sábado, 14 de fevereiro de 2009

Maturidade política - Reflexão sobre o momento atual




Maturidade política


Edvaldo Santiago


O mesmo que Madureza. Idade madura, prudência, siso, firmeza.

Equilíbrio bio-psico-social do individuo, do cidadão, em todos os momentos de sua vida. Seja mandando, seja mandado, é necessário de todos nós a maturidade no agir, no comportar-se, sobretudo no sentido de Ser.

Modesta reflexão no momento político em que estamos atravessando em todo o país.

Eleição e posse de prefeitos e vereadores. Princípio de gestão, começo de trabalho executivo e legislativo.

Primeiro pensamento, primeira meta, necessário e urgentíssimo objetivo: servir o povo, o povão, a começar pela classe humilde.

Política é a arte de administrar, de gerir o bem público. Cuidar, ciosamente, da fazenda pública, dinheiro do povo. Cuidar, tratar com zelo o povo, priorizando os menos favorecidos, carentes de atenção.

A campanha já passou. Valeu tudo, de tudo se serviram os candidatos. Propaganda, carros-de-som, carreatas, mini-comícios, criticas chistosas, discursos, as costumeiras promessas de campanha. Foram ouvidas, no entanto, nunca aceitas as ofensas pessoais. Imaturidade!

O Brasil inteiro cantou e dançou seus candidatos, suas candidatas. Linda festa da democracia! Partidos políticos digladiavam-se, medindo tempo, ocupando espaços, no intuito de persuadir seus eleitores.

E o mais bonito, o mais elogiável: a alegria e o entusiasmo dos eleitores, eles são capazes de tudo. Dos gritos, das vaias, se necessário dos tapas e beijos pelo partido, pelo candidato da sua preferência.

Nos nossos trinta e três anos de vereador, já vimos e participamos de todo esse processo de eleição. É, simplesmente maravilhoso, guardando, no entanto, o devido respeito à dignidade de cada um.

Eleitos prefeitos e vereadores, nova fase da política. Encerraram-se as campanhas, foram-se os discursos e as promessas. De lado, esquecidos mesmo os ressentimentos e as mágoas. Nada de ódio e rancores pessoais.
Já o dissemos e repetimos, dezenas de vezes: adversários políticos não significam inimigos políticos. A rigor, não se deve ter inimigos!

Inimizade, rancores, vingança são termos antiquados e incivilizados, estejam onde estiverem tais termos. O mundo pertence a todos e somos nós meros passageiros por aqui. Consultemos a história e vejamos quantos “heróis” e “donos do mundo” já se foram e já ninguém mais se lembra deles.

Ensarilhem-se as armas! Desçam dos palanques! Cessem as discussões, já desnecessárias! Parem com as brigas, ainda existentes!

O povo precisa do Senhor, Prefeito. O povo precisa dos Senhores, Vereadores. Por favor, escutem o clamor dos mais pobres; sem teto, sem o que comer, sem o que vestir.

Por favor, saiam dos palanques, saiam de suas cadeiras e dêem uma volta pela periferia, pelos bairros e vejam quanta coisa estão necessitando. Visitem,, entrem em algumas casas, em alguns casebres e vejam e sintam como se arrumam, aonde comem e aonde dormem nossos conterrâneos, também filhos de Deus.

Já não impressionam à população os discursos vazios, ofensivos e maldosos de A contra B, de B contra A. Os aplausos e as vaias nem sempre representam a voz do povo.

Precisamos, isso sim, de união, compreensão e trabalho dos eleitos, com novos projetos em benefício da comunidade. Chega de discurso vazio e inócuo.

A democracia se nutre do entendimento, do respeito e harmonia entre os três poderes da república: executivo, legislativo e judiciário. Os eleitos são representantes, periodicamente, desses três poderes. Têm compromisso com o povo.

Então, seria bom, exemplar e de bom alvitre que os dirigentes da Câmara e da Prefeitura se esquecessem das querelas que passaram e se reunissem, a fim de traçarem planos e diretrizes em benefício da comunidade. Demonstrarão


equilíbrio, prudência, mudança de mentalidade


e darão exemplos aqui e alhures. Mormente, Ipiaú que sempre foi e é Município Modelo!

Lá nos Estados Unidos, o Presidente Obama e seu adversário McCain reuniram-se, confessando este que continuavam as divergências com o Presidente eleito. Todavia, como cidadão americano quer e espera o êxito do seu oponente. Democrata e coerente com seu país, sua comunidade.

Maturidade política!

Cabe-nos, hoje, mais do que nunca, apoiar os novos eleitos – prefeito e vereadores – torcendo e pedindo a Deus que os ilumine em sua administração..

16.02.2009


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