IPIAÚ - BAHIA
Ano C – Lucas
19 de setembro de 2010
Edvaldo Santiago
25º Domingo do Tempo Comum
Oração do Dia
Espírito de determinação, afasta de mim toda tentação de acomodar-me, pouco me empenhando em vivenciar o que o Reino exige de mim. (Paulinas)
Leituras Litúrgicas
1ª Leitura - Amós 8, 3 - 7
3 Mas os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia, diz o Senhor Deus; muitos serão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.
4 Ouvi isto, vós que pisais os necessitados, e destruís os miseráveis da terra,
5 dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão? e o sábado, para expormos o trigo, diminuindo a medida, e aumentando o preço, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras,
6 para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo?
7 Jurou o Senhor pela glória de Jacó: Certamente nunca me esquecerei de nenhuma das suas obras
Salmo 12, 1 - 3
1 Salva-nos, Senhor, pois não existe mais o piedoso; os fiéis desapareceram dentre os filhos dos homens.
2 Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobre.
3 Corte o Senhor todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente,
2ª Leitura – Timóteo 2, 1 - 8
1 Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens,
2 pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade.
3 Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,
6 o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo;
7 para o que (digo a verdade, não minto) eu fui constituído pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade.
8 Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.
Jesus Cristo, nossa maior Riqueza!
Evangelho – Lucas 16, 1 – 13
- A parábola do administrador desonesto -
1 Dizia Jesus também aos seus discípulos: Havia certo homem rico, que tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de estar dissipando os seus bens.
2 Chamou-o, então, e lhe disse: Que é isso que ouço dizer de ti? Presta contas da tua mordomia; porque já não podes mais ser meu mordomo.
3 Disse, pois, o mordomo consigo: Que hei de fazer, já que o meu senhor me tira a mordomia? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.
4 Agora sei o que vou fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
5 E chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
6 Respondeu ele: Cem cados de azeite. Disse-lhe então: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinqüenta.
7 Perguntou depois a outro: E tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. E disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
8 E louvou aquele senhor ao injusto mordomo por haver procedido com sagacidade; porque os filhos deste mundo são mais sagazes para com a sua geração do que os filhos da luz.
9 Eu vos digo ainda: Granjeai amigos por meio das riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
10 Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.
11 Se, pois, nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?
13 Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, o há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Comentário do Evangelho
Deus derruba os poderosos de seus tronos
Lucas caracteriza sua parábola, mais uma vez, como crítica das riquezas. A histórica usura dos poderosos em evidenciar sua condição financeira. Eles trocam tudo por dinheiro.
O capítulo 13 do Evangelho expõe todo esse poder do dinheiro.
“Nenhum servo pode servir dois senhores;
porque ou há de odiar a um e amar ao outro,
ou há de odiar a um e amar ao outro,
ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Neste Evangelho, são, aparentemente, estranhas as atitudes de um homem rico e um administrador, mordomo, corrupto. A esperteza do mal agradecido mordomo estava em este manipular o dinheiro injusto dos seus devedores.
Ao ser perdoado em sua dívida, esqueceu-se ele desse perdão e extorquiu daqueles que lhe deviam e não os perdoou, do mesmo modo com que foi perdoado. Esperto, sabido, temia ficar sem recursos e ter que pedir, mendigar. Usou, então das artimanhas, negociando, desonestamente, com outros devedores. Foi, então, injusto e desonesto com seu patrão.
A bem da verdade, esta parábola elogia a esperteza do mordomo e não a sua desonestidade. Ela abre os olhos dos filhos da luz para que, honesto e fiel, responsável em suas obrigações, seja atento, vivo, com as coisas de Deus.
Ser cristão, ser fiel a Deus e aos homens, não significa, ser fácil e desatento.
Vigiai e orai são avisos, são cuidados do verdadeiro cristão. Todo o texto da parábola converge para a opção radical; ninguém pode servir a dois senhores. Não é possível amar ou agradar aos dois. Deus é a nossa razão primeira de viver. O amor a Ele deve ser radical. Ao dinheiro, nem sempre. Vez que ele engana, atrai, induz à desonestidade, como aconteceu ao mordomo administrador infiel.
O momento em que vivemos nos mostra o mau uso do dinheiro, tendo à frente a corrupção cada vez maior. A usura dos poderosos e a luta dos menos favorecidos para sobreviverem.
Que sejamos fieis a Deus, fazendo, em tudo, a Sua vontade.
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
Bom Domingo para todos.
Wanda e Tatai
19.08.2010
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