quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Faça a diferença!

Seja diferente. Diferente em tudo. Na cor, na natureza. No jeito de ser.
Sim. É preciso ser diferente.
Diferente nos mínimos detalhes, seja em que for, é preciso ser diferente. Imaginemos se as nuvens fossem todas iguais, do mesmo colorido, que graças teriam elas. Se todos os dias chovesse e não houvesse dia de sol, o que seria da praia, dos banhos de sol, das sereias à vista, salva-vidas de prontidão.
Em tudo o que se faz, nas coisas mais simples, ainda que no mesmo tempo e lugar, é necessária a diferença. No falar, no cantar, no sorrir e no chorar, é indispensável a diferença do ato, da atitude. Chorar de alegria, chorar de tristeza são choros diferentes, ainda que choros. Não sei bem. Já vimos choros de alegria, risos de raiva, Atitudes paradoxais, estranhas diferenciam momentos.
Se nos lembramos bem, dois homens foram orar. Foram conversar com Deus, ouvi-lO. Mas, mesmo orando, suas atitudes foram diferentes. Um se gabava de saber de tudo sobre Deus. Cumpria à risca Seus mandamentos e olhava, de peito erguido, como se fora ele o escolhido.
Enquanto isso, o outro, mal afamado, sem muito prestigio com o Pai, de longe, escabreado, escondido nos seus pecados, apenas, dizia:
- Senhor, perdoe os meus pecados. Não sou digno de estar aqui. O resultado eu não sei, só sei que oraram de modo diferente. A diferença, não a igualdade nos ensina a ser Inovador, errando ou acertando, a diferença é que nos faz crescer, ir mais longe, evoluir.
Se formos vasculhar como foi criado o mundo, indagaríamos por que não somos todos iguais? Por que brancos, pretos, amarelos. Por que cinco continentes, menos terra, mais água. Por que tanta diversidade? Segundo os entendidos, nem mesmo duas impressões digitais são do mesmo jeito.
Em religião, então, que doidice.
Todos falam em Deus e brigam entre si pelo mesmo Deus. Vão ás turras, às birras, por causa do Criador, dizendo-se d’Ele representantes aqui na terra.
Como exemplo, quem não acompanha a guerra burra, sem sentido cristão, religioso, entre católicos e protestantes na Irlanda. Briga de tiro, de violência.
Desde milênios atrás, os filhos de Abraão brigam na Palestina. Judeus e mulçumanos se matam de graça, com ódio histórico, milenar, por um Deus que invocam como Seu, particular. Enquanto os cristãos, também nascidos por lá sofrem conseqüências.
Mas nosso assunto não é religião. Só religião. Mas diversidade em tudo.
Recentemente, nas olimpíadas, temos uma campeã nossa em salto à distância que ganhou a medalha de ouro por um centimetro. Diferença de um centímetro e o ouro olímpico.
É na diferença e com ela que existem as transformações, a evolução. A ciência, a tecnologia, o comportamento mudam a cada dia, sob pena de ficarmos alheios ao que se passa no mundo. Que nos diga a Internet!
A célebre história da águia e da galinha nos ensina. No galinheiro, com o mesmo milho todos os dias a galinha nada sabe, não sai do lugar, fica bicando migalhas.
Enquanto, inconformada, sem querer comer com as mãos outros, a águia, no tempo certo, recolhe-se, muda o bico, tira o lixo das garras, belisca e renova as asas e voa de novo. Agiu diferente, transformou-se.
É preciso ser diferente!
Que insosso, se todos fossem iguais. Que graça haveria se todos fossem doutores, se todos fossem pintores, garis; motoristas ou cozinheiros. Se todos falassem a mesma língua ou cultivassem os mesmos costumes.
A beleza está na diferença, a evolução está na diferença. O perigo está na diferença.
Todavia, entre preto e branco, bonito e feio, homem e mulher, céu e inferno, não há dualidade, não existe oposição. Os aparentes opostos se completam são faces de uma mesma moeda. Todos fazem parte da Unidade.
Nesse sentido, quem quiser sair do galinheiro, evoluir, atingir metas, é necessário ser diferente.
De que modo, não sabemos. Isso é com você, caro leitor.

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