Entre uma Nota e outra,
o Silêncio
o Silêncio
Edvaldo Santiago
“As palavras dos sábios ouvidas em silêncio
valem mais do que
o clamor de quem governa entre os tolos”.
(Eclesiastes, 9, 17)
Silêncio!
Entre o dó, ré, mi, o silêncio, o espaço que faz distinguir o som das notas.
O silêncio natural nos mosteiros, nas capelas, nos momentos de meditação, está perdendo terreno nesse mundo zoadento e estridente.
Dificilmente, se pode ouvir o silêncio; quase já não se percebe como ele é. Dizem que é de ouro, que vale uma confissão, que incomoda a muitos que não gostam de conviver com ele enquanto aclamam por atenção.
Estamos vivendo num tempo em que todos falam de uma só vez; os meios de comunicação falam muito alto, impingindo-nos suas informações, criando necessidades desnecessárias, poluindo o éter de tanta zoada; fere-nos o tímpano, confunde-nos a mente, perturba-nos a paz. Impede-nos de pensar.
Faz-nos os “mass-media”.
Só se conhece o som, a música, a harmonia e a melodia de um canto, ouvindo-se o silêncio, vivendo o silêncio, sorvendo a paz que ele encerra.
Concordamos com o filósofo e poeta, Huberto Rohden, na sua expressão:
“Somente em silêncio verbal e mental pode a alma falar.
E esse falar é o profundo silêncio”.
Continua o poeta:
“Silêncio,
como o nascer do sol, a luz das estrelas,
o perfume das flores, o amor do espírito;
como os vastos desertos, o cume das montanhas;
como o colóquio da alma com Deus e
o colóquio da alma consigo mesma”.
Silêncio é plenitude, é presença, é verdade!
Há momentos na vida, e são muitos, que as palavras não falam, nada dizem. Um riso, uma lágrima, um olhar terno dizem mais, em silêncio. Porque o silêncio vem da alma onde se encontra o Reino.
Há sempre o silêncio entre uma nota e outra, senão, como perceberíamos o som, a magia delas? Não existiriam.
As bombas, a violência, destruição da natureza, o descaso do homem pelo homem, a ausência de Deus soterram o silêncio e o mundo inteiro sofre.
Por que a reflexão, a conversa da criatura com o Criador, o encontro a sós com Ele só se pode fazer em silêncio. Não são as palavras e sim o silêncio que fala com Deus; que permite a conversa de alma com alma, de filho com Pai; Pai que entende, conhece, sabe perfeitamente dos anseios do filho
No silêncio é que se encontram as grandes soluções da vida, para todos os males. O silêncio dos laboratórios, as pesquisas científicas, as reflexões filosóficas, as descobertas dos princípios da razão, os grande escritos comunicam e criam coisas novas.
“Marta, Marta; Maria escolheu a melhor parte”. Escolheu ficar em silêncio com o Mestre, ouvi-lo, vê-lo de perto, ascultar-Lhe a serenidade, aprender o amor vivo do Filho do Homem.
É necessário eximir-se da trabalheira, do corre-corre, do vexame do cotidiano que não leva a nada, que se desfaz com o tempo.
Preferir o silêncio cósmico, o silêncio que aquieta a alma.
Sente-se, ponha-se numa postura de conforto, só, sem ruído, em atitude de meditação e veja quanta coisa lhe diz a serenidade!
Sim ao silêncio.
14.04.2009
Entre o dó, ré, mi, o silêncio, o espaço que faz distinguir o som das notas.
O silêncio natural nos mosteiros, nas capelas, nos momentos de meditação, está perdendo terreno nesse mundo zoadento e estridente.
Dificilmente, se pode ouvir o silêncio; quase já não se percebe como ele é. Dizem que é de ouro, que vale uma confissão, que incomoda a muitos que não gostam de conviver com ele enquanto aclamam por atenção.
Estamos vivendo num tempo em que todos falam de uma só vez; os meios de comunicação falam muito alto, impingindo-nos suas informações, criando necessidades desnecessárias, poluindo o éter de tanta zoada; fere-nos o tímpano, confunde-nos a mente, perturba-nos a paz. Impede-nos de pensar.
Faz-nos os “mass-media”.
Só se conhece o som, a música, a harmonia e a melodia de um canto, ouvindo-se o silêncio, vivendo o silêncio, sorvendo a paz que ele encerra.
Concordamos com o filósofo e poeta, Huberto Rohden, na sua expressão:
“Somente em silêncio verbal e mental pode a alma falar.
E esse falar é o profundo silêncio”.
Continua o poeta:
“Silêncio,
como o nascer do sol, a luz das estrelas,
o perfume das flores, o amor do espírito;
como os vastos desertos, o cume das montanhas;
como o colóquio da alma com Deus e
o colóquio da alma consigo mesma”.
Silêncio é plenitude, é presença, é verdade!
Há momentos na vida, e são muitos, que as palavras não falam, nada dizem. Um riso, uma lágrima, um olhar terno dizem mais, em silêncio. Porque o silêncio vem da alma onde se encontra o Reino.
Há sempre o silêncio entre uma nota e outra, senão, como perceberíamos o som, a magia delas? Não existiriam.
As bombas, a violência, destruição da natureza, o descaso do homem pelo homem, a ausência de Deus soterram o silêncio e o mundo inteiro sofre.
Por que a reflexão, a conversa da criatura com o Criador, o encontro a sós com Ele só se pode fazer em silêncio. Não são as palavras e sim o silêncio que fala com Deus; que permite a conversa de alma com alma, de filho com Pai; Pai que entende, conhece, sabe perfeitamente dos anseios do filho
No silêncio é que se encontram as grandes soluções da vida, para todos os males. O silêncio dos laboratórios, as pesquisas científicas, as reflexões filosóficas, as descobertas dos princípios da razão, os grande escritos comunicam e criam coisas novas.
“Marta, Marta; Maria escolheu a melhor parte”. Escolheu ficar em silêncio com o Mestre, ouvi-lo, vê-lo de perto, ascultar-Lhe a serenidade, aprender o amor vivo do Filho do Homem.
É necessário eximir-se da trabalheira, do corre-corre, do vexame do cotidiano que não leva a nada, que se desfaz com o tempo.
Preferir o silêncio cósmico, o silêncio que aquieta a alma.
Sente-se, ponha-se numa postura de conforto, só, sem ruído, em atitude de meditação e veja quanta coisa lhe diz a serenidade!
Sim ao silêncio.
14.04.2009
Um comentário:
olá professor.
é sempre bom acessar seu blog e ler suas palavras.
einstein também dizia que era no silêncio que ele contemplava todo o funcionamento do universo.
estou acompanhando seu blog daqui de gandu.
até breve
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