatar os que estavam debaixo de lei,
a fim de recebermos a adoção de filhos”

Tempo do Advento. Aproxima-se o Natal. São quatro semanas, especialmente, para refletirmos, para meditarmos a realidade presente.

Chega de violência, basta de desamor e desprezo pela vida, nosso bem maior. Já está na hora de entendermos as lições de Jesus Cristo que, a cada dia, nasce e vive em nós, a nos lembrar de Sua existência, de Sua história.
Sob a ação do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, o Filho do Altíssimo, Jesus Cristo, Emmanuel, Deus conosco.. Deus fez-se carne, fez-se homem e habita entre nós. O Filho, gerado, não criado, fez-se homem e viveu, entre nós, à nossa semelhança, a fim de nos mostrar como devemos ser.

Já é hora. Passou da hora. De uma vez por todas, esqueçamos dos males que nos afligem: a corrupção, o consumismo, o apego às coisas, o egoísmo.

Tempo do Advento. Eis que vem, novamente, Jesus Cristo! Vamos receber o Filho de Deus em festas, louvores, cantos e orações. Lembremo-nos, por toda a vida de que Ele disse:

“Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida;
ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
João 14, 6

Cantemos ao Senhor, um cântico novo!

Louvemos o Senhor Jesus Cristo!

MARANA THA!


VEM, SENHOR JESUS!


Wanda e Tatai


30.11.2008